O ocaso velocipédico.
Se o mês de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de Setembro algo significa para um Velopata, mais não é que o início do ocaso velocipédico.
Os dias começam a encurtar, o calor bom esfuma-se (lembrem-se que moçes de compleição física a roçar o etíope bulímico-anoréctico, como é o caso deste vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo da vida do pedal que é o Velopata, rapam frio em monte), e as Grandes Voltas sucumbem com a última, disputada por terras de nuestros hermanos, La Vuelta.
E tudo isto ocorre… Mesmo sem marafadas mudanças de hora.
Que pareceu ao Velopata mais uma forma das elites nos lembrarem como nos devemos aborrecer com o que nos distingue, mais do que focarmo-nos, enquanto espécie, no que nos une, um tal de bem comum e coiso.
Esta era uma Vuelta que o Velopata aguardava com muita expectativa de refastelar-se no seu preferido equipamento de recuperação (conhecido pelo comum civil como sofá), para assistir a degustação carocheira ao mais alto nível World Tour; com a brigada dos bifes asmáticos a levar uma equipa que se dizia de segunda linha (mas que poderia muito bem ser a primeira linha de qualquer outra equipa menos abonada em eirios), a promessa carocheira de uma Movistar a ressabiar do flop que foi o Tour, aliada à presença de Nibalis, Pinots e Crucheviques com carta branca, esta última prova de três semanas para homens de perna rija e depilada prometia muito.
Que fiasco…
E uma só questão ocupa a mente velopática durante a noite, privando-o do soninho recuperador bom… Alguém consegue explicar ao Velopata, onde foram os bifes buscar tamanha capacidade carocheira?
Um país que nem montanhas dignas desse nome tem, cuja tradição velocipédica se resume à de um hamster às voltas na sua rodita (parece que os bifes sempre foram grandes máquinas em ciclismo de pista), como raios conseguem estes moçes arrebatar as três Grandes Voltas neste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito?
Froomster no Giro.
O cara-de-hamster G. no Tour.
Olhando agora para trás como quem olha mesmo para trás, há um je ne sais quois marafado na vitória deste bife de metro e meio de altura que responde pelo nome de Simon Yates.
Ao escrutinante olhar velopático, isto parece um caso de doping fraternal.
Ó Velopata, já se ouviu falar de doping químico e mecânico mas… Que raios é isso agora do doping fraternal? – questionará e muito bem, o mui assertivo leitor.
Doping fraternal consiste em ter um irmão gémeo que, finda uma etapa em que um moçe (o Simon), sai de lá com o caneco mas completa e totalmente empenado, no dia seguinte pode evitar o suplício de defender a sua jersey vermelha, resguardando-se no seio do pelotão enquanto o seu gémeo (o Adam), se lança de peito ao vento, defendendo a sua liderança da classificação geral individual – como é que os Comissários não viram isto?
Se tal não é já escandaleira suficiente per se, o que atentar ao facto de as autoridades competentes ainda não terem realizado experiências (não daquelas da internet, daquelas a sério), onde se averiguem os efeitos desta juventude cámone ter crescido em terras brexitianas onde ocorria o poluente fenómeno citadino do smog.
Quem cresce em terras onde pululam os poluentes químicos na atmosfera tem de ser controlado. Certamente aquilo acusará qualquer coisa no sangue dos moçes que deviam competir em categorias diferentes – como é que ainda ninguém pensou nisto e criou estritas regras?

Para ajudar à festa, o que o Velopata mais aprecia nestas Grandes Voltas, parece também ter atingido o seu ocaso, com os organizadores da Vuelta a mostrarem-se coniventes com as fissureiras de sovacos por depilar do Bloco de Esquerda castelhano.

Mas por amor de Santo Coppi, onde estavam as moças do pódio?
Onde andavam as boas, daquelas boas mesmo boas, a distribuir beijinhos e glamour por entre o ressabio carbonatado de alto módulo?
Ainda bem que acabaram com isso. Já chega de continuarem a objectificar as mulheres dessa maneira grotesca. – comentou a Srª Velopata.
Uai, mas quem é que está a ser obstipar quem? – retorquiu o Velopata.
Não sejas estúpido. – a Srª Velopata sabe sempre como colocar um ponto final nas mais acesas discussões do casal velopático.
Curiosamente, o ocaso velocipédico de Setembro serve de mote para o arranque de outra temporada velopática pois se no Universo Conhecido Velopático alguém houve que ficou radiante por ter ouvisto La Vuelta chegar ao fim, esse alguém foi a Srª Velopata – finalmente ela pode regressar ao conforto do lar, findo um dia de afincada labuta lá onde ela afincadamente labuta, e não gramar com os resumos da porcaria das corridas das bicicletas, nas suas próprias hereges palavras.
Mas se o mui querido leitor acredita que o mês de Setembro se resume ao ocaso velocipédico, não se deixe enganar – Setembro foi também o mês onde a vã esperança velopática nos bichos humanos atingiu os píncaros do seu já acentuado declínio.
Primeiros, foi a falta de comparência da elite ressabiada do mais grandioso clube strávico que é a Divisão Velopata, no Passeio do Dia Europeu Sem Carr… Ca… Enlatados (cuja dissertação velopática, para além dos nomes dos referidos crápulas, pode ser lida aqui).
Como se isso não bastasse para deixar um já almariado Velopata à beira de um colapso depressivo, chegavam ainda notícias da terra de outros comunemente reconhecidos como nossos irmãos, os brazucas (ou será brasucas?; dependendo da versão do Acordo Ortográfico sem glúten e livre de OGMs que estejam a usar), que levaram um Velopata a desejar ávidamente que os extraterrestres se despachem e um dia destes, aquando de uma serrana pedalada, apareçam nos seus OVNIs e levem um Velopata para bem longe deste terceiro calhau a contar do Sol, óbviamente passando por Faro para levar com ele a Cappuccino, a Brownie e caso ainda reste algum espaço, também a Srª Velopata e o Velopatazinho, pois se há algo que parece imperar por estas redondezas galácticas é a falta de bom senso e lógica.
Então não é que os brasileiros não querem lá os seus vizinhos venezuelanos, mesmo encontrando-se estes a sofrer uma crise humanitária, social e coiso sem precedentes e onde, segundo a comunicação social, o ordenado auferido pelos moçes no decurso de um mês de labuta, nem para comprar um saco de batatas chega?
E se um saco de batatas custa mais que o ordenado auferido pelos moçes e moças venezuelanos, o mui querido leitor consegue imaginar quanto custará uma Bicicleta daquelas em carbono, totalmente em carbono, 100% carbono, daquele que é mesmo só carbono, full aero carbono?
E quanto custará uma Bicicleta só em aero carbono?
E quanto custará uma Bicicleta mas daquelas de Super ou Hipermercado?
Tende piedade… Com preços nestas grandezas e certamente também o Velopata já teria dado de frosques de semelhante país.
É que um moçe ainda consegue viver num país sem acesso aos mais básicos requisitos essenciais à vida de bicho humano, agora cobrar alarves preços sobre Bicicletas é que um moçe não pode tolerar e deve procurar a felicidade velocipédica noutros países. Sem Bicicletas, o acesso mais fácil dos que fogem à miséria será certamente a penantes e o país vizinho servirá de refúgio – isto é simples e básica natureza de bicho humano.
Em certa medida, o Velopata até entende que se alguém há que é contra a imigração venezuelana, esse alguém até poderiam ser as fêmeas brasileiras. É que o Velopata bem se recorda de nos seus tempos de juventude, deliciar-se com algumas das actrizes das telenovelas venezuelanas e é mais que certo e sabido que ninguém aprecia tanto feroz concorrência como as fêmeas da espécie de bicho humano. Já um macho brasileiro ser contra a entrada de moças boas daquelas boas mesmo boas venezuelanas… Isto parece ao Velopata coisa de veado.
Ou viado.
Os brasileiros são contra a imigração.
(um minuto de silêncio para deixar esta ideia assentar bem no cérebro do mui querido leitor)
Portantos, a ver se o Velopata entendeu bem; aquela nação cuja FIFA equacionava já criar uma lei que limitasse o número de atletas provenientes desta a jogarem nas seleções nacionais de outros países nesse desporto menor da bola (o Velopata lembra que o Japão tem lá um defesa central com o nome de Vanderlei, a Islândia tem um Maricleidon, a Rússia tem um Janaílson e por aí fora)… Essa nação é contra a imigração.
Os brasileiros são contra a imigração.
Se isto não é já uma das grandes piadas do Século XXI, então o Velopata não sabe o que mais esta espécie de primata sem pêlo será capaz de fazer que o surpreenda.
Até que ele (o Velopata), descobriu a existência de um tal de Bolsonaro.
Um país que tem escritas na sua bandeira as palavras Ordem E Progresso, está sériamente a equacionar votar num moçe que tem ideias semelhantes às de Hitlers, Salazares e Mussolinis – é óbvio que só pode ser um país preocupado com ordem e progresso pois se há coisa que a história dos bichos humanos já mostrou é que com dirigentes deste asinino calibre, ordem e progresso são ambas as duas garantidas.
Mas este tal de Bolsonaro não é só ideias de jerico.
Uma das suas promessas eleitorais é a de elevar o Brasil a potência mundial, bastando para tal matar aí à volta de uns trinta mil zucas – ao Velopata isto até parece uma excelente ideia, contando que esses trinta mil zucas a falecer sejam exactamente aqueles que nele votaram.
Este moçe ainda afirma que entre as fêmeas da nossa espécie, algumas até são competentes… Mas não merecem o mesmo salário dos machos – certamente ele nunca partilhou uma pedalada com a One Crank Lady, a Boss Lady, a Big Boss Lady, A Aprendiz de Ressabiada… (a lista seria longa demais)… Mais as restantes fêmeas que o Velopata reconhece serem capazes de o encarochar e enxovalhar à grande, mesmo encontrando-se ele nos píncaros da sua melhor forma físico-velocipédica e elas completamente fora.
A piada está no seguinte facto – quem é que gosta assim tanto da supremacia dos machos?
Lá está… Isto parece ao Velopata coisa de veado, só que trancado no armário.
Ou viado.
Quiçá viadão.
As minorias têm de se vergar à vontade da maioria é outra das ideias chave da sua campanha – como isto não é uma afirmação claramente indicadora da sua ideologia pró-enlatado? Este moçe eleito e Ciclistas Zucas, preparem-se! Vai ser a mortandade impune em monte (só que em mais!).
Mas a esperança ainda subsiste; vem de lá um moçe proveniente das favelas, onde o que não faltam são oportunidades para um bicho humano deixar uma vida de miséria e pobreza para trás (Velopata, sempre muita forte em sarcasmo), e afimfa um balázio ou quiçá uma facada no Bolsonaro (mas desta vez daquelas a sério que abrem buracos no corpo e fazem sangue, não é como nesta última tentativa de circo mediático), e a coisa fica resolvida por ali, podendo o Brasil ir novamente a eleições e escolher alguém que, pelo menos, preencha o requisito mínimo de ter dois palminhos de testa.
O mui querido leitor sabe quem também não tem dois palminhos de testa?
O Velopata.
E ao que tudo parece apontar, também AAA.
O Agente da Autoridade Anónimo.
É que já este próximo sábado de vinte de Outubro do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito, ambos os dois planeiam arrancar de Chaves para percorrer a Mítica Estrada Nacional 2 de uma só assentada, apenas com paragens para bujecas, sandes de pedaços fumados de cadáver suíno, sandes de tofu, muitas selfies que poderão seguir no Instagram, e com a mais valia da presença de Professor Carochas e restante troupe biseuense que a ele se queiram juntar para assistir na primeira fila ao Ultra-Mega-Hiper-Giga Empenão que aguarda o dueto.
Óbviamente quem também aparenta não ter dois palminhos de testa são os restantes cento e setenta e nove membros da Divisão Velopata, cujas prestações neste mês de Setembro do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito, ilustraram bem o que é sofrer desta maleita velocipédica boa.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 3826,2 Km
2º Nuno Rosado – 2557,6 Km
3º Luís Abrantes – 2376,6 Km
Pela primeira vez desde o transacto ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezassete, o pódio dos que mais quilometragem embutem nas suas rijas pernas é dominado por atletas oriundos de Biseu.
Biseuenses, portantos.
Nuno Rosado, habitué deste pódio, pedalou menos mil duzentos e sessenta e oito vírgula seis quilómetros que Professor Carochas, o que mostra como o ímpeto carocheiro do anterior mês de Agosto de Professor Carochas também teve o seu ocaso, à medida que as melhoras da doença da montanha que acometeram o seu FTP Lactático Cerebral e coiso, se sentiram. O problema é que nos entretantos, através do Strava, o Velopata já viu que Professor Carochas não perdeu tempo e regressou à Torre…


O Velopata tem de abrir aqui os parêntesis para uma nota velopática de elevada importância.
Não será surpresa nenhuma para o mui assertivo leitor quando o Velopata escreve que estes três moçes passam muitas horas fora de casa, longe da família e principalmente, longe das respectivas – isto é uma das básicas Leis da Velocipedia.
E todos viram o que aconteceu para os lados de Benavente, em Avis, em Portugal (se não haveis ouvisto é porque não andais lendo a pérola do rigor jornalístico que é o CM).
Epá, ó Velopata, mas o gajo, Nosso Senhor Joaquim Agostinho o tenha, não erá Batráquio, praticante do Triatlo e coiso? – questionarão muitos dos mui perspicazes leitores.
Sim, Luís Grilo era praticante de batraquismo, mas um Velopata sempre sente afinidade com quem recorre à Bicicleta, nem que seja para a herege prática da parte do ciclismo.
Na humilde opinião velopática, isto mais não foi que um notório sinal de alarme para todos os que à semelhança deste vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo que é a vida do pedal, não passam sem a sua dose de quilómetros mínimos semanais, seja no alcatrão ou trilhos.
Este é um cenário bem real e possível, infindáveis horas fora do regaço da respectiva fêmea e um Ciclista arrisca-se a que esta desenvolva afinidades e coiso por outros machos mais presentes, e no caso do Ciclista/Batráquio em questão ser portador de um chorudo seguro… Bem, não é só com os enlatados e os obstáculos dos trilhos que um adepto da Velocipedia actualmente tem de se preocupar.
O problema aqui é a labreguice.
É certo que no caso concreto de Luís Grilo, a fêmea podia mesmo era já estar farta do coaxar do moçe, mas nada justifica o facto de em concluio com seu amante, orquestarem desleixadamente o homicído do marido.
Recorrer a uma arma registada em nome do próprio jerico amante para este enfiar uma fugachada na cabeça de seu marido, transportando o cadáver durante muitos quilómetros para o abandonar perto dos lares de familiares, na esperança que a bicharada faminta fizesse desaparecer os restos mortais batráquios – isto parece ao Velopata um plano que apesar de maquiavélico, é efectivamente de uma labreguice tremenda.
Achavam mesmo que um moçe que já havia concluído uma prova do Homem de Ferro, podia servir de alimento à bicharada? É que o Velopata conhece muitos batráquios e sabe que, ao contrário dos Ciclistas, eles são essencialmente compostos por músculo e osso, não sofrendo daquela típica dismorfia velocipédica onde as pernas suplantam em muito a desenvoltura dos membros posteriores que são apenas osso. E o músculo é chato de comer porque não é nada tenrinho. Como tal, foi uma grande surpresa velopática saber que o PAN também não se aliou ao Ministério Público e apresentou queixa destes dois idiotas.
Atentanto a toda esta situação, o Velopata não pode deixar de ficar realmente preocupado; semos um povo tão bom e exemplar em tanta coisa – temos a maior área ardida da Europa, um dos maiores índices de violência doméstica, semos líderes em acidentes de viação, uma das mais elevadas taxas de abandono escolar (vão certamente existir aqueles que criticarão o facto de sermos bons nestas coisas, haters da cena nacional e coiso); e a questão fica a pairar na maionese cerebral velopática – como podemos, enquanto nação soberana, tolerar que os nossos homicidas nem mostrem jeito para assassinar?
Toda a gente sabe como é que se mata um moçe que anda de bicicleta, em linguagem civil.
É pegar no enlatado, procurar o Ciclista/Batráquio/Pessoa que pedala, enquanto ressabiam/praticam a parte do ciclismo ou só pedalam, e enfiar-lhe uma valente cacetada com o enlatado respondendo depois perante as autoridades que não o viram apesar de ser meio-dia de um solarengo dia de verão e ele até vestia colete fluorescente e trazia luges ligadas. A coisa vai para investigação, amolece como quem amolece mesmo, passa rápido demais no Tribunal da Comarca da Instância e coiso, e acaba tudo do mesmo modo como se iniciou com a diferença que quem amolece como quem amolece mesmo é o Ciclista/Batráquio.
Na cova.
Realizando um somatório da coisa, isto até pode ter um desfecho feliz, dependendo apenas do filho de doze anos que o ex-casal Grilo deixa para trás; o progenitor um rijo moço anfíbio capaz de sobreviver às tormentas de um Homem de Ferro e uma mãe labrega com um padrasto que nunca o foi, ambos os dois atrás das grades. Para tal, basta que o petiz aprenda as artes da prática do running (correr, em português), da parte do ciclismo e consiga sobreviver a um sarau de chapada e pontapé mergulhado com outros não-sei-quantos batráquios, todos tentando manter-se à tona o mais rápido possível.
Quiçá um dia este moçe desabrocha anfíbiamente e vence uma Prova do Homem de Ferro em Kona, homenageando seu falecido progenitor.
É um filme bonito.
Por mais que o Velopata tente, a simples menção a esta prova anfíbia em Kona, deixa-o de sorriso brejeiro nos bonitos lábios, não deixando de ser irónico que toda esta situação tenha origem e termine com a mesma palavra homónimófílica do Acordo Ortográfico, versão corrigida para diabéticos. Afinal, Luís Grilo partilha com muitos outros machos, o facto de poder dizer que efectivamente foi uma prova anfíbia disputada no Hávai que lhe lixou a vida com F maiúsculo.
Como tal é conselho velopático a toda esta irmandade strávica que se ponham a pau.
Ou ponham-se a aço, alumínio, carbono, carbono de alto módulo ou alumínio daquele da Cannondale.
Parece ao Velopata uma metáfora mais apropriada.
Jersey Carapau de Corrida
1º Mini Pro Ressabiado – 31,4 Km/h
2º Pro Ressabiado – 31,2 Km/h
3º O Tiko – 31 Km/h
Eis a primeira grande surpresa deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito e contra todas as premonições velopáticas, particularmente quando se atenta que no transacto mês, o Velopata havia apelidado Mini Pro Ressabiado como o eterno segundo e terceiro lugar da mais ressabiada contenda do nosso mui estimado clube.

O resultado de toda esta preparação para distribuição carocheira de Mini Pro Ressabiado no Granfondue de Silves, o Velopata não sabe – este é um dos muitos obstáculos que o Velopata encontra aquando da sua importante análise (e coscuvilhice), aos registos strávicos dos mui queridos membros desta elite que é o nosso clube, ficando aqui o apelo velopático que devem começar a ter alguma cautela quanto à nomenclatura a que recorrem para descrever vossas voltas/treinos/corridas/raids/xcos/xcms/granfondues e coiso.
A regra é simples; se participam numa prova, ao menos tenham a decência de escrever no título a vossa classificação (incluíndo as mais miseráveis que por experiência velopática serão a maioria).
Mas neste capítulo ainda mais tinta internética correrá neste texto, devendo o mui interessado leitor continuar sua leitura.
Quem dispensa apresentações é o nosso mui querido Pro Ressabiado, regressado do estaleiro com apetite por distribuição carocheira em monte, otendo um honroso e ressabiado segundo lugar.

Caíndo do mais alto lugar do ressabiante pódio, O Tiko mostra que a sua época de distribuição carocheira pelos trilhos continua forte, restando aos comuns mortais membros do nosso mui estimado clube, aguardar para ver como se aguenta no próximo mês de Outubro, agora que Pro Ressabiado & Companhia regressaram à carga carocheira.

Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 62094 m
2º Luís Abrantes – 27896 m
3º Nuno Rosado – 26774 m
Verifica-se a confirmação de uma regra velopática, rapidamente por ele instituída no transacto ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezassete – aquando da presença de elite biseuense no pódio da quilometragem embutída nas rijas pernas, o seu domínio reflectir-se-á sempre nos metros de subida digeridos.
Isto claro, para além de uma outra regra que Velopata e o Agente da Autoridade Anónimo poderão comprovar já no próximo fim de semana – qualquer moçe biseuense que pegue na sua pasteleira para ir até ao fundo da rua comprar pão, facilmente regista imediatamente uns mil quilómetros de acumulado.
É de louvar o facto de Nuno Rosado ter regressado a esta dura jersey velopática, principalmente quando se atenta ao facto do moçe ser proveniente de uma Península e ter de pedalar sempre às voltas, qual hamster do asfalto. Até porque o Velopata acredita que o alcatrão de acesso à referida península deve ser um mimo; fruto do elevado fluxo enlatado para além da primitiva e básica selvajaria habitual que proporcionam, logo, este é um pódio merecedor de uma ovação velopatóide.
Jersey Alucinado Diário
1º David Matos – 87 voltas
2º O Velopata – 67 voltas
3º Nuno Fernandes – 45 voltas
David Matos parece ter finalmente ultrapassado o seu dilema com ascensores e regressa para segurar cativamente o mais alto pódio da Divisão Velopata, composto apenas por membros desta gloriosa elite QUE FAZEM QUESTÃO DE APARECER QUANDO HÁ PASSEIOS DA MOBILIDADE E BICICLETAS E URBANISMO E COISO!
E QUE RECORREM AOS MAIS BELO TRANSPORTE INVENTADO PELOS BICHOS HUMANOS PARA AS SUAS DESLOCAÇÕES DIÁRIAS!
A BICICLETA NÃO É UM BRINQUEDO!
Quer-se dizer, até é mas… TAMBÉM PODE SER UMA PODEROSA FERRAMENTA!

Sempre brindando a crème de la crème deste mui glorioso recanto velopático com boas fotos e títulos para as suas voltas velocipédicas com nomes de cenas índias (daqueles das chamuças e do caril, não são os nativo-americanos), complicadas de ler, David Matos alevanta um importante ponto para todos os que recorrem à Bicicleta para seu usufruto diário.
Os moçes para os quais Dante jurou existir um nível próprio no Inferno.
Os Ladrões de Bicicletas.
O amontoado de cadeados, cadeadozinhos e cadeadozóides que David Matos coloca na sua Concorde podem deter o mais ludibriante e ardiloso Ladrão de Bicicletas, mas o Velopata prefere sempre optar pela sua dobrável Cappuccino (ou desdobrável?, como referem os incultos civis), caso contrário não os cadeados, cadeadozinhos e cadeadozóides que o Velopata lá colocasse o deixariam descansado para poder seguir sua vida.
O Velopata optaria sim, por mais alguns cadeados, cadeadozinhos e cadeadozóides, para além de estabelecer um perímetro mínimo de segurança em torno da pobre montada que se encontrasse agrilhoada na rua, preenchendo-o com minas anti-pessoal, granadas de fragmentação e o que mais houvesse nos paio… Paióles de Tancos.
A grande surpresa do mês chega pelas pernas de Nuno Fernandes, moçe que começa a mostrar a sua poligloticidade para jerseys do nosso mui amado clube, tendo já conquistado uma presença no pódio das Cabras da Montanha e aparecendo agora como forte candidato no âmbito do ressabio urbano.

(Nota velopatóide: se neste momento, o mui querido leitor se questiona sobre que raios de cor é essa do verde-broto, não se preocupe, pois esse desconhecimento é normal nos machos heterosexuais, de acordo com os estudos científicos promovidos pelos responsáveis da campanha eleitoral de Bolsonaro.)
Jersey Melhor Batráquio
1º O Senhor Triatlo – 1432,2 Km
2º João Pedro Oliveira – 1125,9 Km
3º Mad Fontinhas – 967,6 Km
Sem surpresas, com Comandante Batráquio ainda fora dos pantanosos meandros do charco, a classificação do anterior mês de Agosto deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de dois mil e dezoito repete-se.
No entanto, este foi um mês onde o Velopata pode aprender muito graças aos feitos de um notório batráquio germânico que nem pertence a esse nobre clube strávico que é a Divisão Velopata mas que merece aqui um importante destaque.

E depois ainda criticam essa pérola do jornalismo português que é Correio do Manhã…
Com uma extensa e brilhante reportagem, finalmente o Velopata entende porque razão os senhores do restaurante buffet vegetariano em Faro, daqueles onde se paga uma bagatela e se pode dar ao serrote à lagardère, olham sempre com nuvens, raios e coriscos na direção de um Velopata, quando ele entra por aquelas portas.
E tantas vezes já a Srª Velopata o avisou para o facto da sua alarvidade culinária um dia lhe poder trazer problemas.
Apesar do seu domínio do nenúfar, quem também aparenta problemas ao coscuvilheiro nível velopático, é O Senhor Triatlo.

O Senhor Triatlo lançou-se na demanda de um T1 ou T2 na zona de Loulé e arredores.
À hora desta publicação velopática, as suas coscuvilhices em nada retornaram, não conseguindo ele (o Velopata), apurar se tal se tratou de um despejo por parte do senhorio dO Senhor Triatlo, por motivos de não suportar mais o coaxar ou apenas porque deseja dedicar-se e ganhar eirios em monte com esta história dos érebeénebes e coiso dos turismos.
João Pedro Oliveira, moçe comedido no seu perfil facebookiano, parece padecer da mesma maleita de outros Ciclistas/Batráquios, um pouco à semelhança de Mini Pro Ressabiado já referido acima, que recorrem às mais excêntricas opções de nomenclatura para os seus registos strávicos.

Mas há mais e o Velopata até deixa aqui uns exemplos do que já encontrou por essa maravilhosa rede social;
6 x 6´ = 0
4,5 x FTP max / LoS Anf 4´
O que é isto?
Que linguagem desconhecida é esta?
Seis vezes seis é igual a zero… Em que Universo?
LoS de Anf do quê?
Por favor, o Velopata pede-vos que sejam originais e descritivos na nomenclatura de vossas voltas mas com o seu q.b..
Porque isto não pode ser só criticar, afinal de contas não estamos no Parlamento, o Velopata deixa para vosso usufruto, uma série de sugestões;
Enlatado X tentou matar-me
Sessão de tortura nos rolos
Enlatados X e Y tentaram matar-me
Hoje chorei
Até deslarguei umas pinguinhas de urina na subida X
Enlatados X, Y e Z tentaram matar-me
E por favor, não recorram ao Volta de Bicicleta Vespertina e semelhantes.
Isso é só desleixo para com a mais nobre das redes sociais e principalmente… Para quem vos coscuvilha.

É engraçado como entre a elite de Ciclistas do nosso mui estimado clube, muito poucos há que pertençam à nata da velocipedia do território nacional portuga, vencedores do XCM do XCO da Maratona do Raid do Granfondue do Petisco, mesmo tendo o Velopata feito o contacto e enviado o convite pelos canais apropriados. Mas tal como Mad Fontinhas, os batráquios surpreenderam o Velopata com a adesão de nomes incontornáveis, campeões e campeonas da modalidade escolhida por aqueles a quem não é suficiente ser mau em um só desporto.
E isso merece um enorme Kudos velopático!
Já quanto aos Ciclistas… Depois ainda há quem questione o Velopata sobre porque razão ele os apelida de Ressabiados…
Jersey Lanterna Vermelha
Barracosa O Maior

O Velopata nem sabe que palavras escolher para descrever o que ele reconhece como o que poderia muito bem ser o Momento Euronews do mês velocipédico do nosso mui aclamado clube.
No comments.
Além do facto de o moçe em questão ter contabilizado uma brutal quantia de zero quilómetros.
0 km.
Claramente a Ovelha Negra do nosso mui aclamado clube deve ter gripado o motor que voa nas subidas que são o terreno favorito.
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º Professor Carochas
2º Mini Pro Ressabiado
3º Nuno Fernandes
Tendo em conta o acima escrito, descrito e extensivamente coscuvilhado pelo Velopata, parece-lhe que o importante pódio mensal dos machos que mostraram excelência no decurso da sua actividade velocipédica fica deste modo bem atribuído.
Qualquer dúvida ou questão, o Velopata lembra que encoraja os mui ressabiados leitores a resolver essas importantes quezílias ao nível do asfalto e trilhos.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª Ally Martins
2ª Vanessa Sofia
3ª Verónica Fernandes
O primeiro grande destaque da jersey do nosso mui estimado clube que mais baba faz correr (para além da Cabra da Montanha, que também leva à produção de muita baba, só que por razões diferentes), é a ausência de dois nomes de peso – A Aprendiz de Ressabiada e Lioness of Porches.
Quanto a esta ausência, as coscuvilhices velopáticas em nada retornaram, aparentando apenas que a sua época velocipédica parece também ter atingido o seu ocaso, facto que o Velopata desconhece, uma vez que para ele, a época tem início a 1 de Janeiro e término a 31 de Dezembro.
Quem continua o seu ressabiado frenesim velocipédico é Ally Martins, marcando presença entre a feminina elite ávida de distribuição carocheira no Granfondue de Silves.

Como sempre, os membros do clube são de uma originalidade tremenda e eis que Ally Martins cognominou este registo strávico como;
1º Granfondo de Tunes-Silves
Adorei a experiência!
Uma certa nostalgia acometeu o Velopata aquando da leitura deste registo de Ally Martins; ele relembrou as agradáveis intermináveis horas enlatado com os seus párias de pedalada a caminho dos granfondues no estrangeiro lá do norte do país, as vespertinas nocturnas sessões de frenesim alimentar enfarta-brutos sempre regadas com copofonia em monte, as valentes ressacas da manhã seguinte, aquela tremenda azia pré-prova que nem um pequeno-almoço biológico, sem glúten e livre de OGMs conseguia acalmar, o refluxo gástrico… Para no dia seguinte se enfiar por entre um turbilhão de multicoloridas licras onde muitos nem a mínima noção de pedalar em pelotão tinham, para além dos sempre especialistas do Ressabiated Tour que para além de cortar trajectórias em descidas técnicas, ainda tinham a simpatia de não avisar das crateras e outros obstáculos no alcatrão porque afinal aquilo era um evento não competitivo onde o que interessava era chegar em 57º lugar do pódio, uma classificação muito melhor que, digamos, chegar em 56º.
Como não ter saudades destas agradáveis experiências?
Independentemente destes factos, o que o Velopata actualmente sabe é que o ressabio feminino se deve encontrar ao rubro pelo alcatrão e trilhos deste recanto à beira mar mal plantado, ainda para mais quando se atenta à estreia nos pódios velopáticos de uma nova face feminina – Vanessa Sofia.
Com um nome deste calibre, como ela abdicou de uma promissora carreira enquanto cantora pimba é algo que as bisbilhotices velopáticas ainda não conseguiram apurar, no entanto, o que o Velopata sabe é que esta é uma máquina de distribuição carocheira sem precedentes, na medida em que as quilometragens por si embutidas mensalmente são baixas mas, marcando presença numa qualquer prova, a probabilidade de termos Vanessa Sofia no pódio é alta. Demasiado alta.
Como é isto possível?
Será que temos aqui uma fêmea que ressabia ao nível de um Pro Ressabiado, escondendo os seus treinos do registo strávico?
Pior ainda; será que à semelhança de O Senhor das Águas, também Vanessa Sofia se esquece de descarregar o seu Garmin?
Estas e outras questões continuarão por responder mas certo é que Vanessa Sofia já ganhou um lugar de destaque entre a realeza da feminina elite carocheira do nosso mui estimado clube, particularmente atentando ao seu brilhante quarto lugar obtido no referido granfondue silvense e em antes de se lançar à degustação carocheira e conquista das ilhas onde os que nem com ordem do Padre Cura ensinam a sua arte.

Se para o Velopata, Setembro foi indicador do ocaso velocipédico, se alguém há que no Universo Conhecido Velopático sentiu poder finalmente regressar ao mundo dos vivos, esse alguém foi a máquina Verónica Fernandes, regressando como um Mantorras velocipédico, cheia de vontade de querer, e um novo pulso em carbono, totalmente em carbono, 100% carbono, e o Velopata só não tem a certeza que já os fabriquem em full aero carbono.

Este é um regresso que deixa um Velopata expectante, na medida em que o número de fêmeas a ressabiar parece encontrar-se a aumentar por entre as fileiras do nosso mui adorado clube, só ficando mesmo a faltar uma piscina, biquinis e lama. Muita lama. No entanto, uma vez que a época das chuvas está aí à porta, isto deixa um Velopata a matutar como quem matura mesmo, que talvez esta seja razão mais que suficiente para ele, mais que nunca, equacionar a aquisição de uma tuénináiner.
Difícil mesmo é explicar tais actos esvaziadores de carteira à Srª Velopata.
Jersey Crazy Ride
Paulo Almeida – A Mítica Estrada Nacional 2
Ele (o Velopata), tem de admitir.
Até à data, esta foi sem sobra de dúvidas uma das mais difícies jerseys de atribuír, uma vez que foram vários os honoráveis membros do nosso mui estimado clube que deliberadamente e na posse das suas funções psicomotoras, se lançaram em jornadas de sofrimento, tortura auto-infligida, falta de amor próprio e superação e coiso.
Desde a volta na modesta quantia de trezentos quilómetros de Professor Carochas e Luís Abrantes, à eólica violência experienciada por Nuno Rosado na sua travessia de Fernão Ferro a Sagres, foram vários os que se lançaram em busca da iluminação e nirvana velocipédico que só um empenão consegue proporcionar.
Mas a vitória é justamente entregue a Paulo Almeida, commuter e tripeiro ferrenho, devendo-se esta ao espectacular reconhecimento que efectou da Mítica Estrada Nacional 2 ao longo de vários dias e que certamente servirá de apoio à aventura velopática que está aí em T minus três dias.
(Nota velopática: se interessar o mui querido leitor, para uma leitura certamente bem melhor que a produzida pelo Velopata findo o seu Empenão-mor do próximo fim de semana, é só clicar aqui.)
Como tal, por hoje chega que ele tem de ir enfardar calorias à bruta e principalmente… Descansar corpo e mente.
Como vem sendo habitual, sugestões e reclamações podem ser enviadas para:
sempresãomais4anosariremmonte@bolsonaro4eva.mail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata
Divisão Velopata no Strava: https://www.strava.com/clubs/divisaovelopata
O Facebook do Velopata: https://www.facebook.com/velopata/
O Instagram do Velopata: https://www.instagram.com/blogdovelopata/?hl=pt
Primeiramente devo agradecer a honrosa distinção velopática da Jersey Crazy Ride à minha pessoa. Os aventureiros do pedal prestam-se a isso, a aventuras no pedal.
Entretanto desejo ao Velopata e ao seu companheiro de route, três Às, que no próximo fim-de-semana a EN2 lhes proporcione aquilo que tem de bom, fantásticos e memoráveis momentos. Isso de pedalar os 738,5 km duma assentada é pra malta afectada pelo síndrome das pernas inquietas, distúrbio de sono e um proeminente calo provocado pelo selim, com uma boa dose de velopatia aguda em estadio galopante.
No seguimento da travessia da Estrada Nacional 2, no modo devorador de marcos quilométricos como pretendem cumprir, três amigos randonneiros pedalaram a velha estrada há uns tempinhos. Aproveito o ensejo para partilhar informação útil, deixando links para o registo strávico
do Luís, com o percurso praticamente original da EN2, “alguns parágrafos acerca de questões práticas que poderão ser úteis a quem pensar fazer algo do género” e que o André fez questão de compartilhar com a malta do Fórum Ciclismo, post #152 e o relato feito pelo Valter no post #178 do mesmo tópito, do que estes três estarolas das pedaladas de longas distâncias viveram durante 57h, 38 das quais a dar ao pedal, pela mítica Estrada Nacional 2.
Boas pedaladas.
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