– NEM PENSES!
A Srª Velopata berrava na direcção do Velopata em modo full Caps Lock e na FTPmax.
– Nem penses que vou enfiar-me outra vez nas filas do supermercado porque tu estás convencido que a cerveja vai acabar! – continuou.
– Mas não viste as notícias? Segunda-feira começa novamente a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas e… E… Cerveja é matéria perigosa! Ou porque é que achas que estão sempre a dizer nos anúncios que se deve beber com moderação? – explicou o Velopata.
– Eu mereço… – comentou a Srª Velopata.
– Então e se forem só comprar moderação?
– Hã?
– Sim, estão sempre a dizer para beber com moderação mas o Velopata só bebe directamente da garrafa ou do copo e eventualmente acompanha com uns frutos secos ou uns tremoçinhos e…
– Temótus! Temótus! – interrompeu um excitado Velopatazinho, agora atento à amena troca de galhardetes do casal velopático ante a referência à sua variedade de marisco preferida.
– Vá, fazem assim… Uma vez que cá em casa já há cerveja e vinho suficientes para os difícieis tempos apocalípticos que se avizinham, se calhar ía-se ver disso de comprar moderação. – explicou o Velopata.
– Eu devo ter feito mesmo muito mal numa outra vida…
Pois é caros companheiros e amigos deste duro circo que é a vida do pedal, se tema houve que marcou o último mês de Agosto deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, foi o iminente colapso civilizacional a que os bichos humanos portugueses foram submetidos, aquando de mais uma greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas.
O Velopata encontrava-se atento a todos os Alertas CM; a qualquer momento, uma rixa se alevantaria num qualquer profano posto de profano combustível, seguir-se-iam pancadaria e pilhagens em monte, sem profano combustível, os muitos enlatados de emergência não conseguiriam socorrer todos os pedidos, milhares de milhões acorreriam aos sobresobresobresobrelotados hospitais (sobrelotados já estão), e indignados com a falta de resposta das urgências hospitalares, os cidadões ofendidos embrenhavam-se em pancadaria e pilhagens em monte, despoletando incêndios que amandavam os hospitais abaixo, mas não sem antes violar umas quantas enfermeiras e sodomizar uns médicos. Insatisfeitos na sua sanguinária sede, acorreriam às ruas onde mais pancadaria e pilhagens se seguiriam, principalmente nas lojas de bens essenciais como a da Apple, milhares de milhões acorreriam ao Marquês de Pombal para protestar e coiso (o que seria estranho, visto o Campeonato Nacional desse desporto menor da bola já se encontrar interrompido há algum tempo), para depois, numa grande, violenta e almariada horda, se dirigirem à Assembleia da República onde a classe política seria linchada e enforcada, não sem antes experienciarem uma boa dose de sodomia.
E num rápido e curto instante temporal, Portugal Continental e Arquipélagos explodiam numa dantesca bola de fogo e chamas e coiso (incluíndo as Desertas para não fazer desfeita), ficando para a posteridade a fotografia tirada por um dos astronautas da Estação Espacial Internacional, onde se observava todo um país incandescente.
Por sorte, os mui queridos leitores e o próprio Velopata escaparam a todo este flagelo distópico, podendo continuar a apreciar suas doses de cevada e uva fermentada enquanto assistiam ao mais glorioso evento velocipédico do Calendário Nacional que tem lugar neste querido mês de Agosto.
A Volta a Portugal.
Ainda nem o primeiro quilómetro havia sido pedalado e já o indignado incêndio alastrava pelo reino facebookiano, tendo o Velopata assistido enquanto bichos humanos seus conhecidos que nunca ligaram pêvas ao mais nobre dos desportos, escandalizados partilhavam o facto desta ser mais uma edição que não pedalaria até reinos alentejanos e algarvios.
Vamos lá ver uma coisa; primeiros; nem as Grandes Voltas, como Giro, Tour ou Vuelta, atravessam a totalidade dos distritos, municípios e coiso dos respectivos países.
Segundos; fazei o exercício de se colocar na pele dos responsáveis da Câmara Municipal de Albufeira que, no transacto ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito, muitos eirios investiu para que a chegada de uma etapa fosse nas suas estradas. Que retorno terão recebido quando… Não estava lá ninguém para assistir à chegada dos bravos do pelotão nacional?

