Bom dia, tarde ou noite, de acordo com a hora a que o mui querido leitor se está a sentar no trono com o telefone esperto na mão, ávido de uma publicação velopática dedicada à nata da nata, a crème de la crème da Velocipedia strávica que compõe esse grandioso clube, a Divisão Velopata.
Deveras atrasado, o Velopata seguirá de imediato para aquela análise aos principais acontecimentos que este sétimo mês do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, Julho, nos trouxe.
E nenhuma revisão, civil ou velocipédica, pode ficar indiferente à razão pela qual inúmeros bichos humanos, inclusivé civis, aguardam impacientemente por este mês – o Tour de France.
Que é a Volta a França.
Não é “à França”.
Assim como é “na Quarteira” e não “à Quarteira”.
E que Volta a França se antevia – com os principais distribuidores de carochas detidos nos estaleiros para obras por tempo indeterminado (caso de Froomster, por exemplo), o mundo aguardava expectante por um carocheiro que desse uma ressabiada pedalada em frente, assumindo as despesas carocheiras no pelotão da mais ouvista prova velocipédica do Universo.
Mas lá está; voltou a subestimar-se a capacidade técnico-táctica-asmática do esquadrão carocheiro britânico da Sky que é a Team Ineos, desta vez apresentando ao mundo velocipédico os dotes de um moçito colômbiano que depois de ter escavacado a clavícula nas vésperas da que se previa uma participação super carocheira no Giro (que é Volta a Itália e não “à Itália”), chegou, viu e encarochou tudo e todos à grande e à avec.
Uma espécie de veni, vidi, vici, só que em velocipédico – veni, vidi, encarochatum, portantos.

Já não bastavam os asmáticos e suas demais maleitas… Estes brexitianos sacavam agora de um trunfo na forma de um daqueles colombianos que nasceram a não-sei-quantos quilómetros de altitude e segundo aqueles estudos científicos mais a sério e que não da internet, todas as evidências apontam para o facto destes moçes e moças serem em mais eficazes máquinas no processamento de baixas concentrações de oxigénio na atmosfera.
O que não deixa de levar um Velopata a questionar-se… Mas se o moçe vive lá a não-sei-quantos quilómetros de altitude onde para respirar são necessários pulmões full aero… Como é que as elevadas concentrações de oxigénio em altitudes mais próximas do nível do mar não lhe dão… Uma granda moca?
E acometido dessa granda moca, como consegue o moçe concentrar-se em distribuição carocheira quando devia era pedalar preocupado onde encontrar o próximo pacotinho de batatas fritas e outras variedades de munchies?
Independentemente de toda esta capacidade técnico-táctica-carocheiro-pulmonar, o desfecho desta última edição da Volta a França não fica isento de polémica, dadas aquelas últimas decisões da Organização em cancelar partes da antepenúltima e penúltima etapas.
Cambada de mariconçes, na humilde opinião velopatóide.
Primeiros, foi aquela antepenúltima etapa.
Bernal seguia isolado na frente, tendo deixado umas quantas carochas no alcatrão para degustação da concorrência, vencendo sozinho a penúltima subida do dia, naquelas montanhas cujos peculiares nomes revelam imediatamente a dureza (por exemplo, o Mont Ventoux com seus vendavais, o Alpe d´Huez com… Coiso), e com que muitos de nós, meros amadores do pelotão de fim de semana, sonhamos em conquistar, quando após obter o indisputado KOM da coisa, lançou-se na descida enquanto perseguido pela concorrência, sendo importante notar que alguns destes encarochados não seguiam sozinhos, tendo consigo ainda em mais encarochados colega de equipa.
Mas essa rameira do São Pedro não devia estar a achar piada nenhuma a toda a acção que se desenrolava no alcatrão avec e lançando raios e coriscos sobre uma encosta, fez desabar uma valente enxurrada de troncos, pedras, terra e neve sobre o alcatrão da descida que o pelotão se preparava para ultrapassar.
Temendo pela segurança da prózada, a organização do Tour optou por cancelar a restante etapa, assim privando espectadores da distribuição carocheira aguardada na última longa montanha e registando os tempos dos atletas no final da última subida.
E assim não foi uma.
Foram duas valentes borregadas cometidas pela Amaury Sport Organisation (ASO).
Se deviam ter cancelado a descida, receosos da segurança dos Ciclistas?
O Velopata é forçado a discordar – porque não deixar os Ciclistas descer até onde podiam e quando confrontados com o alcatrão bloqueado, desmontavam de suas Bicicletas e corriam com Elas às costas (como o fazem no Ciclocross), depois retomando suas pedaladas quando possível?
Em abono do espectáculo; não teria sido mais eficaz podermos assistir a moçes mais magros que etíopes com anorexia nervosa e enrolados em multicoloridas licras correndo com sapatos de encaixe por terrenos íngremes e movediços?
(Nota velopatóide: é quase certo que todos desmontariam e correriam com suas Binas às costas excepto Lord Sagan, que faria todo o segmento a pedalar e ainda sacava uns quantos truques tipo trezentos e sessenta e mortais encarpados e back-flips e flip-flops e coiso – espectáculo garantido.)
Não satisfeitos com aquele castrar de distribuição carocheira, como já escrevinhado pelo Velopata, a ASO avançou com outra ideia de jerico – registar os tempos no final da subida.
Se entre os perseguidores de Bernal, alguns ainda estavam acompanhados de colegas de equipa que labutavam na perseguição, muito provavelmente os mais directos concorrentes de Bernal estariam a pedalar técnico-tácticamente e quem sabe? Talvez conseguissem a ponte para a frente durante a descida quiçá até apanhariam um desaustinado Bernal cujas mitocôndrias, apesar de já serem full aero carbono, também estão sujeitas a encarochar.
Na humilde e modesta opinião velopática, os tempos deviam ser registados no início da fatídica penúltima subida – nenhum jogo desse desporto menor da bola termina em antes dos noventa minutos e o árbitro diz “e prontos, ficamos assim” quando uma das equipas está a perder, certo?
A não ser que se trate de um por entre os três clubes grandes, é claro, mas não nos alonguemos nas vicissitudes desse desporto menor que são vinte e dois moçes aos xutos & pontapés a um objecto esférico de poliuretano.
Para piorar o já piorado, a rameira do São Pedro também pregou uma das suas clássicas travessuras e lançou borrascas e tormentas sobre as zonas montanhosas da penúltima etapa, levando novamente a ASO a cancelar o percurso e encurtando brutalmente a etapa, assim retirando as dificuldades do cardápio e as hipóteses dos encarochados ressabiarem pelos lugares cimeiros – e sem grandes disputas, Egan Bernal levava o caneco para a Colômbia.
Outro grande destaque foi a prestação do avec Alaphilippe que, por breves e fugazes instantes, fez toda uma nação avec acarditar que era possível regressar às vitórias com um nativo.
Mas lá está, as plaquetas sanguíneas de Alaphilippe provavelmente ainda não são Gore Wind Tex Carbon como as de Bernal e, tal como os espectadores vibraram com as últimas subidas que a organização permitiu visionar, também Alaphilippe vibrou só que com as carochas que foi forçado a engolir.
Já que se escreve sobre lançamento de carochas e vá… Lanças em geral, porque não aproveitar e deixar já aqui um sentido abraço de sentimentos e condolências a um moçe de profissão extremamente difícil e de uma notável relevância para o bem comum das sociedades de bichos humanos do Século XXI, que incendiou as redes sociais com uma publicação facebookiana sobre os acontecimentos ocorridos em Coruche no início do mês.
O atrasado ment… Toureiro, João Moura Júnior.

Em primeiros, nenhum português que se preze se chama Júnior.
Isso é coisa de brasucas (ou “brazucas”, de acordo com a versão do Acordo Ortográfico sem glúten que o mui querido leitor prefira). Nenhum português com ar de beto que aparenta viver na era Mesozóica, ainda necessitando do sacrifício ritual de seres vivos em praça pública para se sentir macho e que deve ainda acarditar que no tempo dos feudos é que isto estava bem, só podendo melhorar se em cada esquina do feudo existir um Salazar (notar que o Velopata se refere ao facho e não ao utensílio de cozinha), se pode ou deve apelidar de Júnior.
Fica mal, não bate a bota com a perdigota.
Assim como ficou aquela carta onde chorava a morte de um titã – o seu Cavalo de nome Xeque-Mate.
(Nota velopatóide: o sentimento de perda e luto foram tais que nem um mês volvido e Júnior já continuava o seu massacre tauromáquico com outro Cavalo…)
Júnior começa sua carta pedindo desculpa aos milhares de milhões de aficcionados do sofrimento de seres vivos afirmando que sabia o público ter aparecido em monte em Coruche antecipando uma bonita noite de emoção mas que tal não tinha sido possível…
Como assim não houve emoção?
Deve ter sido das corridas mais emocionantes alguma vez ouvistas neste pequeno recanto à beira mar mal plantado com eucaliptos em monte.
Aliás, para o Velopata, a única opção viável para escrever que aquela barbárie podia ter tido ainda em mais emoção era se todos os Touros presentes na arena de Coruche saltassem barreiras e afiambrassem todos os espectadores até ao último, principalmente aquele moçe da concertina ou sanfona ou lá o que é aquilo onde sopram e tocam – os mínimos acordes soprados por aquela pôrra mexem com um Velopata até aos confins da sua última partícula subatómica.
Mas será que… Será que a coisa só tem piada quando é sempre o mesmo lado a vencer?
O Velopata até entende os atrasados ment… Aficcionados das touradas, essas mentes tacanhas ainda presas a uma linhagem de primatas desviada da restante evolução dos Homo sapiens sapiens, agora o que estes devem entender é que andem por aí muitos que, à semelhança do Velopata, torcem e torcerão sempre pelo Touro.
Outra coisa que o Velopata nunca entenderá é porque apelidam aquela chacina de “Corrida de Toiros”?
Uma Corrida não seriam vários Touros a partir do ponto A ao ponto B, vencendo o mais rápido?
Ou é Corrida porque efectivamente é divertido ver o Touro ali, tentando correr com a visão nublada de tantos sedativos e o próprio sangue?
E essa é outra; se sois tão machos, porque razão necessitam drogar o Touro em antes de o lançar à arena? Não seria muito mais proveitoso para o espectáculo, o Touro seguir saudável e com toda a pujança quiçá até dopá-lo para que este fosse em mais agressivo e capaz de produzir mais Watts e FTPmax e coiso?
Pobre Júnior, mal sabia mas a tormenta abatar-se-ia sobre si, terminando a cavalgada para a glória colhido pelo Touro (porque Júnior é como uma flôr, é colhido e não enxovalhado), e com um cortezinho no lábiozinho, já Xeque-Mate, o Cavalo e seu grande amigo (nas suas próprias palavras), terminou com a ironia das ironias – o mui querido leitor sabia que Xeque-Mate é um chavão de origem persa cuja epistemiologiofilia significa “o Rei está morto”?
Sendo Xeque-Mate o seu grande amigo de muitos anos, toda aquela atitude de Júnior é natural e até eloquente – quando o Cavalo é atirado ao chão pelo Touro, Júnior é o primeiro a dar ao slide dali para fora, abandonando o “amigo” à sua sorte.
Porque como ele afirma (e muito bem), é um amante de animais, agora imagine o mui querido leitor como seria a atitude de Júnior se não o fosse…
Assim como aqueles que defendem esta outra cabal prova de imbecilidade humana que é a tourada, também Júnior deve acarditar que a espécie animal que é o Touro, só existe porque eles (os atrasados ment… Aficcionados), tanto labutam na preservação da espécie.
Mas como é que ninguém percebeu isto?
Querem salvar o Lince Ibérico da extinção?
Promovam uns jogos à romana, soltando linces ibéricos drogados e de dentes e unhas limados, numa arena onde estão para aí uns vinte moços munidos de redes, lanças e espadas, prontos a “promover” o respeito por este felino ameaçado de extinção.
Querem salvar golfinhos e baleias?
Um espectáculo aquático onde moçes e moças vestidos e equipados que nem uma espécie de Aquaman do Demo lincham e esquartejam golfinhos até que a água fique vermelha de sangue, aparenta ser uma salutar maneira de chamar a atenção para os problemas dos mamíferos aquáticos – os moçes dos Zoomarines e coiso é que não percebem nada disto.
Querem salvar as tartarugas do plástico?
Porque não um programa televisivo onde tartarugas com bicos limados e barbatanas amarradas qual fervoroso adepto do Sadomaso, são asfixiadas com sacos de plástico por vários concorrentes, vencendo o primeiro concorrente que a consiga asfixiar?
E não venham ao Velopata com a cantilena do “Ah, mas porque não deixam a tourada em paz, afinal só lá vai quem quer!”.
Pois o Velopata tem uma novidade bombástica para vós – o Touro é capaz de não achar assim tanta piada à tourada.
Questionando um, quando a Tecnologia que nos permite comunicar com os animais se encontrar plenamente desenvolvida (certamente através de uma aplicação no telefone esperto), talvez até se venha a descobrir que os Touros gostam mesmo é de passear na lezíria, ruminar alguma erva e, nos dias de sorte, praticar o amor bom com uma vaquinha.
Muito provavelmente, o mesmo se aplica aos Cavalos.
– Olhe lá Senhor Cavalo, prefere ficar aqui pela lezíria, pastando e com sorte sacando uma égua para praticar o amor bom ou gostava de ser perseguido por um Touro enraivecido num espaço confinado enquanto um Bicho Humano sentado em cima de si o instiga a correr mais espetando-lhe pequenos picos no dorso e não parando de enraivecer o Touro espetando-lhe também afiadas lanças no lombo?
– Epá, sem dúvida nenhuma, prefiro a tourada.
Foi a resposta que nunca nenhum Cavalo deu.
– Ah! Mas é tradição secular portuguesa! – argumentarão outros.
E quanto a esta lenga-lenga da tradição, o Velopata propõe a realização de um pequeno exercício mental.
Imaginemos um infante que vê seu avô arrear na avó, seu pai arrear na sua mãe e o namorado de sua irmã arrear na irmã. Até o padrasto, que substituíu o pai biológico, também arreia na mãe. Aliás, todos os machos adultos que ele conhece arreiam nas respectivas fêmeas.
Se quando esse moçe crescer e decidir, acometido de um ataque de ciúmes porque a respectiva não o deixou espiolhar aquela mensagem no telefone esperto que ainda por cima era de um tal de La Redoute, certamente o seu amante marroquino ou árabe, jogar ácido sulfúrico para cima de sua namorada enquanto lhe arreia forte e feio – como podemos olhar para isso como um crime e não… Uma tradição?
Ou uma família colômbiana, daquelas que o tetravô produzia cocaína, o bisavô produzia cocaína, o avô produzia cocaína, o pai produzia cocaína e agora o filho verá o nosso querido Astro nascer em tons axadrezados porque é ilegal… Então mas… E a tradição?
E se vamos entrar pelos complicados meandros da tradição… O Velopata é completamente a favor que outras seculares tradições sejam trazidas de volta à sociedade actual – o Circo Romano, a escravatura e o sacrifício humano e isto para não propôr que a pedofilia enquanto crime seja retirada do Código Penal, nunca esquecendo que essa é uma milenar tradição que já os Gregos e Romanos praticavam…
Continuando na senda das tradições, infelizmente as boas tradições é que aparentam estar em desuso neste Terceiro Calhau a contar do Sol, nomeadamente a do Humor.
Ao que o Velopata conseguiu apurar, tudo indica que durante o mês de Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, o comediante António Raminhos teve e brilhante ideia de fazer uma piadola com Ciclistas, publicando no seu perfil facebookiano algo como “isto é tipo Bowling; dás uma cacetada num e vão todos pelo ar”.
Óbviamente que o indignado incêndio facebookiano não tardou, chegando mesmo a um ponto in extremis em que alguns Ciclistas ameaçavam Raminhos com uma valente carga de porrada.
Mas será que anda tudo descontrolado e ressabiado?
Em primeiros, é firme convicção velopática que o Humor não deve ter outros limites que não os do próprio indivíduo.
Segundos, o moçe é comediante, é seu dever profissional fazer piadas com todos e tudo o que lhe aprouver.
E terceiros, porque razão todos ficam ofendidos com Raminhos quando existem desculpas esfarrapadas de bicho humano a comentar lamentáveis notícias como abaixo?


Uns dias teriam de passar para o Velopata entender a razão de tanto ressabiamento por parte dos Ciclistas – provavelmente estavam a somatizar, descarregando recalcamentos no bode expiatório que foi Raminhos, devido a uma das mais tristes notícias a assolar o meio velocipédico.
O amuo entre Strava e Relive.
Doravante, findas algumas horas sobre o registo strávico da pedalada, não mais nenhum Ciclista receberá um email com um vídeo todo supimpa e catita onde lhe é mostrado por onde pedalou.
E isto é uma péssima notícia para a comunidade velocipédica – de que outra maneira pode um moçe ou moça vangloriar-se das suas épicas proezas velocipédicas nas redes sociais, agora que não pode partilhar aqueles vídeos com… Interesse nenhum?
Felizmente, alheios a todos estes amuos entre comadres internéticas continuam os já cerca de duzentos e três membros do grandioso clube que é a Divisão Velopata.
Sigamos então para os resultados finais deste passado mês de Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 2908,1 Km
2º Lord Barbudo Refilão – 2445,2 Km
3º Giuseppe Anconelli – 2061,1 Km
Se Professor Carochas continua a não deixar a distribuição carocheira por manete alheia, tendo apenas falhado o lugar cimeiro do pódio dos que mais quilometragem embutem nos seus pistons velocipédicos nos dois primeiros meses do ano, o destaque deste mês de Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove é o regresso aos pódios velopáticos dos Idos de Março; Lord Barbudo Refilão e Giuseppe Anconelli.
Desaparecido dos pódios velopáticos desde esse terceiro mês do ano, a única explicação encontrada pelo Velopata para esta ausência de Lord Barbudo Refilão pode estar no facto do moçe ter participado na Pequena Grande Gala de Mui Importantes Personas Velopáticas onde, após privar com um Velopata e restantes alucinados comparsas do pedal como foi o caso de Pro Ressabiado, viu-se acometido de um qualquer choque traumático psico-somático-fisiológico que o levou a eclipsar-se dos registos strávicos, muito provavelmente devido ao elevado nível de alarvidades que ouvistou naquele dia.
O outro ido de Março, Giuseppe Anconelli, é um dos poucos estrangeiros lá de fora a ser permitida a participação neste elite strávica que é a Divisão Velopata pois as coscuvilhices velopáticas apontam para que, apesar de ter praticado algumas voltas em terrenos transalpinos, o seu quintal de eleição continua a ser o Sotavento algarvio, assim mostrando que é moçe que tem tudo para figurar por entre a nata da nata strávica.
Jersey Carapau de Corrida
1º Paulo Rodrigues – 33,9 Km/h
2º Pro Ressabiado – 31,9 Km/h
3º Açoriano Ressabiado Especializado – 30,5 Km/h
Findo aquele período de interregno onde coube a um dos Coelhos (o Fernando), a distribuição de carochas no que às médias e altas velocidades respeita, eis que Paulo Rodrigues regressa ao lugar cimeiro das hostilidades ressabiadas, sabendo o Velopata que este é moçe que deve estar já em preparação para os muitos granfondues cuja época aparenta iniciar já no próximo mês de Setembro.
Como é habitual, o nosso mui estimado Pro Ressabiado ocupa a segunda posição e em terceiro lugar assistimos ao retorno de Açoriano Ressabiado Especializado, devendo-se este regresso à mesma razão de Paulo Rodrigues mas com Bicicletas vá… Mais fraquinhas – também os treinos da equipa algarvia da Specialicoiso com vista à distribuição carocheira nos granfondues aparentam ter começado.
Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 42635 m
2º Lord Barbudo Refilão – 30671 m
3º O Pinto – 21771 m
Professor Carochas (que surpresa…), acompanhado de Lord Barbudo Refilão lideram a classificação dos que mais sofrimento deliberadamente procurado infligem sobre a sua fisiologia, aproveitando o Velopata para deixar a justificação para esta distribuição carocheira de Lord Barbudo Refilão para umas linhas escrevinhadas abaixo neste texto.
Em terceiro lugar, ouvistamos uma entrada rompante nesta duríssima jersey por parte dO Pinto, provavelmente ainda fruto de toda aquela excitação urinária após a sua fulgurante participação na corrida das vinte e quatro horas do Ótódromo do Estoril.

Jersey Alucinado Diário
1º João Conceição – 54 voltas
2º Paulo Almeida – 50 voltas
3º Deni Vargues Vargues – 39 voltas
Certamente muitos terão notado a ausência do entupimento velopático dos vossos murais strávicos com aqueles habituais commutes, devendo-se tal a umas férias durante duas (longas e intermináveis!), semanas onde a pedalada velopática foi forçada a uma paragem por motivos… Bem, o Velopata vai apenas escrever que esta cessação de actividade velocipédica permitiu manter a salutar relação com a Srª Velopata.
Sendo este sétimo mês do calendário anual apostólico-evangélico-greco-romano ou lá o que é, o habitual no que às férias de muitos bichos humanos respeita, também a ausência do nosso distribuidor de carochas cheias de Pranayama, David Matos, não é de estranhar.
E claro, modéstia à parte, estando ausentes dois dos principais candidatos ao pódio de final do ano, outros que à semelhança velopática sabem para que serve efectivamente uma Bicicleta, não se fizeram de rogados, lançando-se à distribuição carocheira diária – João Conceição promete continuar a dar aquele bom exemplo aos demais enlicrados que se gabam de conseguir calcorrear duras quilometragens em montanhas e serras durante o fim de semana mas depois, nos dias de labuta semanal, percorrer meia dúzia de quilómetros para o local de labuta… É uma canseira.
Jersey Melhor Batráquio
1º Michael Monnier – 1452,1 Km
2º Mad Fontinhas – 907,8 Km
3º O Holandês Voador – 801,2 Km
Finda a visualização do pódio acima, certamente o mui querido leitor tem na maionese cerebral a mesma questão que tanto tem apoquentado o Velopata.
Por onde correm, pedalam ou nadam, O Senhor Triatlo e Comandante Batráquio?
E lá foi um Velopata à coscuvilhice – todas as evidências apontam para que Comandante Batráquio tenha tirado uma licença sabática do Batraquismo, já O Senhor Triatlo… Bem, o Velopata não irá começar para aqui com uma devassa pública da vida privada de nenhum dos bravos membros do nosso mui glorioso clube, até porque seria bastante foleiro vir para aqui escrever que O Senhor Triatlo aparenta ter-se enamorado por uma fêmea e já se sabe como são as coisas quando os namoricos são novos – aquilo é praticar o amor bom a torto e a direito, perante a mínima oportunidade que se apresente.
Resta assim uma importante questão; conseguirá Michael Monnier aguentar-se à bomboca anfíbia quando O Senhor Triatlo e Comandante Batráquio regressarem à chapinhante carga carocheira?
Como também já vem sendo habitual, Mad Fontinhas e o nosso Holandês Voador da Quarteira completam os restantes lugares do pantanoso pódio.
Jersey Lanterna Vermelha
Luís Carvalhinho
Ao longo deste cerca de um ano e mais uns trocos de existência do nosso mui amado clube, inúmeras vezes uma deprimente questão tem assolado a já muito assolada maionese cerebral velopática, alevantando-se sempre que um moçe ou moça se destacam por entre os pódios velopáticos para posteriormente se ausentarem durante prolongados períodos – e se um dos bravos membros do nosso mui aclamado clube tiver o azar de sofrer um Encontro Imediato de Enlatado Grau, terminando assassinado?
Após aquelas suas rompantes aparições nos pódios do transacto ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito, o batráquio Luís Carvalhinho esfumou-se por completo do mural strávico velopático.
Lá estava outra vez aquela questão – teria o vil jugo opressor tirânico do enlatado levado Luís Carvalhinho para o Além Velocipédico?
Algum tempo dedicado às coscuvilhices e o Velopata conseguiu confirmar que Luís Carvalhinho está vivo e de boa saúde, pelo menos física.
Já da sua saúde mental, o Velopata hesita… É que à semelhança de muitos outros, tudo indica que as actividades velocipédicas do moçe foram movidas para segundo plano, para assim poder dedicar mais tempo à pratica do Trail.
Que é correr pelo mato com recurso aos chispes.
Que, nunca esquecendo o engenho dos bichos humanos já ter permitido a invenção da roda tuénináiner, parece ao Velopata um salto evolutivo sim, só que ao contrário – por que carga de água andem aí a correr pelo mato se já temos Bicicletas indicadas para fazer isso?
