Meio Evereste

Algo impensável ocorreu neste vosso espaço de referência velointernética, um tenebroso acontecimento que o próprio Velopata jamais podia prever.

Uma INVERDADE (à semelhança da classe política, um Velopata não mente), foi publicada.

Certamente o mui querido leitor nem s´acardita; como foi possível o Velopata ludibriar, qual Berardo da Velocipedia, a sua horda de milhares de milhões de seguidores? Mas em antes que carreguem vossos polegares oponíveis nos ecrãs dos respectivos telefones espertos, ávidos de mostrar vosso descontentamento para com este vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo que é a vida do pedal, fazendo o unliking e o unfollowing deste sui generis espaço velointernético, permitam ao Velopata que se justifique.

Aquando da última publicação (que podeis recordar clicando aqui), o Velopata explicou que acometido de uma profunda crise de autoestima e amor próprio provavelmente provocadas e exacerbadas por recentemente seu alter ego ter completado a marca das quarenta voltas em torno do Sol, sentindo-se assim entrar na definhante senescência do seu ciclo de vida (velocipédico e civil), ele (o Velopata), decidiu que a melhor maneira de mostrar um belo manguito (neste caso, o Velopata não se refere à peça de indumentária velocipédica e sim ao sempre eficaz gesto manual), à velhice completando um daqueles Desafios da Internet, um tal de Everesting.

Que, em abono da verdade, devia denominar-se Neverendingesting, mas já lá iremos, não vamos queimar etapas.

Para os desconhecedores desta terminologia técnico-táctica da parvoíce velocipédica, este é um desafio “simples” que consiste em encontrar uma subida, repetindo-a um número de vezes tal que permita registar um total de desnível positivo acumulado idêntico à altitude do Monte Evereste – todos os oito mil, oitocentos e quarenta e oito metros.

OITO MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E OITO METROS.

De uma só pedalada, repetindo até à exaustão a mesma subida, um incessante e metronómico sobe e desce.

Ele pode haver desafio mais parvo?

Pior que este Desafio da Internet só mesmo aquelas aberrações das Baleias Azuis e MOMOS, com a notória diferença que a dar-se o falecimento durante o Everesting, um moçe sempre vai desta para melhor bem feliz, com um rasgado (apesar de ultra-mega-hiper-giga empenado), sorriso nos lábios, satisfeito por fenecer a fazer aquilo que mais se gosta (excluíndo, é claro, a prática do amor bom, ou não fosse o Velopata macho).

Durante muito tempo a ideia marinou como quem marina mesmo na mente velopática enquanto, pelo seu quintal, a demanda pela subida adequada a tamanha alarvidade velocipédica decorria.

Até que um dia se fez luz – o segmento strávico ideal para tamanha estupi… Aventura esteve sempre ali à sua frente mas vai na volta e talvez tenha sido o tamanho da aeropenca que tenha obstipado a visão velopática.

BDV north climb.

(Nota velopática: as iniciais “BDV” indicam Barranco do Velho, “north” significa “norte” e “climb” significa “subida” e porque razão uma localização portuguesa tem seu nome em anglosaxocamónico bem como a indica que é a norte quando na realidade é a oeste, o Velopata desconhece.)

Um segmento strávico equivalente a uma subida de terceira categoria, consistindo nuns angustiantes cinco vírgula cinquenta e oito quilómetros a uma média de inclinação de cinco por cento, resultando num total de duzentos e setenta e cinco metros de desnível positivo.

Nunca esquecendo que três vezes seis dá dezoito, o Velopata requisitou aos seus habituais colaboradores da NASA um computador quântico com potência e robustez suficiente para a elaboração de tão complicados cálculos, assim compreendendo que teria de pedalar um total de trinta e três subidas para perfazer toda a altitude a que o desafio obrigava, para além de estarmos a escrever sobre uma pedalada que certamente levaria muito perto das vinte e quatro horas a completar.

Trajecto definido e restou a um Velopata aguardar pela metereologia adequada.

Que ele (o Velopata), sabe agora… Metereologia adequada deve ser coisa ao estilo de um Mito Urbano, como por exemplo, um enlatado respeitador do Código da Estrada.

O dia chegou; pelas sete horas da manhã daquele marafado dia oito deste mês de Junho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, o Velopata deixou o conforto do lar para trás, Estrela Vermelha equipada com toda a parafernália necessária a tamanha parvoí… Façanha, mas nas profundezas de seu core, ele sentia que dificilmente a completaria.

Incapacidade física?

Não, longe disso.

Hoje, à hora desta publicação, o Velopata sabe que este desafio, apesar de extremamente empenante e encarochante e um complicado teste a todas as capacidades velocipédicas de um mais ou menos atleta, onde este desafio mais dói, onde mazelas são cravadas que levam dias, semanas, meses quiçá até anos a curar é… Na psique do indivíduo.

E se o mui querido leitor não s´acardita, atente ao relato psicofisiológico do que foram as longas e intermináveis treuze subidas velopáticas que lhe permitiram completar metade do Everesting – totalizando duzentos e trinta vírgula zero três quilómetros com quatro mil quinhentos e seis metros de desnível positivo acumulado, registados em dez horas, vinte e nove minutos e vinte e seis segundos de pedalada.

Subida 1 

– Epá, isto afinal não parece ser assim tão difícil, é uma questão de manter o ritmo baixo. – pensou um Velopata para com o fecho éclair de sua jersey.

Sim, mui querido leitor, era esse o nível de confiança velopática nas suas capacidades de subida.

Ele há com cada cromo…

Subida 2

– Merda mais o vento. Isto assim até parece que se está a fazer o Everesting com os pneus furados mas vá… Calma. É uma questão de ritmo. Sempre baixo. Não adianta gladiar com o vento que é tipo fêmea, já se sabe que vence sempre. – sintoma de que algo já começava a gazear na mente velopática, ele já não pensava – falava sozinho, qual Thomas Voeckler só que em exemplar de macho mais bonito apesar de velocipédicamente mais fraquinho.

Verdade seja escrita, o vento não dava uma tréguazinha.

Soprando frontalmente na fase ascendente e contra na consequente descida, o Velopata não pode senão questionar-se se essa meretriz do São Pedro será conhecedor da Rosa dos Ventos.

Subida 3

– Que subida é esta? Será a quarta ou quinta? Bem, não interessa, a seguir ele vai dar-se ao luxo de fazer uma pausa na sua base de operações, o universalmente reconhecido tasco dA Tia Bia.

Muitos dos que se lançam neste everéstico desafio recomendam a utilização de um enlatado de apoio estratégicamente colocado numa das extremidades do segmento strávico escolhido. Nunca esquecendo que à data desta publicação, todas as aventuras velopáticas que envolveram enlatados de apoio terminaram em clamorosos fiascos, além de que o(s) único(s) enlatado(s) que o Velopata detém são compostos por leguminosas, um ou outro vegetal e cogumelos laminados, o Velopata optou por fazer dA Tia Bia o seu ponto de apoio.

Até porque seria difícil manter cerveja fresquinha no interior de um enlatado estancionado ao Sol durante todo o dia, mesmo recorrendo aos serviços de uma geladeira. Ou geleira. Coiso.

Subida 4

Terminando a quarta subida e com o indicador digital do Garmin ligeiramente acima dos primeiros mil metros de acumulado (já só restavam sete mil e uns trocos!), o Velopata permitiu-se a primeira pit stop do que oficialmente seria já um longo dia.

Com a Estrela Vermelha corretamente acondicionada à sombra na esplanada dA Tia Bia, o Velopata dirigia-se para o interior do tasco, de modo a formalizar seu pedido, quando a dúvida o acometeu – a partir de que horas pode um Ciclista entrar num tasco serrano e pedir uma Sagres média… Sem parecer um alcoólatra?

Mesmo não sendo o Velopata um moçe que se preocupe muito com o que outros podem pensar dele, dez horas da manhã talvez ainda não fossem horas propícias à apreciação de cevada fermentada, tendo assim optado pela degustação da clássica Torta de Alfarroba acompanhada do maior balde de café que A Tia Bia conseguiu encontrar.

Estômago reconfortado, pulmões carregados com a nicotina que só o seu companheiro Iqos consegue proporcionar, assim evitando conspurcar a Estrela Vermelha com aquele cheiro a tabacum e o Velopata lançou-se na descida para continuar a sua empenante estupi… Parvoí… Aventura.

Subida 5

Não só o vendaval não deu tréguas como pareceu aumentar de intensidade.

Justamente quando o Velopata se preparava para bradar apupos e impropérios em alta voz e de punho cerrado (isto em antes de lançar um incisivo manguito), em direção aos céus azuis num claro gesto provocatório dirigido a essa rameira do São Pedro, na sua roda soaram duas másculas vozes em uníssono;

– Bonz diaz!

Dois cámones seguiam na mesma direção do Velopata, não só facilmente identificáveis por aquele sotaque de estrangeiro lá de fora como também por aquela coloração de pele que lembra um crustáceo sofrendo uma terrível insolação.

Apesar de aparentarem ser detentores de bem mais voltas ao Sol que este vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo que é a vida do pedal, os moçes seguiam a ritmos mais próximos do ressabio e a converseta não fluíu, o Velopata não conseguiu aproveitar rodas ou qualquer tipo de auxílio e ficou novamente sozinho, no entanto, como já muitas vezes ele escreveu, ninguém está efectivamente sozinho quando tem uma Estrela Vermelha como nobre montada.

E assim se completou mais uma atroz subida.

Mas não sem que um Velopata tivesse mais uma razão para não esquecer este seu primeiro contacto com as agruras de um Everesting – um dos bifes munia-se de uma Lapierre e verdade seja escrita – pela primeira vez nas suas quarenta voltas em redor do Sol, o Velopata ouvistou uma Lapierre que até nem era feinha.

Subida 6

– Epá… Ai, ai… Se calhar isto não é tão fácil como ele pensava.

Subida 7

– Em que subida é que ele vai? Será a nona ou décima? E será que isso interessa quando nas pernas parece é que ele já completou aí umas vinte subidas?!?!… Mas quem é que o manda meter-se nestas parvoíces?… Ah, esperai! Os fones! É isso, uma músiquinha vai ajudar a distraír mente e pernas!

(Nota velopática: o Velopata recorre apenas a um fone, colocado na orelha direita, podendo assim manter-se atento às habituais vicissitudes da convivência com enlatados.)

Subida 8

O Velopata já muitas vezes escreveu que as evidências parecem apontar para o facto de sempre que ele se lança à aventura, todos os astros se alinham e congeminam para lhe provocar um tremendo fiasco – que outra explicação pode existir para, por entre a infindável lista de bandas e músicas que abundam pelo seu leitor de émepêtrês e que o mui querido leitor deve notar, se encontra sempre em modo aleatório, as únicas faixas ouvistas pelo Velopata durante esta oitava sessão de suplício ascendente fossem todas provenientes da banda bife The Horrors (Os Horrores, em português)?

Por sorte, ou talvez porque o calor começava a fazer sentir seus nefastos efeitos, a preciosa água de seu bidon terminou e o Velopata foi forçado a nova paragem na base operacional, A Tia Bia, tendo aproveitado para forçar o émepêtrês a mudar para bandas cujos nomes pudessem auxiliar a desviar a mente da provação em curso.

(Nota velopatóide: o émepêtrês foi um fofinho e tratou de alterar sua cacofonia para uma faixa dos Alice Acorrentada (Alice In Chains, em cámone), de seu título Nós Morremos Jovens (We Dye Young, em cámone). E o Velopata não pode deixar de se questionar – isto é ou não prova cabal que há aqui uma espécie de complô divino?)

E claro, já que se aproveitava para carregar nos líquidos, o Velopata não encontrou nenhuma justificação plausível para não experienciar toda a frescura de uma bela dose de cevada fermentada.

Acompanhada do cigarrito de tabaco aquecido, pois claro.

Subida 9 

No decurso de sua vida velocipédica, o Velopata reconhece já ter sofrido razias e outras tantas diferentes tentativas de atentados à sua integridade física por parte de toda a espécie de execráveis enlatados, exceptuando-se apenas, pelo menos até à hora desta publicação, a razia por parte de latas militares como por exemplo, um Chaimite (mais por uma questão de oportunidade pois é certo que os Chaimites habitualmente não circulam nas estradas deste canto à beira mar mal plantado com eucaliptos em monte, pois quando esse dia chegar e circularem, o Velopata tem a certeza que esta estatística ficará finalmente completa e ele poderá escrever que já levou razias de todo o tipo de enlatados).

Mas há algo de especial e um je ne sais quois em levar uma razia por parte de uma lata de duas rodas a uma velocidade pouco saudável, particularmente quando se atenta ao facto que ocorreu durante uma parte da subida que consiste numa longa recta onde o que não falta é visibilidade, o Velopata seguia junto à berma, o traço é descontínuo e não seguia vivalma em sentido contrário.

O que o Velopata hoje sabe é que se naquele espaço de infinitesimais segundos, ele tivesse optado por mover seu braço esquerdo uns centímetros para a esquerda (por exemplo, para lançar um manguito à concubina do São Pedro),… Muito provavelmente esta publicação seria escrita a partir da cama de uma qualquer unidade de cuidados de saúde, restando-lhe como último conforto saber que aquela abécula motard estaria bem pior que ele.

Que pérfidos motivos se podem esconder por trás de uma imbecil atitude daquelas?

E não venham com a cantilena de que tal asinina manobra não foi propositada…

Apesar de nada adepto de violência (exceptuando aquela que suas pernas sofrem), o Velopata ainda pensou em verificar se a aventesma motard não estaria usufruindo da esplanada dA Tia Bia, confrontando-o com válidos argumentos em relação à estupidez anteriormente cometida quiçá até perdendo o amor nutrido pelo seu Kask Mojito e desfazendo o mesmo na face do referido crápula, mas não.

Lembrando-se da dura tarefa em mãos (seria melhor escrever “pernas” mas lido soava esquisito), o Velopata optou por pedir a Suas Altas Eminências Velocipédicas que futuramente ensinem lições de educação, boas maneiras e civismo à abécula motard sem que o Velopata tenha de gastar seus duramente auferidos eirios na aquisição de um novo capacete.

E lá terminou mais uma excruciante subida.

Subida 10

– Ai.

– Ui.

Subida 11

Tendo em conta que o Velopata optou pelo uso de um bidon para transporte das ferramentas necessárias à mudança de uma câmbra de ar (na habitual sacola traseira, as ferramentas foram substituídas por outras importantes peças como; um agasalhinho para a pedalada nocturna, colete reflector, óculos de visão nocturna e o sempre indispensável creme para besuntamento das partes viris), nunca esquecendo que já muitas vezes ele frisou que o seu domínio da nobre arte mecânica velocipédica é inferior à de um símio, o Velopata deu por si acometido do que ele acarditou ser uma crise de sais e vitaminas e minerais e restantes substâncias isotonofílicas por estar apenas consumindo água durante toda a provação já sofrida até então.

Não tendo transportado consigo nenhum bidon com essas bebidas de côres que alembram líquido anti-congelante para motores de enlatados, o Velopata decidiu recorrer a um truque lido no mundo ultraciclista internético – o consumo de um pacote de batatas fritas para reposição de sais.

O problema?

A Tia Bia não vende daqueles pacotes, pacotinhos ou pacotões de ar que trazem algumas batatas fritas no interior.

E só por isso, é hoje firme convicção velopática que, pelo menos, uma das várias estrelas Michelin que A Tia Bia detém devia ser retirada.

Qué pá aprenderem.

Nestes termos, o Velopata viu-se na obrigação de repôr algum sal com o auxílio de mais uma Sagres média e nutrindo-se de uma das muitas barrinhas energéticas que transportava consigo, lançou-se novamente ao alcatrão com a confiança de faltarem apenas mais duas subidas até atingir a metade do Everesting.

Subida 12

A confiança esfumou-se em mais rápido que uma ganza durante um comício (ou será fumício?), do Bloco de Esquerda.

Por breves instantes, o Velopata desviou seus bonitos olhos castanho-esverdeados para os indicadores digitais do Garmin que registam a Velocidade Instantânea e interiorizou aquilo que há muito desconfiava – o que ele fazia já não era bem pedalar subida acima… Era mais um arrastar lento, a Estrela Vermelha engatada num carreto que o Velopata sabia nunca antes ter recorrido para ultrapassar este segmento strávico.

As forças faltavam.

Todo o corpo doía.

– Só mais uma e ele vai chegar a meio.

Subida 13

O desnível positivo acumulado no indicador digital do Garmin indicava que o suplício everéstico chegava a meio termo, mas longe de um Velopata conseguir festejar essa pequena vitória.

Com os raios de Sol a desaparecerem no horizonte, alevantou-se um fresquinho que levou um Velopata a pequenos tremelicares corporais – o agasalhinho que ele havia escolhido para protecção nocturna certamente revelar-se-ia insuficiente para as temperaturas que se fariam sentir.

Enquanto pensava sobre o que ainda tinha pela frente, novamente recuperando forças na esplanada dA Tia Bia e apreciando uma bela Sagres média que lhe sabia a Seitan com Natas e Cogumelos, o Velopata cometeu um crasso erro.

Telefonou à Srª Velopata.

– Onde é que estás? – o tom de voz da Srª Velopata lembrava a Inquisição Espanhola.

– Ele está a descansar um pouco nA Tia Bia. E vocês?

– O que é que tu achas?!?! O teu filho está impossível e não se cala que quer o pai.

– Pai! Pai! Pai! – berrou o Velopatazinho do outro lado da linha.

– Pois, ele chegou agora a meio do everesting e a julgar pela velocidade à qual ele está agora a fazer as subidas… Isto vai demorar.

– Define demorar.

– Talvez… Ora, se três vezes seis é dezoito… Ele deve demorar aí mais umas doze a treze horas até terminar.

Silêncio do outro lado da linha.

– ´Tou? ´Tá? ´Tás a ouvi-lo? – o Velopata certificava-se que a chamada não tinha caído.

– ´Tou a ouvir sim. O que é que foi?

– Nada, ele só achou estranho o silêncio.

– Sabes quem é que hoje não teve um minuto de silêncio que fosse?

Foi a vez do Velopata recorrer ao silêncio.

– Eu! Eu não tive um minuto de silêncio ou descanso que o teu filho não deu uma mísera abébia porque o pai não está em casa e anda a pedalar sabe-se lá onde e a completar parvoíces que sabe-se lá para que servem! – atacou a Srª Velopata.

– É o pai! É o pai! Paaaaaaiiiiii! – berrou o Velopatazinho.

– Ele é um Velopata e enquanto influencer da dura vida do pedal….

– Paaaaaaiiiiii! Bebé queie mótus! – o Velopatazinho interrompia a explicação velopática.

E aquilo arrumou com um Velopata.

Na véspera, a família velopática havia adquirido aquele que o Velopata reconhece como a iguaria e marisco preferido do Velopatazinho – tremoços.

Ou nas suas fofinhas palavras, “mótus”.

E sabendo ainda que no frigorífico velopático se encontravam umas médias bem fresquinhas, o mui querido leitor está a ver o dilema que acometeu o Velopata…

Continuar a sofrer um empenão gelado que levaria várias semanas a recuperar ou seguir para o conforto do lar onde poderia descansar com a companhia de uma média bem fresquinha e apreciar uns mótus com o seu mais-que-tudo rebento? Nunca esquecendo que este desafio everéstico deixaria mazelas que levariam várias semanas a recuperar e…

Bem, o Velopata vai só escrever que já se encontra em contagem decrescente para a primeira grande aventura do ano, há muito calendarizada para os dias vinte e nove e trinta de Junho deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove.

Mas sim, este Everesting tem tanto de parvo que o Velopata não vê a hora de o repetir.

Na totalidade.

Todos os OITO MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E OITO metros.

 

Abraços velocipédicos,

Velopata

Um comentário sobre “Meio Evereste

  1. Pingback: Divisão Velopata – Maio que não der carochada, não dá coisa empenada – Blog do Velopata

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