Ao que tudo indica, os indignados bichos humanos portugueses aparentam esquecer todas as vicissitudes técnico-táctico-logísticas que uma chegada da Volta acarreta; mas qual é o hoteleiro que prefere trocar a guita que os cámones vaiam gastar no seu empreendimento por equipas de Ciclistas pés-rapados que sabe-se lá como conseguem sobreviver e nem eirios suficientes para equipar suas Bicicletas com grupos Di2 têm?
Mais; muitos dos indignados, tanto civis como Ciclistas, queixam-se das escaldantes temperaturas veraneantes, devendo notar-se que alguns dos bichos humanos da estripe velocipédica, inclusivé cessam suas pedaladas no Verão, no entanto, todos aparentam não ver nada de errado em colocar toda a prózada a pedalar no que comunemente é reconhecido como um forno.
Mas se alguns algarvios ficaram tristonhos por não poder assistir a ressabio ao mais alto nível no seu alcatrão, o que dizer do espectáculo providenciado pelos atletas oriundos desta região esquecida pelo estrangeiro do norte e centro do país nos outros nove a dez meses do ano?
Com três vitórias de etapa (um caneco para Cacela e dois para Tavira), o Vencedor da Camisola da Juventude (o caneco ficou em Portimão), e o Vencedor da Geral Individual (o caneco-mor seguiu para Tavira), os algarvios mostraram porque razão são uma importante força a ter em conta no pelotão velocipédico nacional, talvez mostrando a real razão pela qual a Organização da Volta também não lhe assiste assim tanto a distribuição carocheira no alcatrão algarvio – se sem cá virem, os algarvios já distribuem carochas em todas as direcções, imaginai a pedalar em casa…
De resto, pouco mais há a dizer, afinal, a grande questão que sempre rodeia a nossa Volta a Portugal mantém-se imutável de há uns bons sete anos para cá – qual o atleta da W52-Fêquêpê que vencerá?
E este é que é um promenor engraçado – da falta de competitividade que a nossa Volta apresenta ano após ano… Ninguém se queixa.
Para finalizar esta habitual dissertação velopática, nenhuma análise ao querido mês de Agosto deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove pode terminar sem o devido destaque à distribuição carocheira que se assistiu por essa Europa fora (notar que o Velopata se refere ao Continente deste Terceiro Calhau a contar do Sol e não à Lua júpiteriana ou até mesmo um qualquer hipermercado, algo que seria só descambido), com mais uma edição da aclamada The Transcontinental Race (TCR), onde contra todas as expectativas, uma fêmea desancou tudo e todos para se sagrar campeona da que é considerada uma das mais duras provas ultraciclinglistas ou lá o que é.

Mas se por um lado o Velopata celebrou esta vitória daquele que é sempre apelidado de sexo fraco, nunca esquecendo que se a prática do amor bom é fraca então é porque estão fazendo tudo mal e com baixo ou nenhum nível de badalhoquice, por outro lado, ele ficou um pouco tristonho pois em todas as fotografias da moça partilhadas incansavelmente pelo reino facebookiano, deu para entender que ela será certamente descendente de uma linhagem genética muito distante das nativas de Ermesinde.
E de ver moçes com os presuntos, inúmeras vezes não depilados, enrolados em multicoloridas licras com publicidades a gráficas, standers de enlatados ou mesmo produtoras de primitivos enchidos confeccionados com partes de cadáveres animais… Está um Velopata mais que farto.

Mas como o mui querido leitor verá, não foi apenas no alcatrão, trilhos e grav…. Terra batida europeia, que as carochas voaram em todas as direcções.
Também por entre os já cerca de duzentos e quatro membros do glorioso clube strávico que é a Divisão Velopata, neste querido mês de Agosto do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, o que não faltou foi distribuição de carochas, carocheiros e encarochados.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 3789,4 Km
2º Placas – 2213 Km
3º Luís Abrantes – 2045,3 Km
O Velopata apreciava uma dose média de cevada fermentada enquanto aguardava pelo despoletar do início do fim dos tempos, à medida que a greve dos motoristas de matérias perigosas avançava, quando um pequeno rodapé no “noticiário” da CMTv lhe captou a atenção dos bonitos olhos castanho-esverdeados – Biseu revelou-se o distrito com maior número de incendiários (não aqueles da internet e sim os que efectivamente pegam fogo às matas, pinhais, florestas e coiso), detidos.
Se este é um facto que pode apanhar o mais desatento dos mui queridos leitores desprevenido, já o Velopata sabe que se os biseuenses atearem fogos como quem distribui grandes e obesas carochas… O alcatrão deve ficar bem negro por onde pedalam Professor Carochas e Luís Abrantes, os dois rijos biseuenses que dominam o pódio dos que mais quilómetros embutem.