Ele há gente que não se entende…
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º Professor Carochas
2º Lord Barbudo Refilão
3º João Conceição
Ouvistando os pódios anteriores como quem ouvista mesmo, os três lugares do pódio acima apresentados certamente não surpreenderão nenhum dos mui queridos leitores.
E como sempre, já sabem – quezílias de qualquer espécie podem e devem ser resolvidas no alcatrão, trilhos, greivel ou lá o que é ou até num qualquer Velódromo.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª Mad Fontinhas
2ª Ally Martins
3ª A Senhora dos Pneus Vazios
Na classificação da jersey mais apreciada por machos entre as trinta e cinco e as quarenta e cinco voltas completas ao Sol de idade, a desgraça é bem evidente – três mil, cento e dezassete vírgula sete quilómetros foi o total de quilometragem somada, embutida por todas as fêmeas do nosso mui prestigiado clube.
Três mil, cento e dezassete vírgula sete quilómetros.
3117,7 Km.
Ao Velopata só uma expressão ocorre para descrever tal facto.
Cum camandro!
Isso é a distância que Professor Carochas mensalmente embute em uma só das suas pernas.
Que miséria.
Mas depois… Depois um Velopata parou. Respirou fundo, foi buscar uma média fresquinha ao frigorífico e fumou uns cigarros de tabaco aquecido na sua sacada enquanto muito matutou como quem muito matuta mesmo nestes factos – há certamente aqui qualquer coisa que lhe está a escapar.
Porque razão continuam a ser tão poucas as fêmeas que marcam presença nas fileiras do nosso mui amado clube?
Que sórdidos motivos se esconderão por trás de tão poucos quilómetros e pedaladas?
É que a continuar assim, o Velopata ainda arrisca um processo judicial movido pelo Bloco de Esquerda ou mesmo o P.A.N. por discriminação e atentados à igualdade de género e coiso.
É pois intenção velopática, labutar como quem labuta mesmo na tentativa de trazer mais fêmeas para o nosso mui prestigiado clube.
A ver se isto fica mais bonito porque passar semanas a ver fotografias de moçes escanzelados e envoltos em apertadas e multicoloridas licras, devendo notar-se que alguns nem a depilação fazem… É coisa que não lhe assiste.
Jersey Crazy Ride
Lord Barbudo Refilão – Pan Celtic Race

Seja por se eclipsar totalmente dos registos strávicos ou por embarcar em mais uma aventura daquelas de deixar restantes membros do nosso mui celebrado clube de boca aberta a escorrer invejosa baba, Lord Barbudo Refilão tornou-se já um nome a ter em conta, nunca parando de surpreender.
Desta vez, não satisfeito com a quantidade de empenões e encarochamentos activamente procurados e auto-infligidos, Lord Barbudo Refilão lançou-se a uma demanda com a qual o Velopata muita afinindade espiritual tem – os Celtas.
Mais concretamente, uma pedalada de dois mil trezentos e setenta e cinco quilómetro em full autonomia por entre os outrora reinos celtas da Irlanda, Escócia e País de Gales.
Se quiserem saber um pouco mais sobre o adorado nível de encarochamento que tamanha épica pedalada proporciona, é só visitarem o sítio facebookiano do moçe, bastando clicar aqui.
E prontos, Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove foi isto.
Mas em antes de finalizar a coisa, o Velopata tem uma última consideração a partilhar.
Ele sabe que muitos de vós já estranharão o facto de vossas medalhas respeitantes aos pódios finais obtidos durante o ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito ainda não vos terem chegado às manápulas. Deste modo, o Velopata pede vossa compreensão pois como certamente sabeis ele é um moçe que gasta tudo em carbono e pouco mais sobra para o resto – enviar-vos as medalhas por CTT custa eirios que ele está a tentar colocar de parte para, assim que a Srª Velopata o autorize, vos enviar as referidas.
Não desesperai e muito menos deixai de s´acarditarem num Velopata.
Como sempre, já sabem; dúvidas, sugestões ou reclamações podem e devem ser enviadas para:
estamosnasemanaeuropeiadamobilidadeurbana@aidevósquenãoparticipemnosrespectivospasseiosemassascríticasecoisodevossasurbes.mail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata