Se os líderes da Religião Velominati não se encontrassem tão empenados e menos preocupados com a distribuição de carochas por esses granfondues da vida e pedaladas domingueiras, este Terceiro Calhau a contar do Sol seria certamente um habitat deveras diferente.
Talvez o Natal fosse corretamente celebrado a sete de Abril, dia em que chegou a este mundo a última encarnação terrena de Nosso Senhor Joaquim Agostinho, sendo certo que a Páscoa se celebraria a dez de Maio, essa malogrado dia em que a Velocipedia ficou mais pobre.
A seguirem os mesmos princípios de outras religiões da paz e amor, impingidas e forçadas à aceitação da bicharada humana com base em Cruzadas, Inquisições e Massacres de Povos Indígenas, o Velopata tem a certeza que se a religião amplamente disseminada pelo globo fosse a única e verdadeira, a Velominati, a cultura da rocha flutuante que habitamos seria muito diferente, começando, por exemplo, nos filmes que nos chegam de Madeira Sagrada (Hollywood, em cámone).
Eis uma lista de filmões que um Velopata adoraria ver.
O Encarochador Implacável
Arnold Schwarzenegger interpreta o papel de um Ciborgue; metade homem, metade robô, metade ebikecoisa; uma espécie de Centauro só que a parte inferior do corpo é uma ebikecoisa, enviado de um desaustinado futuro – um terrível cenário apocalíptico onde as ebikecoisas encarocham tudo e todos a partir do seu computador principal – a Biclanet.
O objectivo da Biclanet? Trazer o Ciborgue ao passado para estabelecer o seu domínio nas edições do Giro, Tour e Vuelta, encarochando os Ciclistas contemporâneos e enganando a humanidade com a maquiavélica pretensão de ver todas as Bicicletas a sério substituídas por ebikecoisas.
Nos entretantos, alguns membros da futura Resitência humana à Biclanet também enviam o seu grande paladino, um campeão que ainda recorre unicamente à força das pernas, para tentar vencer Giro, Tour e Vuelta em antes do marafado Ciborgue.
Pelo meio há uma confusão de linhas narrativas em que o Ciclista enviado para encarochar o Ciborgue se enrola com uma massagista ucraniana (Linda Hamilton), que posteriormente dará à luz o futuro líder da Resistência à Biclanet. Muitas carochas depois, munido de uma Bicicleta de alumínio ideal para o fabrico de portas (nem sequer era alumínio daquele da Cannondale), o moçe da Resistência (interpretado por Michael Bhien), consegue encarochar o Ciborgue, evitando assim que este vença Giro, Tour e Vuelta.
– Ó Velopata, isso não faz sentido nenhum. Então mas as pessoas não notavam que o Ciborgue não podia competir nas Grandes Voltas porque era assim a modos que… Meio máquina? – referirá o mui assertivo leitor.
O problema é que o mui desmemoriado leitor se esquece que em Madeira Sagrada (Hollywood, em cámone), Clark Kent mete uns óculos e ninguém topa que ele é o Super-Homem, certo?
Carocha Fatal
Michael Douglas interpreta um Ciclista com obscuros segredos do seu passado vivido entre o pelotão World Tour – usou cuecas por baixo dos bib shorts para além de ter um estranho fétiche sexual com cremes anti-fricção.
Caído em desgraça, já nem para aguadeiro serve enquanto todos os que o rodeiam simplesmente aguardam o término de contrato, mas tudo muda quando uma nova massagista aparece na equipa.
Sharon Stone.
Aquele momento imortalizado em película, no qual assistimos aos pernões de Sharon Stone passarem sobre um quadro de uma Bicicleta de Estrada em carbono de alto módulo jamais será esquecido por todos os cinéfilofílicos, marcando todas as vindouras gerações de contadores de telhas com a sugestão da imagem mental que Sharon Stone fez aquele gesto técnico-táctico-badalhoco sem usar bib shorts.
Durante tanta pedalada e sessão de massagem que culminam em actos sexuais quase explícitos, apoteando com outro momento histórico, aquele em que o cinefilíaco começa a desconfiar que Sharon Stone é afinal a serial-killer do desviador frontal (substitui o Picador de Gelo), descobrimos um outro aterrador segredo sobre Sharon Stone.
Também ela parece ter um fétiche por cremes anti-fricção.
Agora imaginem o filmão que não seria com dois tarados sexuais narcisistas, zonas erógenofílicas besuntadas em cremes anti-fricção e muita pedalada.
O Fiel Carocheiro
A giraça da Rachel Weisz interpreta uma daquelas moças do Bloco de Esquerda mas que até não são muito dadas à fissureirice; o problema desta é que pouco se lava porque quer ajudar a salvar os golfinhos, anda descalça por todo o lado deixando aqueles chispes a carregar sabe Nosso Senhor Joaquim Agostinho que germes e passar uma gillette pelo sovacame é coisa que não lhe assiste.
A trama desta aclamada película gira em torno da giraça perder contacto com seu respectivo bloquista, misteriosamente desaparecido enquanto percorria o Continente Africano em busca de novos talentos para equipas satélite das maiores potências do pelotão World Tour.
Decidida a descobrir o paradeiro de seu respectivo, Rachel Weisz enceta uma destemida busca por África, auxiliada únicamente pela persona non grata da UCI, Ralph Fiennes, cuja reputação enquanto Ciclista e Prospector de futuros talentos se encontra pelas ruas da amargura, desde que revelou em entrevista à Ellen Degeneres que nos seus tempos de pró também se dopou com sabe Santo Anquetil o quê, para além de ter servido de delator a investigações anti-doping (portantos, é bufo e ninguém o grama).
Enquanto procuram pelo respectivo da giraça, há uma confusão e escandaleira com Farmacêuticas a testar novas substâncias dopantes a imberbes Ciclistas africanos e claro, quando finalmente o respectivo da giraça é encontrado, está bem pior que empenado, abandonado numa valeta.
O Estranho Caso de El Bala
Uma espécie de biopic não oficial e censurado em terras de nuestros hermanos, sob pena de que o Cinema a exibi-lo terá sua Direcção punida com o fuzilamento.
Inspirado na vida de Alejandro El Bala Valverde, O Estranho Caso de El Bala conta a história de um moçe (Brad Pitt), que nasce já velho em monte mas que encarocha tudo e todos desde o momento em que evoluiu da cadeira de rodas para o andarilho – naturalmente, quando atingiu a bonita idade de sessenta anos, a vontade de encarochar montado numa gloriosa Bicicleta surgiu e assim se sucedem as várias encarochantes vitórias nas Grandes Voltas seguintes.
Até que aparece a Cate Blantchett que tem aquele poder de Lady Galadriel.
Depois de muitos anos a encarochar a concorrência como quem encarocha mesmo, o moçe atinge a bonita idade da adolescência e quer lá saber de Bicicletas quando tem a seu lado uma moça que dir-se-ia de Ermesinde, Cate Blantchett. Eternamente jovem porque tem aquele poder de Lady Galadriel.
Já com pausas nas etapas de montanha para que Lady Galadriel lhe troque as fraldas, o Brad Pitt com dois anos de idade ainda vençe etapas nas Grandes Voltas até que a lenta senescência (só que ao contrário), acaba por vencer.
O Senhor das Seringas
Três Seringas para os Reis Elfos no topo dos montes,
Que constroem nossos componentes.
Sete Seringas para os Anões nas suas estradas de pavê,
Que constroem nossos quadros.
Nove Seringas para os Homens, condenados a enxaropar,
Que pedalam nossas Bicicletas.
Uma Seringa para Aquele-Cujo-Nome-Não-Se-Diz,
No profundo dos empenos, onde abundam as Carochas.
Uma Seringa para todas as veias encontrar,
Uma Seringa para todas as transfusões auxiliar,
Uma Seringa para todos suplementar,
E todos dopar.
No profundo dos empenos, onde abundam as Carochas.
O epígrafe de J. R. R. Tolkien para O Senhor das Seringas.
O intemporal conto clássico de como vários moçes munidos de BMX fizeram frente aos poderes do xarope, seringa e medo da sanção disciplinar, transportando numa longa viagem de Bikepacking a Seringa Um até ao único sítio onde não poderia ser destruída e usada como prova – as longínquas terras de Cyclingleaks.
Imperdíveis três capítulos da brilhante saga;
A Irmandade da Seringa.
As Duas Seringas.
O Regresso do Dopado.
Aconteceu na Etapa
A história de um estranho e misterioso Ciclista, versado nas musicais artes da gaita de bei… Harmónica, que faz dupla com um famoso veterano dopado das elites regionais, nos entretantos caído em desgraça, para juntos tentarem vencer a Vuelta, salvaguardando assim a idoneidade do evento das garras de um tenebroso vilão que opera nas sombras com maquiavélicas e velhacas pretensões de a transformar numa prova para ebikecoisas.
Uma clássica e obrigatória película na categoria das cóbóiadas do esparguete.
Quilométrix
Num futuro distópico, a espécie dos bichos humanos encontra-se encarcerada a cumprir rolos de treino para a eternidade, assim gerando energia essencial à sobrevivência das ebikecoisas do futuro – as iebikecoisas.
Psíquicamente presos a uma espécie de versão horrenda de Zwift – conhecida pelos sobreviventes como Quilométrix; eis que por entre o avatares digitais da bicharada humana à beira da extinção, um moçe nasce sobre quem recai o futuro da espécie – um tal de Neo.
Entre muita corrida e ressabio velocipédicos carregados de efeitos especiais, Neo tem de provar que é possível fazer subidas sem ebikecoisas, que nem sempre o Di2 é a melhor opção de grupo ou mesmo que a bicharada humana não necessita de Bicicletas com uáifái, dente azul e sensores para tudo e mais alguma coisa, como as iebikecoisas os querem fazer acarditar.
Neo (interpretado por Keanu Reeves), tem ainda de provar que fora dos rolos de treino, à mercê dos elementos da Mãe Natureza, é que se vêem as verdadeiras médias e se separam os meninos dos homens, numa ressabiada contenda velocipédica com seu arqui-inimigo o Ciclista Smith (brilhantemente interpretado por Hugo Weaving).
E nas grandes corridas que se seguem na luta pela salvação da bicharada humana, descobrimos que também a Inteligência Artificial das iebikecoisas já padece dessa maleita intelectual que é a Politiquice.
Existem máquinas de direita cujo objectivo é simplesmente subjugar e escravizar mais e mais bichos humanos ao Quilométrix versus seus antípodas digitais, os bloquistas, que só querem é consumir dopantes drogas em bolinhos confeccionados por estranhas Anciãs em caves de prédios ainda em mais estranhas.
Um portentoso espectáculo de filosofia velocipédica e efeitos especiais que marcou um momento cineficofílico para as gerações vindouras.
Peloton – As Carochas do Pelotão
Um jovem Ciclista, mancebo cheio de ideais e vontade de querer é confrontado com uma crise moral e existencial perante os horrores da sua primeira participação numa prova de três semanas.
Charlie Sheen, actor que na vida real é já bastante versado nas dopadas artes, tem uma brilhante interpretação na película que rapidamente se tornou icónica na cultura popular, particularmente por uma fotografia, brilhantemente captada por Oliver Stone, do aguadeiro Elias (Willem Dafoe), a falecer devido a arritmia cardíaca de tanto EPO, transfusões, epinefrina e muitas outras inas tomadas, com a linha de meta a escassos centímetros de sua roda dianteira, justamente quando parecia conseguir tudo ter para vencer a etapa de consagração no Alpe D´Huez.
Nove Carochas e meia
Naquele que é considerado um dos grandes clássicos do cinema porcalhão de sua geração, Mickey Rourke interpreta o papel de um Pêtê (Personal Trainer, em cámone), que decide orientar uma jovem e inocente moça oriunda de Ermesinde, Kim Basinger, prometendo-lhe muitas vitórias em corridas do pelotão feminino.
Dado o elevado cheiro a súor e muita feromoina na atmosfera, a relação de ambos os dois começa a descambar como quem descamba mesmo e transforma-se numa escaldante sucessão de explícitas cenas de amor bom e depravado, com o casal praticando o coito em cima das mais variadas Bicicletas (Estrada, Downhill, Pasteleiras e até Dobráveis), para além dos lugares sui generis onde a “acção” decorre – veredas, estradões e moitas.
Full Carbon Carocha – Nascido Para Encarochar
A brilhante visão de um dos realizadores preferidos do Velopata, Stanley Kubrick, sobre as agruras e horrores de uma prova de três semanas.
Esta brilhante ode visual acompanha a história de uma equipa de Ciclismo, composta única e exclusivamente por amadores, que dá por si convidada a participar nas três Grandes Voltas.
Destaque para a interpretação de Ronald Lee Ermey, no papel de um Director Desportivo que trata seus atletas de filhos de concubina para baixo.
Carochas no Coração
Uma Freira, farta de uma vida de seclusão e grandes carências de amor bom que lhe dão uns calores que nenhum Sapador conseguiria apagar, opta por mudar a sua vida trezentos e sessenta graus ao aceitar ser Directora Desportiva de uma equipa feminina de Ciclismo durante a ocupação nazi austríaca.
O problema é que já se sabe como é quando a coisa envolve um grupo de fêmeas.
Piora ainda quando saem as notícias do Correio da Manhã, baseadas nas investigações da TVI24, apoiadas nas reportagens do Sexta às 9 austríacos – parece que toda a equipa feminina de Ciclismo é composta por filhas, primas, primas em segundo grau, primas em terceiro grau e restantes graus socialistas, de um tal de Capitão Von Trapp.
Que até é o Ministro do Desporto austríaco.
Com tanta confusão criada por fêmeas e ainda por cima socialistas, Julie Andrews, que interpreta a destemida Freira, começa a equacionar se talvez os campos de concentração nazi não sejam uma benção.
Até que o inesperado acontece.
Julie Andrews e Christopher Plummer, que interpreta o tal Ministro do Desporto, enamoram-se.
E a Freira perde o controlo.
Aquilo é pedalada atrás de pedalada pelos montes, sua alma há muito clamava por essa liberdade, e… Cantar; cantam muito enquanto pedalam subidas de quatorze e quinze por centro de inclinação sempre de rasgados e sentidos sorrisos nos lábios.
Ah, e também há muita prática do amor bom.
A Maria e o Von Trapp fazem muito amor cantado pelos vales e montes austríacos, suas ânsias de amor bom nem tão pouco sentindo-se diminuídas pelas duras rampas de quatorze e quinze por cento de inclinação que têm de pedalar para encontrar uma sossegada moita, livre de olhares mirónes, onde Maria pode extravasar anos de contenção onde o único contacto que tinha era com o frio espigão de selim.
Mas Von Trapp sabe que a ameaça paira na atmosfera austríaca, como qualquer pessoa com dois palmos de testa e bom senso, pois a marafada águia do exército nazi está às portas.
E fogem.
Uma monumental cena cinéficofíliaca que toca as almas de todos os que a vêm; Von Trapp e as filhas, primas, primas em segundo grau, primas em terceiro grau e restantes graus socialistas, mais a Maria, tentam escapar à perseguição nazi.
Tudo montado em pasteleiras, cantando sonoras odes nas subidas de quatorze e quinze por cento de inclinação dos belos montes austríacos.
Remake realizado por Michael Bay.
Até explosões de Bicicletas Pasteleiras há.
Clube de Encarochar
Edward Norton narra a própria história de como sempre foi um Ciclista certinho; Bicicleta Specialicoiso renovada anualmente para o modelo com mais carbono e mais aero, jerseys e bib-shorts só Rapha para cima, não pedalava sem seu fiel companheiro Garmin topo-de-gama e Aifone com o qual não faltavam selfies por todas as redes sociais universalmente conhecidas. Plano de treino seguido à risca, calorias contadas às refeições, com direito a Pêtê e tudo.
Até ao dia que conhece Tyler Durden.
Orquestralmente interpretado por Brad Pitt, Tyler Durden representa o lado negro do Ciclismo e o antípoda de Edward Norton; Tyler Durden é daqueles Ciclistas que nem a depilação fazem, não usam licras e saem para longas voltas sem GPS ou telefone esperto ou seja, zero registo social.
Unidas ambas as duas almas perdidas, formam uma equipa de Ciclismo com outros de mentalidade semelhante.
E depressa se apercebem que o controlo está perdido, o seu Clube de Encarochar não mais está nas suas mãos e ambos os dois já não são a Medulla oblongata do Jack.
As Brumas da Carocha
A intemporal história do Rei Artur, único homem que conseguiu arrancar o Real Quadro do Pavê onde se encontrava preso há milénios, lá para os lados do estrangeiro dos bifes, numa tal de Cornualha. Já as rodas que compunham o resto de sua Bicicleta, foram fornecidas por uma tal de Senhora do Lago (muito provavelmente uma qualquer rameira que “atacava” nas margens de um qualquer lago).
Perante uma invasão de sprinters alemães e italianos a terras de Sua Majestade, o Rei Artur toma como sua demanda privada tentar inverter essa alarmante tendência vitoriosa estrangeira, almejando a classificação geral do Tour of Yorkshire, Tour of Britain e uma nova prova, o Tour of Brexit.
Artur vence e os estrangeiros de fora da ilha regressam de mãos vazias, nem uma única vitória de consolação conseguem.
Até que uma notícia do Correio da Manhã, baseada na investigação da TVI24, apoiada na reportagem do Sexta às 9 britânicos revelam o inacreditável – Rei Artur munia-se de xarope e não é que tosse fosse uma das suas maleitas (apesar de ser asmático).
Nos anais da história velocipédica, fica registado que Merlin, amigo, veterinário mas principalmente dealer de xarope, é o principal responsável pelo dopanço de Artur.
Despojado de seus títulos, Artur é forçado a provar seu valor novamente, embarcando em nova demanda, só que desta vez tentando vencer no estrangeiro fora da ilha mas… É encarochado até mais não.
Uma espécie de castigo divino pelo Brexit.
A Força do Empenar
Magistral interpretação de Sean Penn na pele de um deficiente sem a perna direita, braço esquerdo amputado, maneta no hemisfério direito, apenas com dez por cento da visão no único olho que ainda vê e só quinze por cento de audição no único ouvido que ainda ouve.
Mas que tudo e todos encarocha no granfondue local permitindo-lhe provar que mesmo os deficientes têm seu valor enquanto Ciclistas (uma cinéfilifílica lição de moral para todos os adeptos de ebikecoisas), assim vencendo a custódia de sua filha após uma longa batalha judicial.
Há muitos trocadilhos porque a filha se chama Custódia, a personagem de Sean Penn clama pela custódia da Custódia, e o imortal e mui adorado conto da pessoa com necessidades especiais de mobilidade que consegue vencer perante as adversidades da vida é celebrado.
Mesmo quando se descobre que Sean Penn é consumidor regular da compota de pérolas de Eddie Vedder, substância dopante mas felizmente ainda não sancionada pela UCI.
American Carocha X – Carocha Proibida
Edward Norton é sinónimo de terror no seio do pelotão profissional World Tour.
Conhecido por seu temperamento de crápula para com qualquer outro Ciclista que não dotado de um metro e noventa de altura, composição espadaúda, olhos azuis e cabelo louro, é apelidado de Heil Bina ou Heinz Bicla pelos seus próprios colegas de equipa.
Portantos, Edward Norton é um nazi.
Até poderia ser considerado filme a incluír na categoria do anterior “A Força da Carocha” por ambos os dois retrararem histórias de deficientes mentais.
Um dia, durante uma casual etapa de um granfondue local, fruto de uma discussão provocada pelo facto de suas pernas não responderem e levar várias grandes, gordas e suculentas carochas por dois Ciclistas somalis (não que fossem magros pois todos o são, estes eram Ciclistas efectivamente nativos da Somália), que assim lhe roubam a etapa, Edward Norton perde a cabeça e assassina ambos os dois com o recurso a uma arma de pérfida proximidade – um afiado desviador frontal. Posteriores fotografias obtidas pelo Correio da Manhã, baseadas nas investigações da TVI24, apoiadas nas reportagens do Sexta às 9 amaricanos, mostram que Edward Norton até engravou cruzes suásticas nos mutilados cadáveres dos Ciclistas africanos.
Encarcerado, o cinéfilofilíco é inundado com imagens de sabonetes caídos nos lavabos de prisões e jovens africanos de corpos esculpidos em carbono de alto módulo com alcunhas como “Tripé” ou “Pé de mesa”, oriundos dos mais problemáticos bairros sociais lá do refugo amaricano.
E assim o atraso mental de Edward Norton é curado.
Resta ainda um último teste ao héroi da aclamada película, após cumprir sua pena e saír em liberdade.
Contratado novamente por sua antiga equipa Edward Norton tem ainda um último desafio, pois encontra-se escalonado para o retorno à competição na… Volta ao Ruanda.
Finding Carocha – À procura da Carocha
O sempre importante filme de animação que auxilia a transmissão de valores essenciais às fundações de petizes.
Um mundo do faz-de-conta onde acompanhamos a vida das Carochas e sua árdua labuta a espalhar empenos pelos muitos Ciclistas que se lançam no alcatrão e trilhos.
“À procura da Carocha” conta-nos a história de uma Carocha-pai que é obrigado a regressar da calma reforma para encetar uma demanda por sua Carocha-filho, perdido algures a distribuir empenos por granfondues em longínquas estradas.
O seu único auxílio é providenciado por uma outra Carocha, só que esta é fêmea, portantos, completamente extravasada.
Frankenbina
Há muito o Doutor Frankenbina sonha com construir uma Bicicleta com partes provenientes das mais variadas origens.
Ela era top tube de carbono de alto módulo, down tube em aço, seat tube em carbono, escoras em cromoly, rodas com aros em titânio e raios em alumínio, desviadores Sram com manetes Shimano, cassete Campagnolo… Só de olhar para Frankenbina, dir-se-ia uma Bicicleta produzida nos confins das profundezas do Inferno.
Muitas tentativas abortadas depois e Frankenbina lá consegue produzir uma Bicicleta que até dá para pedalar, o problema é que Frankenbina era tão feinha que ninguém queria a pedalar ou mesmo levar à vitória nas provas de três semanas.
E a Frankenbina fica triste.
E o Frankenbina também.
Num tumultuoso gesto de fúria e raios e coriscos, Frankenbina abandona Frankenbina.
Mas Frankenbina sabe que a vingança se serve fria e um a um, os membros da família Frankenbina começam a aparecer suicidados em estranhas quedas de Bicicleta.
Um clássico do horror-gótico velocipédico.
A Saga Harry Potter
Oito aclamadas películas contam a história de Harry Potter, o famoso petiz de cicatriz na testa provocada por um travão de disco, na sua ascenção desde as primeiras pedaladas de BMX com os putos do bairro até á glória World Tour, onde terá de enfrentar o maior desafio que lhe pode chegar a custar a própria vida – enfrentar Aquele-Cujo-Nome-Não-Se-Diz e o seu exército de Comedores de Carochas.
Oito grandes películas contam toda esta história;
Harry Potter e a Carocha Filosofal.
Harry Potter e o Empeno Secreto.
Harry Potter e o Dopado de Azkaban.
Harry Potter e a Carocha de Fogo.
Harry Potter e a Ordem da Carocha.
Harry Potter e o Enigma do Empenado.
Harry Potter e as Relíquias da Carocha, partes I e II.
Recentemente, o universo que mistura corridas de Bicicletas com magia farmacêutica conta com mais dois filmes que funcionam como crossovercoisos e sidekicks ou espinofres ou lá o que é à história de Harry Potter. A ver;
Carochas Fantásticas e Onde Encarocham.
Carochas Fantásticas: Os Crimes do Dopado.
Carochan – O Bárbaro
Na antiga Suméria, nos esquecidos tempos em que as rodas das Bicicletas ainda eram quadradas, Carochan (interpretado por Arnold Schwarzenegger), era um petiz que vivia em relativa paz e harmonia com sua família, fazendo belos e divertidos passeios de Bicicleta.
Um dia, um ressabiado e fascizóide Ciclista de seu nome Thulsa Doom (interpretado por James Earl Jones), chega à aldeia com toda sua elite enlicrada de ressabiados e após assassinar a família de Carochan, leva-o captivo para servir como escravo, aguadeiro e soigneur.
Muita porrada e mau viver depois, Carochan consegue fugir e jura perante os Deuses da Velocipedia utilizar todos os conhecimentos velocipédicos adquiridos nos muitos anos de escravidão que nem a Recibos Verdes era, para ingressar na Grande Volta local e encarochar à grande e à avec a horda de enlicrados ressabiados de Thulsa Doom.
Carocha Runner – Empeno Iminente
Harrison Ford é um Ciclista discreto entre o pelotão profissional que se vê a pedaladas com uma secreta missão – descobrir o paradeiro de quatro ebikecoisas dissimuladas como Bicicletas a sério por entre os competidores do Tour.
Destaque para a brilhante interpretação de Rutger Hauer como uma das ebikecoisas, sendo o seu discurso no final da película, quando catado por Harrison Ford no exacto momento em que se preparava para passar a linha de meta da etapa de consagração, um inesquecível momento de cinéfilofiliquice.
PS velopático: notem que um Velopata deixou de parte muitas das películas que contam o intemporal clássico da luta das Bicicletas contra o tirânico jugo opressor do enlatado. Sintam-se à vontade para propôr mais títulos e histórias nas caixas de comentários. Isto de ser só um Velopata a escrever como quem escreve mesmo e não ter qualquer tipo de interação com seus milhares de milhões de seguidores cansa muito. Quase tanto como subir o Alto do Malhão na talega.
Abraços velocipédicos,
Velopata
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