Salva-se Placas, que se intromete entre o pódio biseuense, trazendo ao Velopata sentimentos nostálgicos e coiso dos primórdios da Divisão Velopata, quando as despesas carocheiras eram semelhantes e sempre divididas por entre estes três moçes, mês após mês após mês após mês.
Ainda assim, não deixa de ser importante parabenizar Luís Abrantes, regressado de uma longa maleita impeditiva à pedalada para distribuir carochedo como quem distribui mesmo carochedo, nesta categoria dos que, deduz o Velopata por experiência, mais arriscam o divórcio com tantas horas fora do lar.
Jersey Carapau de Corrida
1º O Gajo Que Já Foi Prof – 32,2 Km/h
2º Pro Ressabiado – 31,4 Km/h
3º Pedro Rodrigues – 31,1 Km/h
Eis um regresso com o qual o Velopata nada contava, finda aquela tímida e fugaz aparição dO Gajo Que Já Foi Prof no terceiro lugar do acelerado pódio durante o mês de Agosto no ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito.
Agora que razões poderão estar por trás do acelerado frenesim deste nosso distinto membro, habitante no estrangeiro lá de fora que são os USofA, o Velopata desconhece mas desconfia que talvez se devam à chegada da estação outonal e invernal onde a pedalada deve ser bastante agradável com as amenas temperaturas ambientes negativas que se registam – aqui está o literal “queimar os últimos cartuchos”.
Ou “queimar as últimas pernas”, para ser velocipédicamente correto, coerente e coiso.
Sem surpresas o nosso mui acelerado Pro Ressabiado continua a não conseguir alcançar o lugar cimeiro da ressabiada contenda, sendo outro destaque da ressabiada contenda, a inaugural entrada de Pedro Rodrigues nos pódios velopáticos.
Nas suas habituais investigaç… Coscuvilhices, o Velopata apurou que Pedro Rodrigues não só pratica o mais nobre dos desportos, como aparenta também ter-se deixado influenciar pelas Testemunhas de Batráquio (a prova destas afirmações velopáticas será amostrada mais abaixo), assim participando deliberadamente em provas onde se recorrem apenas aos chispes para locomoção (não deveria esse desporto menor denominar-se Chispismo em vez de Atletismo?; uma vez que Atletas são todos os que praticam um qualquer desporto, mesmo que menor), o que também se reflectiu nas provas de Bêtêtê onde participa com a sua roda tuénináiner, como a fotografia abaixo partilhada pelo próprio bem exemplifica;

Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 53889 m
2º Carlos Silva – 30495 m
3º João Samora – 27082 m
Professor Carochas continua a não deixar a carocha altimétrica por manete alheia mas o destaque vai para uma estreia nas lides dos pódios velopáticos, desta vez pelas certamente desaustinadas pernas de Carlos Silva, moçe oriundo de Carnaxide e membro da tribo velocipédica já inúmeras vezes aqui referida neste vosso espaço velointernético, os Duros do Pedal.
Segundo investiga… Coscuvilhices velopáticas, esta rompante entrada de Carlos Silva é fruto de umas férias passadas no reino algarvio (há moçes com sorte… Se durante as férias do casal velopático, o Velopata somente pensar em juntar as letras B, I, C e I nesta mesma ordem e em qualquer ponto de uma frase proferida na direcção da Srª Velopata – é motivo mais que suficiente para umas noites dormidas no confortável sofá da sala), conhecido pelos estrangeiros do Norte e Centro do país como “uma região sem subidas”.
Ora aí esta vossa contundente prova em como aqui pelo reino algarvio, podem não existir longas subidas ou montanhas daquelas a sério, mas o Velopata desafia todos a encontrarem um só quilómetro que se possa apelidar de “plano”.

No terceiro lugar do em mais alto pódio velopático assiste-se ao regresso de João Samora, um alentejano que andou carregando nos pedais como quem carrega mesmo, fruto dos treinos rumo às participações nos granfondues que se avizinham durante o próximo mês de Setembro. Resta aguardar para confirmar se esta toada carocheira altimétrica será para manter ou se o mês de Setembro mais não será que… Muitos jerricans de soro administrados por um qualquer Técnico Hospitalar.
Jersey Alucinado Diário
1º O Velopata – 68 voltas
2º Placas – 61 voltas
3º João Conceição – 58 voltas
E findo aquele mês de férias do casal velopático, eis que ele (o Velopata), regressa ao lugar cimeiro do pódio sempre adquirido através do entupimento dos vossos murais strávicos com os seus Commutes semanais.
Para além do destaque que é a presença de Placas por entre o pódio dos viciados em pedalada, agora que tudo indica ter cessado aquele seu hábito de registar um infindável número de voltas a cada pedalada (do lar até ao ponto de encontro, depois a volta com sua troupe e finalmente do ponto de separação da troupe com o regresso ao lar), o grande destaque deste mês de Agosto do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove são as ausências de nomes sonantes como Paulo Almeida, David Matos e Deni Vargues Vargues.
Investi… Coscuvilhices velopáticas mostraram que;
- Paulo Almeida esbardalhou-se porque um energúmeno adepto das duas rodas a pedal sem motor desconhece que em Portugal os veículos como as Bicicletas, mesmo quando numa Ciclovia, devem circular pela direita (não venham já daí os Ofendidos criticar – o Velopata não se refere a pedalar encostado à direita da via, referindo-se sim ao sentido da marcha);
- David Matos também se esbardalhou porque adquiriu uma Specialicoiso, restando entender se percebeu a dica que Suas Altas Eminências Velocipédicas lhe enviaram – joga essa bodega no lixo (ainda para mais a Specialicoiso não tem Pranayama nenhum), e adquire uma Bicicleta a sério;
- Deni Vargues Vargues encontra-se a mãos (ou neste caso), pernas, com uma impeditiva maleita e só no final do mês a coisa pareceu melhorar permitindo ao moçe regressar às pedaladas diárias.
Assim, resta saber como evoluirá a classificação da jersey do Commuter quando o mês de Setembro chegar e todos os moçes envolvidos na luta pelo mais ecológico e sustentável dos pódios velopáticos começarem a ressabiar no pleno de suas funções motoras e vá… Talvez até psíquicas e coiso.
Jersey Melhor Batráquio
1º Michael Monnier – 1936,2 Km
2º Mad Fontinhas – 964,4 Km
3º O Senhor Triatlo – 683,8 Km
Nos pantanosos e chapinhantes meandros do nosso mui estimado clube, os dois cimeiros lugares do nenúfar não sofrem alterações em relação ao anterior mês de Julho, destacando-se o regresso dO Senhor Triatlo ao pódio – parece ao Velopata que o mês de Setembro poderá trazer muitas carochas anfíbias para degustação batráquia.

Jersey Lanterna Vermelha
Joel Oliveira
– Ó Velopata, já procurei como quem procura mesmo por esse nome no seio strávico do nosso glorioso clube e não o encontro… Quem raios é esse gajo, Joel Oliveira?
É a questão que a esta hora, certamente retira horas e horas de soninho recuperador bom aos membros do nosso mui estimado clube.
A resposta é surpreendentemente simples; Joel Oliveira é um dos poucos portugueses que sentiu na pele as carochas distribuidas por Fiona Kolbinger, durante a edição deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove da The Transcontinental Race, como tal, mesmo não pertencendo à elite strávica que é a Divisão Velopata, ele (o Velopata), sentiu a necessidade de lhe atribuír este honroso galardão, na esperança que assim o moçe se junte ao nosso mui estimado clube, assim entrando logo com o sapato de encaixe direito.
Se o mui interessado leitor quiser saber mais sobre as agruras que uma The Transcontinental Race acarreta, é só visitar o perfil facebookiano do moçe onde abundam as suas publicações enquanto desbravou quilómetros e quilómetros de alcatrão europeu e que podeis consultar clicando aqui.

Nota velopatóide: Joel Oliveira, se estiveres a ler isto, despacha-te a ingressar no glorioso clube strávico que é a Divisão Velopata e quem sabe? Pode ser que te safes com uma daquelas medalhinhas todas supimpas no final do ano…
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º Professor Carochas
2º Placas
3º Zé Obélix
Lendo o pódio acima labutado pelo Velopata através dos mais complicados cálculos físico-químico-quânticos, muitos dos mui queridos milhares de milhões de seguidores velopatóides poder-se-ão questionar porque razão o terceiro lugar do pódio é entregue a Zé Obélix, tendo em conta que o moçe não figurou em nenhum dos pódios em antes apresentados.
A explicação, para variar, é bastante simples, têm é de continuar a ler mais um poucochinho.
E como sempre; dúvidas sobre os pódios atribuídos podem e devem ser resolvidas no alcatrão ou trilhos.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª Mad Fontinhas
2ª Ally Martins
3ª Joana Hipólito
Outro pódio velopático semelhante ao do mês anterior, diferente apenas na terceira classificada onde saltou fora A Senhora Pneus Vazios para se assistir à primeira aparição de Joana Hipólito neste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove.

Este terceiro lugar de Joana Hipólito adquire contornos ainda em mais importantes pois para além de ser Batráquia de métier, a moça foi progenitora recentemente o que é de louvar – como consegue ela encontrar tempo para a prática de três modalidades (duas menores como a Natação e o já referido Chispismo, aliados à mais nobre arte velocipédica)?
E em mais importante ainda – como reagirá o seu respectivo?
Terão os respectivos de fêmeas atletas, uma opinião diferente da maioria das fêmeas em relação a seus machos?
E nos restantes géneros?
E se o respectivo/a for um Transexual?
Ou um Pansexual?
E no caso de um Pansexual não binário?
E nos Transexuais alérgicos ao glúten?
Depois querem que um Velopata consiga dormir o soninho recuperador bom, com estas importantes questões técnico-táctico-filosóficas apoquentando-lhe a mente…
Jersey Crazy Ride
Zé Obélix
Não foi apenas uma ou duas Crazy Rides.
O moçe andava possuído, contabilizando Crazy Ride atrás de Crazy Ride, depois mais uma Crazy Ride, seguindo-se outra Crazy Ride só para (o mui querido leitor deve atentar como quem atenta mesmo), recuperar de uma Crazy Ride.
O Velopata jamais havia ouvisto um frenesim velocipédico assim.

Mas todos estes ultra-mega-hiper-giga-empenões têm a sua razão pois Zé Obélix, à semelhança deste vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo da vida do pedal que é o Velopata, parecem sofrer de um qualquer atraso mental e um profundo e distorcido desejo masoquista, a avaliar pelos comentários recebidos pelo heterómónimócoiso do Velopata ao referir uma pedalada de quinhentos quilómetros por entre um conhecido grupo de adeptos do pedal no reino facebookiano;

E este é um moçe que proclama ter mais de trinta e cinco anos de experiência velocipédica.
Portantos, só para ver se o Velopata entendeu corretamente; perfazer trezentos, quatrocentos ou quinhentos quilómetros de uma assentada e ao comando de uma Bicicleta, apreciando paisagens e o companheirismo dos comparsas como o Agente da Autoridade Anónimo, viajando por alcatrão e trilhos nunca antes percorridos para chegar ao destino com aquele sentimento de superação e desafio ultrapassado… É atraso mental e masoquismo.
Mas calcorrear não-sei-quantos milhares de quilómetros durante vinte e um dias a ritmos estonteantes, pedalando em subidas que até os enlatados têm dificuldade em passar, arriscando a morte em descidas de comprimir esfíncteres a níveis nunca antes comprimidos, rodeado de outros duzentos mafarricos enlicrados que te podem atirar ao chão por dá cá aquela palha (ou caneco), em ritmos cardíacos que fariam qualquer Pacemaker em frangalhos sem direito a Garantia e necessitando tomar avultadas quantidades de xarope para a tosse (mesmo que tosse não seja uma maleita da qual padeçam), só para conseguir sobreviver à coisa… É de macho são e equilibrado.
´Tá certo…
Aguardemos assim por Setembro e a razão por trás de tanto masoquismo obélixiano.
E prontos, Agosto foi isto.
Agora com licença que o Velopata vai só ali fazer um Everesting na Arrábida porque lá está… Atraso mental e masoquismo e coiso em monte.
Como sempre, já sabem; dúvidas, reclamações e sugestões podem e devem ser enviadas para:
éoatrasadoemonte@divisãovelopata.mail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata