No decorrer das últimas publicações subordinadas ao mais grande clube strávico que há registo, a Divisão Velopata, ele (o Velopata), optou por privilegiar a publicidade ao evento que ficará na sua memória (não pela deplorável adesão mas sim devido aos companheiros, palhaços e amigos que marcaram presença, a boa disposição partilhada e a quantidade de mins Stout ingeridas), assim descurando aquela sua habitual dissertação sobre os eventos da actualidade velocipédica e outras coisas parvas que ele se vai alembrando.
Como tal, se palavra há que descreve a publicação de hoje, esta será “recuperar”.
Não que o Velopata vá dissertar sobre métodos de recuperação pós-pedalada, até porque todos sabem qual a sua metodologia de eleição, baseada em técnicas ancestralmente comprovadas desde os tempos em que as rodas ainda eram quadradas;
1- procurar o tasco mais próximo;
2- requisitar uma média;
3- refastelar-se na esplanada enquanto mais ou menos que acende um daqueles modernos cigarros de tabaco aquecido.
Seguindo os pressupostos técnico-tácticos acima descritos, não existe vivalma que não se sinta preparada e capaz de enfrentar as mais duras adversidades velocipédicas que o dia seguinte pode trazer.
Ou suportar a ira da respectiva fêmea, quando tem lugar o regresso ao lar.
Talvez a melhor maneira de se iniciarem as hostilidades nesta publicação seja com um Velopata esmiuçando aquele que foi um marco histórico na sua vida, ocorrido durante este mês de Março do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove – o momento em que, pela primeira vez, ele concordou com as revindicações de um grupo de amantes de enlatados, nomeadamente latas de duas rodas, que se deslocaram numa enorme e maciça e dantesca e poluente horda até às ruas da capital do nosso recanto à beira-mar mal plantado com eucaliptos em monte, para reclamar e protestar dos valores que pagam de impostos e seguros e portagens e coiso.
O Velopata foi forçado a dar a manete à palmatória, é impossível não concordar com a malta das latas de duas rodas – é injusto que paguem o mesmo tipo de impostos e seguros e portagens e coiso que as famigeradas latas de quatro rodas.
Se o Velopata fosse Ministro da coisa, assistindo enquanto os protestos decorriam diante da Assembleia da República, ele teria saído para enfrentar a protestante horda de motards, assegurando-lhes que ao concordar com suas revindicações, tomaria as devidas providências de modo a assegurar que os impostos e seguros e portagens e coiso pagas por latas de duas rodas fossem diferentes das que são pagas pelos enlatados de quatro rodas.
Mais caros.
É que afinal de contas, aquilo é um meio de transporte que polui tanto ou mais que um enlatado de quatro rodas enquanto transporta apenas um ou dois bichos humanos, portantos, para além de egoísta é muito pouco eficiente.
Seria certamente uma imagem digna de figurar nos anais da história portuguesa; o Ministro da coisa sair e informar as hostes motards que o bom senso imperaria e que um meio de transporte tão básico e primitivo, que ainda para mais tenta imitar uma nobre Bicicleta ao munir-se de apenas duas rodas, mas operado por bichos humanos tão fracos que necessitam de um execrável motor de combustão para sua propulsão, pagaria mais impostos e seguros e portagens e coiso que um vulgar enlatado e a consequente saraivada de porrada com que o Ministro da coisa seria premiado.
E se esse Ministro da coisa fosse um tal de Velopata, só uma questão se coloca – seriam os serviços hospitalares capazes de providenciar palhinhas vermelhas que permitissem a sua alimentação?
Aproveitando que um Velopata escreve sobre químicos e poluentes libertados para a atmosfera, o que dizer sobre uma das grandes manchetes velocipédicas de Março?
A armada de asmáticos britânicos, já a partir de Maio, não mais será apelidada de Team Sky Pro Cycling, passando a denominar-se Team Ineos.
E com isto, um Velopata nem sequer tem de forçar o cérebro a labutar numa elaborada piada pois esta tal de Ineos é uma das maiores empresas mundiais, talvez até da Europa e quem sabe se não da Inglaterra (seguindo aquela lógica do comentador do desporto menor da bola, o falecido Jorge Perestrelo), na produção de petroquímicos e plásticos, assim mostrando o quanto os responsáveis velocipédicos da outrora Team Sky se preocupavam com esses mesmos plásticos e químicos que poluiam nossos oceanos quando inventaram aquela campanha do échetégue Save Our Oceans (Salvai Nossos Oceanos, em português). Mas verdade seja escrita, depois de tudo o que andamos vendo por terras cámones em relação ao Brexit, esta aparente falta coerência bife ainda espanta alguém?
Por outro lado, a armada britânica consegue assim mais uma possível justificação para as maleitas de seus atletas e duvidosas análises ao sangue – é impossível não visitar uma fábrica destas, puramente para efeitos de marketing e publicidade e coiso, e não regressar de lá com o sangue a acusar qualquer coisa.
Já que um Velopata escreve sobre maleitas (isto é que vai para aqui um encadeamento lógico…), ficou ainda por partilhar os cêntimos de opinião velopática sobre o tema que mais tem marcado a actualidade portuguesa, a par das nomeações de familiares para cargos políticos por parte dos dirigentes do Partido Socialista (até parece que isto é alguma novidade e se fossem apenas os socialistas a fazê-lo, estaríamos nós muito bem), que são as citações bíblicas do Juíz Neto de Moura em acordãos relaccionados com mais que comprovados casos de violência doméstica, no entanto, uma vez que o Velopata foi bem educado por seus progenitores, ele sabe que não se deve gozar com os deficientes e como tal, abster-se-á de comentar.
Continuando no tema das disenterias cerebrais, o que pode um Velopata escrever sobre mais uma daquelas borregadas (des)governativas que assolou o reino internético – a notícia que o nosso (des)governo vai subsidiar a aquisição de ebikecoisas.
MAS ANDA TUDO A GOZAR COM UM VELOPATA OU QUÊ?
Portantos, só a ver se o Velopata entendeu corretamente; se ele tencionar adquirir uma belíssima Cannondale Synapse que nem necessita ser toda montada em Dura-Ace (basta um Ultegrazito que ele não é esquisito), de preferência com pratos 52-36 e uma cassete 11-32, acompanhada de umas rodas também elas Ultegra (aguentam tudo), apenas para poder praticar aqueles seus commutes de fim de semana de trezentos e quatrocentos quilómetros… Ele tem de labutar como quem labuta mesmo, poupando todos os trocos possíveis e imaginários, roçando mesmo o passar fome, traduzindo-se tal numa clara afronta à longevidade do casal velopático, podendo mesmo escrever-se que um Velopata arriscaria o divórcio apenas para poder adquirir uma simples Bicicleta daquelas movidas a pedal.
Mas se um Velopata quiser adquirir uma qualquer blasfema ebikecoisa, com uma ignóbil bateria em mais poluente que qualquer uma das suas bonitas, musculadas e depiladas pernas… O Estado ajuda?
Mas que raios de pérfida lógica se esconde aqui?
Quereis ver que afinal não é apenas nos mais altos cargos (des)governativos que se esconde a promiscuidade familiar e vai na volta, os donos das maiores empresas importadoras destas execráveis latas eléctricas com pedais são primos dos sobrinhos dos enteados dos cunhados de alguém lá no poleiro?
Afirmar que subsidiar a aquisição de ebikecoisas promove a sustentabilidade da mobilidade urbana é, mal comparado, o mesmo que dizer que se é meio vegetariano porque parte do que enche o prato a acompanhar uma cabidela são legumes.
Novamente mal comparado, isto é como dizer que precisamos de mais Netos de Moura para erradicar esse falgelo social que é a violência doméstica (se com ele a julgar casos e emitindo sentenças com base em livros de ficção científica, nenhum Homo neanderthalensis é efectivamente condenado, tal é estatísticamente traduzido em como o portuga não pratica a violência doméstica, certo?).
– Ah, isso é fácil para ti que treinas todos os dias! Então e nas subidas? – exclamaram alguns colegas de métier velopático quando se apressaram a notificá-lo das intenções (des)governativas à medida que a notícia alastrava pelas redes sociais.
– Quais subidas? – retorquiu o Velopata.
– As subidas que apanharmos nas idas para o trabalho. Queres que a malta chegue toda suada? – insistiram.
– Estais esquecendo que o Velopata só reconhece a existência de quatro subidas em Portugal. Malhão, Fóia, Senhora da Graça e Serra da Estrela. Tudo o resto são rampas, umas mais longas, outras menos, mas não deixam de ser… Rampas.
E contra factos velopatóides, não há argumentos; os colegas de métier colocaram as violas no saco e seguiram com suas teorias e subsídios e ebikecoisas mastigadas e cuspidas por um Velopata.
Afirmar que o subsídio à aquisição de ebikecoisas por parte de gentinha fraca e sem um pingo de vergonha na face promove a mobilidade urbana é, mal comparado, o mesmo que afirmar que usar vários preservativos, uns por cima dos outros, promove a saúde da genitália e do utente.
É desprovido de todo e qualquer sentido.
Talvez algum dos primos, sobrinhos, enteados ou cunhados lá no poleiro se tenha enxergado tardiamente, pois escassos dias decorridos, surgia uma nova notícia que prometia incendiar umas já em polvorosa caixas de comentários internéticas.
Os petizes vão ter aulas de Bicicleta nas Escolas.
MAS ANDA TUDO A GOZAR COM UM VELOPATA OU QUÊ?
– Epá, ó Velopata, julgava que irieís aplaudir semelhante medida… – comentarão os mui perplexos leitores.
Se por um lado o Velopata aplaude esta medida governativa com uma ovação de pé, lembrando que foi justamente assim que a revolução velocipédica teve a sua génese em países como Holanda e Dinamarca, por outro lado isto parece-lhe nada mais, nada menos, que pura e simples demagogia e propaganda e campanha e aldrabice política, sendo várias as razões que o levam a pensar tal;
- a maioria das Escolas nem dinheiro tem para giz ou marcadores e apagadores ou seja lá o que for que usam agora nas salas de aula… Mas terá dinheiro para adquirir Bicicletas para os petizes…
- foi sugerido que as Bicicletas seriam trazidas pelos próprios petizes e o Velopata tem a certeza que a malta do Bloco de Esquerda vai espumar da boca, assim molhando e estragando o charro, quando perceber que há petizes munidos de Bicicletas daquelas em carbono, totalmente em carbono, 100% carbono, full aero carbono e outros munidos de ferros com rodas porque seus progenitores não têm ou não querem gastar mais na aquisição destas. E com isto alguém ficará ofendido, afirmando que é discriminante e discriminatório e coiso pois os petizes vão acabar por fazer corridas (se mete Bicicletas, a actividade ressabiante é simplesmente natural), e os que andarem para lá a pedalar em andaimes chineses com rodas vão ficar sempre em último. Depois, queixar-se-ão aos progenitores que por sua vez vão para as Escolas mandar vir com os Professores pois sabem muito bem que os seus filhos são o próximo CR7 da Velocipedia e isto não pode ser assim, seus filhos sempre terminando em último. E há ainda o Bullying. Se entre machos adultos o que mais se ouve é “a minha Bicicleta é mais cara que a tua”, imagine-se entre petizes ainda desprovidos de qualquer espécie de filtro moral e educacional…
- toda esta história da proveniência das Bicicletas alevanta ainda uma outra questão – as Bicicletas Magalhães. A ver vamos se ainda não aparece um primo de um cunhado de um enteado de um sogro que tem uma fábrica de Bicicletas para petizes que celebrará um daqueles espectaculares contratos com o (des)governo para que tudo isto termina da mesma forma – o contribuinte lixado com um F bem maiúsculo, à semelhança de um vulgar Mytilus edulis.
- o Velopata nem precisa puxar muito pela memória para lembrar como foi a sua aprendizagem velocipédica, basta um simples olhar pelos joelhos e cotovelos para que as recordações dos muitos esbardalhanços se destaquem. Tendo em conta que a maioria dos progenitores actuais são uns coninhas e basta que os petizes apanhem uma corrente de ar para que sejam entupidos em Antigripines e coiso, algum destes progenitores vai deixar seus petizes regressar a uma aula de Bicicleta depois deste aparecer no lar com um joelho ligeiramente esfoladito? Pois… Ou então ainda vão equipar os petizes como se fossem jogar futebol amaricano…
- outra memória velopática é a de que nos seus idos tempos de aulas de Educação Física, qualquer desporto que o Professor tentasse impingir à malta que não envolvesse uma bola era imediatamente descartado. Actualmente, parece ao Velopata que qualquer desporto que não envolva um telefone esperto ou um tábléte será desprezado pelos infantes. E depois os putos lá fazem suas birras, o Professor tenta metê-los nos eixos e já todos sabemos como esta história vai acabar – um vídeo tornar-se-á viral onde podemos ver um Professor a ser agredido por uma horda de petizes em fúria mimada, atrás de um qualquer Pavilhão da C mais S.
- tendo em conta que a vasta maioria dos colegas de métier velopático, bem como a maioria dos adultos conhecidos por um Velopata nem pedalar sabem, fica então a grande questão – saberão os actuais Professores de Educação Física “andar de Bicicleta”?
E é por estas e outras que o Velopata vai esperar para ver no que é que esta ideia, reiterando que é uma excelente ideia e algo que o Velopata há muito defende; se queremos efectivamente uma revolução no modo como nos deslocamos nas nossas cidades, livrando-nos do terrível jugo opressor tirânico do enlatado, a coisa tem de começar pelos nossos petizes, dará.
Nunca esquecendo e sempre alembrando duas importantes pérolas da sabedoria dos antigos.
De boas intenções, o Inferno está cheio.
O que eles querem é poleiro.
Que muitos Professores não saibam “andar de Bicicleta” é algo que não surpreende um Velopata, agora dúvidas não existem que quem sabe pedalar são os já cerca de cento e noventa e sete membros da Divisão Velopata, como os resultados obtidos neste mês de Março do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove bem o comprovam.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 3032,1 Km
2º Frinxas él Térribelé ®️ – 2884,3 Km
3º Giuseppe Anconelli – 2265,9 Km
Se isto fosse um filme, o título seria algo como “Professor Carochas – The Revenge of the Return of the Comeback” ou até mesmo “Sei que Encarochaste no Mês Passado” quiçá mesmo a sequela “Ainda Sei que Encarochaste no Mês passado”.
A luta pela supremacia velopática está bem acesa e renhida, destacando-se Professor Carochas e Frinxas él Térribelé, marca registada e tudo, da restante concorrência, sendo que neste mês de Março, assistimos à chegada de um novo competidor que o Velopata ainda não compreendeu totalmente se o deve expulsar de nosso mui prestigiado clube ou continuar registando suas pedaladas – Giuseppe Anconelli.
Ao que as coscuvilhices velopatóides conseguiram apurar (o tal trabalho que vós ingratos muito agradeceram ao aparecer na Grande Gala), este é um rijo moçe italiano que o Velopata ainda não percebeu se chama seu lar a Vila Real de Santo António ou algures no estrangeiro lá de fora, mais precisamente na Itália.
Futuras diligências velopáticas mostrarão se esta é apenas mais uma intrusão de estrangeiros lá de fora (já tivemos moçes chineses, alguns vietnamitas, um ou outro bife, brazucas ou brasucas e até uma daquelas badalhocas que mais se parecia com uma Bicicleta do que própriamente uma Ciclista, todos prontamente eliminados do grandioso clube pela mão de ferro velopatóide), forçando um Velopata a tomar drásticas medidas de expulsão, mesmo receando a eclosão de um grave acidente internacional, qual Assange da Velocipedia. Os sacrifícios que ele faz e os riscos que ele não corre para vosso gáudio…
Jersey Carapau de Corrida
1º Fernando Coelho – 34,5 Km/h
2º Paulo Rodrigues – 34 Km/h
3º Pro Ressabiado – 32,5 Km/h
Precisamente há um ano atrás, Fernando Coelho picava o ponto na mais ressabiada classificação strávica, tendo depois desaparecido sem qualquer explicação para o término de tão poderoso frenesim ressabiado. Veremos como corre o restante ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, particularmente quando se atenta ao facto de que este rijo moçe são bartolomense de messinense destronou duas ressabiadas personalidades do pódio, Paulo Rodrigues e o nosso mui querido Pro Ressabiado, cujos fulgurantes e acelerados contrataques certamente não tardarão.
Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 44474 m
2º Frinxas él Térribelé ®️ – 30670 m
3º Placas – 24683 m
Um pódio habitual com mais do mesmo e o Velopata nada tem a apontar.
E se muitos dos mui queridos leitores chegados a estas linhas estranham a ausência de fotos dos acima referidos Ciclistas, lembrem-se do que o Velopata escreveu na passada publicação (que podem lembrar aqui).
Vaiam ao Totta que ele (o Velopata), tem bem mais que fazer.
Ingratos.
Jersey Alucinado Diário
1º Frinxas él Térribelé ®️ – 62 voltas
2º O Velopata – 59 voltas
3º Paulo Almeida – 57 voltas
O principal destaque na categoria dos que recorrem à Bicicleta fazendo jus ao real motivo pelo qual a bicharada humana a inventou, o melhor e mais eficiente meio de transporte, é a ausência de David Matos e o regresso de Paulo Almeida.
Veremos se a marca registada de aberturas estreitas mantém o seu encarochante ritmo nesta contenda pelo mais grande commuter e alguém lhe conseguirá fazer frente.
Jersey Melhor Batráquio
1º O Senhor Triatlo – 1603,5 Km
2º Michael Monnier – 1320,4 Km
3º O Holandês Voador da Quarteira – 1272 Km
Um pódio semelhante a muitos outros que temos ouvisto ao longo dos meses transactos, sendo apenas de destacar a primeira medalha referente ao ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito, entregue já depois da Grande Gala;

Jersey Lanterna Vermelha
Neste mês de Março de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, história foi feita na mui querida classificação respeitante ao Lanterne rouge do nosso mui acarinhado clube.
É que este mês não temos apenas um moçe ou moça nesta marafada classificação.
E observando como quem observa mesmo a fotografia abaixo, é fácil perceber a quem o Velopata se refere – todos os que não apareceram na Pequena Grande Gala de Mui Importantes Personas Velopáticas conseguiram esta honrosa distinção.

Jersey Crazy Ride
1º Lord Barbudo Refilão – Alte fica para lá (300 Km)
2º Agente da Autoridade Anónimo – Aquela parvoíce do maluco de Faro (200 km)
3º A Senhora das Águas – A Mítica Estrada Nacional 2
A classificação respeitante à Crazy Ride deste mês de Março do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, revelou-se tarefa hercúlea para um Velopata, forçado a escolher entre três aventureiros, sendo importante destacar que acabou por vencer aquele que mais quilometragem embutiu.

Chega o momento em que um Velopata tem de abrir um parêntesis e publicar um enorme e grande e sincero e coiso pedido de desculpas ante o seu mais grande comparsa de pedalada, o Agente da Autoridade Anónimo (AAA).
No momento em que os olhos deste viram aquele evento facebookiano da Grande Gala, imediatamente AAA confirmou sua presença, lançando-se numa longa pedalada nocturna de duzentos quilómetros de modo a picar o ponto em Alte pelas dez horas da manhã do bonito dia de trinta e um de Março deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezanove, tendo o Velopata cometido o flagrante lapso de não o ter referido na última publicação.
Tudo isto tem ainda em mais valor se atentarmos que tudo foi pedalado sob desaprovadores comentários da Srª AAA, referindo que lá ia seu respectivo arriscar novamente o divórcio apenas para se meter em “mais uma parvoíce com aquele maluco de Faro”.
E quanto a isto, o Velopata tem apenas uma coisa a dizer.
Se é de Faro, é farense.

Também de parabéns está A Senhora das Águas pela sua participação com as restantes membras da elite feminina Fuga Rosa na aventura celebratória do Dia Internacional dos Direitos das Fêmeas que consistiu em calcorrear os setecentos e trinta e oito vírgula cinco quilómetros da Mítica Estrada Nacional 2 de uma só pedalada, só que em modo estafeta.
– Ó Velopata, se foram mais moças que fizeram essa aventura, porque razão apenas A Senhora das Águas merece tamanha e honrosa menção neste espectacular espaço de inspiração velocipédica? – questionará o mui sagaz leitor.
A resposta é bastante simples.
As restantes fêmeas Fuga Rosa, não pertencem à elite strávica que é a Divisão Velopata.

Como nota final respeitante à Crazy Ride, dois Zés das Bikes, a destemida e poderosa e simpática e divertida tripla Neves & Pinto & os Espargos, também protagonizou uma daquelas épicas pedaladas ao calcorrear a distância entre Madrid na Espanha e Lisboa.
Infelizmente as idiossincracias dos pódios só permitem a ocupação por três indivíduos, no entanto, e uma vez que a Divisão Velopata não é nenhuma comuna anarco-sindicalista e sim uma espécie de totalitarismo velopatóide, fica a promessa que chegando os complicados cálculos físico-químico-matemático-quânticos de final de ano, esta soberba pedalada será tida em conta.
Porque um Velopata adora espargos.
De preferência numa omelete, nunca esquecendo que os ovos devem ser provenientes de galináceos criados ao ar livre.
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º Professor Carochas
2º Frinxas él Térribelé ®️
3º Lord Barbudo Refilão
Como sempre, já sabem que reclamações e dúvidas e teorias da conspiração e coiso em relação à tão cobiçada jersey mensal de Melhor Macho Ressabiado, não devem consumir vosso tempo a matutar como quem matuta mesmo – devem sim, resolver isso no alcatrão e trilhos.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª Mad Fontinhas
2ª Ally Martins
3ª Aprendiz de Ressabiada
Mad Fontinhas e Ally Martins continuam aquela sua obrigatória picagem de ponto na classificação feminina do nosso mui prestigiado clube enquanto Aprendiz de Ressabiada regressa ao pódio, findo um mês de interregno.
Veremos como evoluirá o ressabio feminino, agora que os principais granfondues estão aí mesmo ao virar da curva para fazer as delícias ressabiadas de Aprendiz de Ressabiada, as Rotas do Raid da Maratona continuam a ser um must para Ally Martins e as provas anfíbias também parecem crescer que nem cogumelos por qualquer sítio onde exista um curso de água.
E prontos.
Março foi isto e por sorte não se conta entre os membros do mais grandioso clube strávico, um mafarrico pertencente à elite World Tour da Deceuninck-Quick Step, caso contrário, este era moçe para levar todos os canecos e jerseys e coiso para a Bélgica, como ouvistámos nestas primeiras clássicas do ano.
E agora, com licença que o Velopata vai ali atestar sua caixa de mixórdia de frutos secos e adquirir umas belas cervejolas que a mais idiota prova do calendário World Tour está quase a começar, nunca esquecendo que esta é uma importante lição teórica para o Velopatazinho – por amor de Nosso Senhor Joaquim Agostinho, mantém-te longe do pavê senão ainda matas um Velopata do coração!
Se o mui inculto leitor desconhece sobre que duríssima prova um Velopata escreve – é aquela parvoíce de meter Bicicletas de Estrada a ressabiar por caminhos que nem para cabras servem.
O lendário Paris-Roubaix.
Não é à toa que aqueles cerca de duzentos mafarricos enlicrados apelidam-no de Inferno do Norte.
Como sempre, sugestões e reclamações podem ser enviadas para;
hágajosquenemandarnarodasabem@piadaprivada.mail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata