Junho.
O sexto mês do calendário apostólico, evangélico, adventista e greco-romano ou lá o que é, marcando aquele que é o miolo de um ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho.
Um mês marcado por fortes emoções, não só por entre a nata da nata da velocipedia strávica que é a Divisão Velopata, mas também pelo mundo civil que, como o mui querido leitor já sabe, o Velopata se prepara para esmiuçar como quem esmiuça mesmo aqueles acontecimentos em mais importantes.
Reza a lenda que tudo começou como muitas outras lenga-lengas começam – o (des)Governo aprovou leis que servem de mote à abertura das hostilidades na que ficará conhecida nos anais da história como a Guerra ao Plástico.
E porquê a Guerra ao Plástico quando também tantos outros assuntos mereciam que apontássemos nossas em mais melhores e inteligentes armas com a mesma vontade, determinação e intensidade?
Porque parece que o Plástico faz dói-dói (nas palavras do Velopatazinho), a este Terceiro Calhau a contar do Sol a que chamamos Planeta Terra.
MAS ESTÁ TUDO A GOZAR COM O VELOPATA OU QUÊ?
Portantos, só a ver se o Velopata entendeu bem… O Planeta Terra já flutua por esta vizinhança galáctica a, mais bilião, menos bilião, quatro biliões e meio de anos tendo conseguido suportar terramotos, vulcões, movimento de placas tectónicas, deriva de continentes, erupções solares, tempestades magnéticas, inversão magnética dos pólos, anos e anos de constantes bombardeamentos por asteróides e meteoritos, o José Castelo Branco, subidas e descidas do nível da água, temperaturas extremas, marremotos, incêndios à escala mundial, erosão, raios cósmicos, o Gustavo Santos, Idades do Gelo recorrentes… Mas os bichos humanos ousam pensar que alguns sacos de plástico e latas de alumínio vão fazer alguma diferença nesta mais ou menos pequena bolinha que anda a flutuar pelo espaço em redor do Sol?
Se a história nos mostrou algo é que o bicho humano já gastou mais recursos e eirios em novas, originais e imaginativas formas de nos matarmos uns aos outros, já provamos que nem tomar conta ou mostrar alguma empatia para com o próximo sabemos e, no entanto, andam por aí uns moçes e moças que acarditam mesmo que podemos todos dar as mãos e cantar músicas hippies para assim salvar o Planeta.
E isto é algo que sempre fez uma grande comichão cerebral ao Velopata, já desde seus primordiais tempos de embrionária larva velocipédica, quando ele ainda nem na Universidade fingia que estudava.
Segundo as contas velopáticas e atentando a tudo o que foi descrito acima, verdade seja escrita, o Planeta encontra-se em melhor forma do que alguma vez esteve.
Toda esta história de salvar o Planeta… Acarditais mesmo que o Planeta necessita ser salvo da ameaça que é o bicho humano? Perguntai aos milhares de milhões de indonésios e japoneses que já finados sob violentos terramotos e tsunamis se acarditam que são uma ameaça ao Planeta. Perguntai aos chilenos que faleceram durante um dos maiores terremotos que há registo, ocorrido naquela região do Planeta no ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de mil novecentos e sessenta, se também eles s´acarditam que são uma ameaça ao Planeta. Ou questionai os pompeienses (nativos de Pompeia, Itália), se mesmo por baixo de toda aquela cinza vulcânica, para sempre petrificados no tempo, continuam a acarditar que os bichos humanos são um perigo para o Planeta…
O Planeta, este nosso querido Terceiro Calhau a contar do Sol, tenha mais ou menos plástico, não vai a lado nenhum.
Quando muito, desaparecendo esse espécie de primata com menos pêlo que alastra que nem um terrível caso de pulgas que nenhum Frontline aparenta ser capaz de resolver, o Planeta passará a ter um novo paradigma, convivendo salutarmente com este – A Terra e o Plástico.
Quem sabe se não é esta a fulcral resposta à grande questão filosófico-existencial sobre a qual tantos têm consumido drogas e alcoól para tentar esclarecer;
– Quem somos? Donde viemos? Para onde vamos? – questionam os filósofos.
– Façam Plástico cacete! – responde seja lá que Entidade Suprema o mui querido leitor lhe aprouver.
É por estas e por outras que o Velopata sempre se opôs a toda esta lenga-lenga ambientalista – quando vão perceber que o Planeta se está positivamente cagando para o bicho humano e que todos estes problemas só vão é acabar por lixar com um F bem maiúsculo… O bicho humano?
O Velopata reitera – o Planeta não vai a lado nenhum.
Já o bicho humano vai sim… A caminho da extinção em massa.
E se dúvidas tendes, alembrem-se – os Dinossauros estiveram por cá bem mais tempo que a nossa espécie e olhem como a coisa terminou para eles. Nem um só para contar sua história, exceptuando talvez a Nessie (o Velopata não se refere à Gata Gorda e sim à habitante de Loch Ness), que, infelizmente, não é muito faladora.
A boa notícia é que, à semelhança das baratas, também o bicho humano mostra uma extrema resiliência e capacidade de adaptação, encontrando-se dotado das ferramentas para conseguir inverter toda esta catastrófica situação.
O problema?
Todos se estão cagando para o futuro pois como disse recentemente um conhecido comparsa copofónico do alter-ego velopático;
– Mas porque carga d´água ´tás preocupado com isso? Não sei se sabes mas… Vais estar morto.
A razão é simples e o heterómónimocoiso do Velopata fez questão de frisar isto mesmo ao comparsa, por entre mais uns goles na sua cevada fermentada – era ideia velopática que o Velopatazinho herdasse um mundo melhor do que aquele onde ele (o Velopata), viveu.
Não é isso que todos queremos para a nossa progenia?
ENTÃO QUAL É A MERDA DA DÚVIDA?
Já o (des)Governo não tem dúvidas – a solução passa por substituír palhinhas e talheres de plástico por madeira.
O que é uma solução muita engraçada e engenhosa pois assim, daqui a uns quantos anos não mais vamos ver nossos solos e oceanos inundados por plástico e sim… POR PLÁSTICO E MADEIRA. E PIOR, OLHANDO BEM PARA AS COISAS, VAMOS TER PEDAÇOS DE EUCALIPTO POR TODO O LADO!
E o Velopata nem se vai aqui alongar sobre a experiência que deve ser sorver bebidas por palhinhas de eucalipto…
Mas já que se escreve sobre progenia, Junho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove foi ainda palco para um ternurento momento – o mês em que todos descobrimos, graças a uns progenitores versados nas artes internéticas (já que outros tantos na mesma situação e incapazes de se dar a conhecer por não auferirem eirios para rúteres ou não terem estudado o suficiente para dominar o circo facebookiano, logo não interessam e ninguém se preocupa com eles), da existência de uma moçinha de seu nome Matilde que, por padecer de uma rara maleita de nomenclatura técnico-táctica Atrofia Muscular Espinhal Tipo I, que até é o mais grave dos tipos, necessitava urgentemente de um medicamento cujo valor atingia a módica quantia de dois milhões de eirios.
– Como raios pode um medicamento que serve para salvar vidas, custar dois milhões de eirios? – foi a questão que ninguém colocou e na qual muito o Velopata matutou como quem matuta mesmo.
Primeiros, e roçando novamente o tópico anterior, nunca nos podemos esquecer que é mais barato produzir uma metralhadora com uáifái, dente azul, mira lazer telescópica e capaz de disparar não-sei-quantas mil balas por minuto do que é um medicamento. Porque lá está, os bichos humanos e suas prioridades bem definidas.
Depois, e isto é uma realidade que nós, Ciclistas, conhecemos bem – porque produzir medicamentos em nano-químicos de nano-moléculas com nano-enzimas de nano-ligas de carbono de alto módulo misturados com titânio aglomerado em soluções aquosas com nano-compósitos de nano-polímeros recolhidos pela sonda espacial Rosetta aquando da sua visita ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko… Pôrra, isto tem de ser um medicamento assim a puxar para o carote.
E num histórico gesto de empatia e solidariedade, o povo juntou-se e conseguiu reunir os dois milhões de eirios para adquirir o marafado medicamento capaz de salvar a vida de Matilde, mostrando que somos capazes de todos juntos conseguir feitos que pareciam impossíveis.
O que não pode deixar de nos levar a pensar; e se?
E se?
E se… Todos nos preocupássemos com o estado do Planeta que queremos que nossa progenia herde?
Será que o problema é o Planeta não ter uma compleição fofinha e um nome próprio (quem é que se lembrou de chamar a um corpo celeste coberto com setenta por cento de água de… Terra?). Ou será que isto tudo é por o Planeta não ter perfil nas redes sociais?
No entanto, toda esta situação da Matilde pareceu, na humilde opinião velopática, uma falta de know-how técnico-táctico dos progenitores de Matilde.
E a todos os restantes progenitores em situações semelhantes, o Velopata deixa aqui a dica da metodologia que podem seguir para ver vossos herdeiros aceder a cuidados de saúde daqueles produzidos em carbono de alto módulo, sem gastarem um único tusto;
1 – iniciar um peditório na internet, publicitando a doença de vossa cria e o valor que necessitam juntar para o tratamento;
2 – assim que consigam reunir uns trocos, contactar alguém no Notário que certamente se corromperá a troco de pouca coisa (alembrem-se que na Federação Portuguesa de Futebol moçes houve que se deixaram corromper e assim arruinaram suas carreiras, arriscando mesmo a mudança domiciliária para aqueles locais onde o duche com sabonetes é tarefa complicada ao nível esfíncteriano, a troco de umas t-shirts e fatos de treino do SLB);
3 – no Notário, o vosso cúmplice tratará de mudar o nome do petiz doente para algo como, a título exemplificativo, Matilde Berardo;
4 – munido de seu novo nome de família, o agora petiz Qualquer-Coisa Berardo pede um empréstimo junto de uma grande instituição agiot… Bancária para poder pagar suas despesas hospitalares;
5 – o petiz acede aos tratamentos e cura suas maleitas, não necessitando preocupar-se com os pagamentos à instituição chupist…. Financeira porque se chama Berardo e, verdade seja escrita, todos nós pagamos por ele, evitando-se assim o tempo perdido nos peditórios.
E voilá!
Situação resolvida pelo melhor para todos!
Como é que ainda nenhum progenitor à rasca como quem está mesmo à rasca para adquirir medicamentos e tratamentos para sua progenia ainda não se alembrou disto?
Numa espécie de variante do famoso ditado popular “casa roubada, trancas à porta”, o (des)Governo lá se enxergou e parece que afinal se chegará à frente para pagar os tratamentos de Matilde, deixando assim os progenitores da moçinha com aquela velha questão filosófica que tanto apoquenta outros portugueses – devem os progenitores de Matilde entregar os eirios auferidos no peditório a outras instituições de solidariedade para que os gestores destas possam adquirir novos enlatados de alta cilindrada ou passar umas belas férias num qualquer paraíso tropical? Ou até mesmo aproveitar para umas remodelações no seu lar quiçá até finalmente construir aquela mezzanine que a Mãe de Matilde há tantos anos deseja?
Verdade seja escrita, foi bonito ver como a população portuguesa se juntou para salvar a vida de Matilde que, apesar de todo o azar que lhe bateu à porta, pelo menos resta-lhe a sorte de ser uma moçinha caucasiana.
É que segundo um estudo recentemente divulgado por uma daquelas comissões parlamentares que desperdiçam eirios para analisar e estudar aquilo que já todos sabemos, parece que ainda existe Racismo no Portugal do Século XXI.
Vamos lá a ver uma coisa; porque carga de água foi o (des)Governo gastar milhares de milhões de eirios numa Comissão para estudar este assunto e chegar a esta óbvia conclusão quando bastava ter contactado o Velopata e a troco de uma Cannondale Synapse que nem necessitava ser toda montada em Dura-Ace (bastava um Ultegrazito que ele não é esquisito), ele lhes mostraria exatamente isso?
Entregariam a Cannondale Synapse ao Velopata, ele deslocar-se-ia até uma daquelas sessões parlamentares em que os deputados estão lá todos (não naquelas onde eles marcam as comparências uns dos outros), e simplesmente pediria aos deputados para olharem em volta e por todas as cadeiras do Parlamento procurarem um deputado de etnia africana, monhé, índia, cigana ou chinoca.
Não os há, certo?
Ora aí está vossa prova, a fumegante pistola em como o Racismo e a Xenofobia (que em imberbe idade o Velopata acarditava ser fobia a Xenomorfos como o Alien, só tardiamente descobriu que Xenofobia era mesmo aquela capacidade de ser… Vá, Estúpido), existem e se mais provas querem, basta olhar para as nossas estradas e alcatrão.
Não é o vil jugo opressor tirânico do enlatado que se acardita que apenas por se mover em mais rápido que uma Bicicleta, tem mais direito à estrada?
E se esta não é cabal prova em como Racismo, Xenofobia e Estupidez ainda imperam neste cantinho à beira mar mal plantado com eucaliptos em monte…
Se por entre o âmago do grandioso clube strávico que é a Divisão Velopata existem racistas e xenófobos, o Velopata acardita que é um pouco como nuestros hermanos espanholitos dizem, yo no creo en brujas pero que las hay, las hay, no entanto, a confirmar-se a existência de trogloditas por entre o nosso mui estimado clube, a solução só poderá ser uma – expulsão e consequente humilhação em praça strávica, entupindo as actividades do dito cujo com comentários como;
“Até do Daniel Teklehaimanot tu levavas carochas!”
“Até o Quaresma corre mais depressa do que tu pedalas!”
“Até de um daqueles monhés montados em pasteleiras da Sportathlon e que são explorados em quintas orgânico-biológicas tu levavas carochas!”
“Gostavas era de ser um Ciclista tão explosivo como um Sírio!”
Se energúmenos pululam pelos meandros da Divisão Velopata, ele (o Velopata), não sabe, agora do que ele tem a certeza é que anda por lá malta com muita pedalada, facto comprovado quando se observam as prestações dos já duzentos Ciclistas, ao longo deste mês de Junho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 2889,9 Km
2º O Pinto – 2039,4 Km
3º Deni Vargues Vargues – 1528,7 Km
Para variar, Professor Carochas não dá grandes hipóteses à concorrência, continuando a assumir-se como o mais forte candidato a esta tão cobiçada jersey, principalmente agora que o nosso Ciclista de marca registada, Frinxas, aparenta ter caído na olvidão strávica.
Destaque para o regresso de Deni Vargues Vargues ao mesmo lugar do pódio onde havia efectuado uma fugaz e tímida aparição durante o mês de Fevereiro – nesse mês, as coscuvilhices velopáticas apuraram que tal se devia à preparação do moçe para o desafio da Mítica Estrada Nacional 2 no sentido Sul-Norte (mais difícil pois é sempre a subir para cima, passe o pleonasmo), restando apurar o que traz o moçe de volta a estas lides e que outras aventuras cheias de plogging (que, em bom português significa apanhar o lixo dos outros, sendo que o Velopata preferirá sempre uma outra actividade bem mais recompensante como o tabeffing, que significa espetar chapadas com as costas da mão nas trombas dos que jogam lixo para o chão), poderão estar na calha.
Mas sem sombra de dúvida que o mais grande destaque deste mês é o segundo lugar de O Pinto, moçe oriundo da troupe Zés das Bikes que certamente não será nenhum estranho nas lides dos pódios velopatóides, apesar de nunca o ter feito com tamanha fulgurante potência.
Ou cadência.
Ou lactato.
Coiso.
Esta entrada dO Pinto nos pódios dos que mais quilómetros embutem é ainda em mais de louvar tendo em conta que, mesmo na posse de todas as suas funções psicomotoras, o moçe recentemente e deliberadamente desposou uma fêmea e ainda assim conseguiu não ver toda sua virilidade velocipédica castrada – e quando um Ciclista une os trapinhos (ou devia o Velopata escrever “licrazinhas”?), e sobrevive… Devemos todos celebrar.
Mas o que terá levado O Pinto a esta apoteótica entrada nos cobiçados pódios velopatóides?
O mui querido leitor terá de continuar a ler.
Jersey Carapau de Corrida
1º Paulo Rodrigues – 33 Km/h
2º Pro Ressabiado – 32 Km/h
3º O Pianista – 31,8 Km/h
Também na jersey dos mais acelerados mui queridos membros da elite strávica se assiste a um regresso – Paulo Rodrigues retorna ao lugar cimeiro que ocupou durante os dois primeiros meses deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove mostrando que ainda está na contenda entre os que ressabiam como quem ressabia mesmo, à grande e à avec.
O nosso mui querido Pro Ressabiado continua sempre picando seu ponto (e os miolos de quem na sua ressabiada companhia pedala), nesta apressada contenda, mas o destaque surge pela presença dO Pianista que mais uma vez prova que o nível de poliglotofilia velocipédica da nossa acarinhada elite strávica é muita forte.
Ele já foi Papa-Quilómetros, já picou o ponto por entre as Cabras da Montanha, logo é apenas natural, nunca esquecendo que O Pianista pedala regularmente na companhia da elite ressabiada albufeiriense onde figuram nomes como o já referido Pro Ressabiado, Mini Pro Ressabiado, AeroBoy, Chora-Meninas e Moço do Treco (que nos entretantos trocou o Treco por uma Chinarello, assim lixando a D.O.C.V., Denominação de Origem Controlada Velopática), não surpreendendo assim que o dia chegasse em que O Pianista deixa suas marcas na ressabiada contenda.

Veremos se esta ressabiada tendência se manterá ou se tal não terá sido apenas ressabio de pouca dura.
Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 40187 m
2º O Pinto – 27583 m
3º Duarte Costa – 20742 m
Quanto a Professor Carochas, nada que o Velopata escreva fará jus à quantidade de carochas distribuídas por este rijo moçe biseuense, ainda para mais quando atentamos como quem atenta mesmo, à diferença de metros de desnível acumulado positivo que Professor Carochas é capaz de embutir durante um só mês quando comparado com os restantes comuns mortais do nosso acarinhado clube.
Destaque novamente para O Pinto (que o mui querido leitor terá de continuar sua leitura, ainda não é desta que o Velopata revelará se o moçe continua casado ou com tanto quilómetro e altimetria embutida, já recebeu a notificação da respectiva com a papelada respeitante ao processo de divórcio), para além de uma nova entrada na contenda altimétrica pela rija perna reguenguense de monsaranzense de Duarte Costa, moçe com quem o Velopata já simpatiza mesmo sem nunca ter partilhado pedalada.

Jersey Alucinado Diário
1º David Matos – 42 voltas
2º O Velopata – 36 voltas
3º Deni Vargues Vargues + Paulo Almeida + João Conceição – 35 voltas
Na classificação dos que utilizam a Bicicleta com a mesma necessidade com que um bicho humano comum recorre ao oxigénio para nutrir pulmões, para além do óbvio destaque que é o regresso do nosso distribuidor de carochas urbanas cheias de Pranayama ou lá o que é ao lugar cimeiro após um mês de interregno, David Matos, a sensação deste mês de Junho do ano de dois mil e dezanove de Nosso Senhor Joaquim Agostinho é o empate técnico-táctico-velocipédico de Deni Vargues Vargues, Paulo Almeida e a estreia nos pódios velopáticos de João Conceição, ambos os três no terceiro lugar com trinta e cinco voltas.
Sendo um atento e espectacular curador deste nosso sui generis clube strávico, o Velopata já desconfiava pelos seus complicados cálculos físico-químico-matemático-quânticos que João Conceição, mais pedalada, menos pedalada, marcaria presença por entre a elite dos que commutam como quem commuta mesmo, resta agora esperar e ver como será durante o restante ano ou se tal não se terá tratado de mais um caso de… Férias.

Jersey Melhor Batráquio
1º Michael Monnier – 1217,9 Km
2º O Senhor Triatlo – 1055,7 Km
3º Mad Fontinhas – 665,2 Km
Pára tudo!
História foi feita nos aquáticos anais do nossa mui acarinhada congregação strávica – O Senhor Triatlo foi alvo de uma carocha anfíbia como há muito não se ouvistava!
Mas a que se deverá este coaxar avassalador de Michael Monnier?
Como sempre, coscuvilhando como quem coscuvilha mesmo, o Velopata descobriu a óbvia razão;

Resta agora saber se O Senhor Triatlo tirará sua mente de pensamentos em Kona (não sejai ordinários, é Kona, essa cidade de bonito nome no Havai, palco dos campeonatos mundiais do batraquismo), e se preocupará em ressabiar anfíbiamente de modo a reaver o nenúfar sobre o qual tem pousado praticamente desde a incepção do nosso glorioso clube.
Como é habitual, também Mad Fontinhas pica o seu ponto na classificação da elite batráquia.
Jersey Lanterna Vermelha
Aprendiz de Ressabiada
Segundo coscuvilhices velopatóides, tudo indica que Aprendiz de Ressabiada decidiu trocar o reino algarvio pelo estrangeiro do norte do país, opção que o Velopata não entende.
Certo é que desde esta troca, sua contagem quilométrica encontra-se praticamente a zeros, o que pode indicar que aquela vontade de ressabiar, típica da juventude, já lhe passou ou então…
Ou então a moça enamorou-se de um qualquer estrangeiro nortenho que, à semelhança do que as fêmeas de Ciclistas fazem com seus Homens, cortou-lhe as vazas porque “isto de andar a pedalar com licras apertadas no meio de gajos rebarbados não é coisa de boa mulher de família”.
Só o tempo, ou mais concretamente o internamento hospitalar velopatóide após uma daquelas saraivadas de porrada por parte do respectivo da moça que não achou piada nenhuma ao que o Velopata acabou de escrever, farão entender o que se passou.
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º O Pinto
2º Michael Monnier
3º AAA
Professor Carochas merecia um lugar no pódio mensal dos que mais se destacaram na prática da nobre arte velocipédica durante o mês de Junho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove?
Merecia, pois claro.
Então porque razão não se encontra lá seu nome inscrito?
Porque tudo o que é demais enjoa.
E pódios destes já o real distribuidor de carochas biseuense tem muitos, acarditando o Velopata que mais pódio, menos pódio, não surtirão grande diferença no final do ano.
– Ó Velopata, porque razão está o Agente da Autoridade Anónimo (AAA), presente neste pódio se o moçe não se destacou em nenhuma jersey durante este mês de Junho? – questionarão os mui picuinhas e chatos leitores.
Como o Velopata não é nenhum tirano, ele explica – AAA aturou o Velopata durante mais uma daquelas épicas pedaladas (464,5 Km + 107 Km), realizada entre os dias vinte e oito e trinta de Junho deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho, naquela que foi a Escapadela Altimétrica que o Velopata promete contar tudo brevemente.
E depois, finda a leitura desse relato, o mui querido leitor verá se AAA não merece esta gloriosa distinção… Nunca esquecendo que a existir dúvidas, tais devem ser resolvidas no alcatrão ou trilhos.
Quanto às razões que levaram à carocha generalizada distribuída pelO Pinto, o Velopata conforta o os já mui exaustos leitores – está quase.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª A Guerreira do Rio
2ª Pro Ressabiada
3ª Mad Fontinhas
Sempre que tem lugar um daqueles acontecimentos que os Ciclistas mais temem; neste caso o Velopata escreve sobre esse famigerado evento que é A Queda e não sobre as respectivas (ou respectivos, como já se ouvistou no possível caso de Aprendiz de Ressabiada), descobrirem quanto do nosso árduamente auferido ordenado é gasto em carbono, é de louvar que o Ciclista em questão se alevante, limpe as feridas e regresse novamente ao alcatrão ou trilhos.
Como tal, ela nem foi a que mais quilómetros embutiu, mais ressabiadas médias conseguiu ou mesmo mais metros de desnível acumulado positivo embutiu, mas todos concordarão que A Guerreira do Rio merece um especial destaque durante este mês, tendo regressado à carga batráquia findo um longo período de letargia, provocado por uma lesão consequente de uma queda sofrida ainda o ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito decorria.

Com A Guerreira do Rio a mostrar que chapinhar, fazer a parte do ciclismo e correr a penantes nas margens do Rio Guadiana é a sua praia carocheira, acompanham-na as nossas já habituais representantes da elite feminina strávica; Pro Ressabiada e Mad Fontinhas.
Sobre as quais o Velopata não vai escrever porque esta publicação já vai longa, mesmo sabendo que esta é a jersey e classificação preferida por machos rebarbados entre as trinta e cinco e as quarenta e cinco voltas ao Sol completas, certamente que já ninguém aguenta muito mais suspense e todos querem é mesmo saber… O que raios fez O Pinto?
Jersey Crazy Ride
O Pinto – 24 Hours Bike Race
Com toda a honestidade, no momento em que o heterómónimocoiso do Velopata descobriu que semelhante evento teria finalmente o seu lugar neste cantinho à beira-mar mal plantado com eucaliptos em monte, aquele bichinho que é a vontade de ressabiar começou a mexer como quem mexe mesmo com as entranhas velopáticas, sobrepondo-se lógica à razão.
Com o melhor dupla que alguém pode pedir, AAA, desafiado para se juntar a um Velopata e ambos os dois partirem à conquista do Ótódromo do Estoril nesta 24 Hour Bike Race (Corrida das Vinte e Quatro Horas de Bicicleta, em português), a resposta do mesmo não se fez tardar;
– Epá, ó Velopata, não sou assim grande fã de pagar para andar às voltas no mesmo sítio… – explicou AAA.
– Pedalar às voltas como quem pedala mesmo às voltas? – insistiu o Velopata.
– Pois, se fosse meter-me contigo nessa parvoí… Prova, era apenas para não te fazer a desfeita.
– Então que propões? – questionou o Velopata.
– Vamos fazer uma aventura a sério… Tipo ir até à Serra da Estrela numa só pedalada.
E assim se congeminou a Escapadela Altimétrica.
Sobre a qual o Velopata mais não vai contar porque o mui querido leitor já sabe que ele (o Velopata), não é moçe de andar para aqui a queimar etapas.
Agora quem não se demoveu de pagar para pedalar às voltas como quem pedala mesmo às voltas foi o nosso mui ilustre membro O Pinto, oriundo da rija troupe Zés das Bikes, que foi lá mostrar que mesmo após seiscentos e setenta e dois vírgula noventa e quatro quilómetros pedalados… Ainda há malta capaz de disputar uma vitória ao sprint.
Conclusão; quando o Velopata fôr grande… Ele quer ser como O Pinto.
Que nos entretantos, também decidiu começar a presentear os simples e míseros comuns mortais com as histórias de suas aventuras que podem ler clicando aqui.


Erh… Uhm… Desde já o Velopata pede desculpa pelo erro técnico na partilha da fotografia respeitante à Crazy Ride dO Pinto mas o mui querido leitor que isto é no que dá seguir blogues amadores pela internet.
Encontrem pois a fotografia correcta abaixo;

E assim chegamos ao fim de mais um capítulo strávico deste vosso espaço de referência velointernética.
Como sempre podem enviar email com sugestões, críticas e reclamações para:
opintoéomaior@bemorepintomail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata