Se palavra existe que descreve o que foi este mês de Julho no seio da elite velocipédica do mais grandioso clube strávico que é a Divisão Velopata, essa palavra é… Revelação.
Desde a revelação da existência de mais um marafado por terras de Sua Majestade Brexitiana, que com alergias e asma e maleitas e doenças é capaz de encarochar tudo e tudos na mais grandiosa prova interplanetária que é o Tour de France (é certo que o moço não pertence à Divisão Velopata mas era necessária esta referência), à descoberta velopática que as suas férias não mais permitem embutir quilómetros à bruta nas pernas, devendo o progenitor Velopata dedicar tempo ao ócio e outras veraneantes actividades com o Velopatazinho, para além de descobrir que andem por aí batráquios que sem que nada o fizesse prever, perdem o amor à integridade e humidade de suas brânquias, lançando-se em odisseias quilométricas de fazer inveja a qualquer ultraciclista, em última análise, o que não faltaram neste mês de Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2018, foram surpresas.

Já dizia Hamlet que algo de podre existia no reino da Dinamarca.
Mesmo tendo pouco ou nada a ver com a Dinamarca, afinal de contas o mais grandioso clube strávico de que há registo que é a nossa mui estimada Divisão Velopata não se encontra apinhado de loiraças giras (tem só algumas), e dispostas a partilhar o hygge com o Velopata (não tem nenhumas), a verdade deve ser escrita e de há uns bons tempos para cá, o Velopata tem aguardado a chegada do oportuno momento para dissertar um pouco sobre um dos nossos membros que… Como escrever isto sem arriscar uma valente carga de porrada?… Enfim, um membro que não é assim tão ilustre.
Corria o Tour de France a largas pedaladas quando no feed strávico, aquele ícone de publicação no seio da comunidade velopática se acendeu e qual não é o espanto velopático, quando se depara com um consternado desabafo do nosso ilustre Placas;
O desalento de Placas é partilhado por alguns dos ilustres membros do nosso grandioso recanto strávico, fazendo estes questão de dar o seu contributo na caixa de comentários da referida publicação, mas quanto a este vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo que é a vida do pedal, ele optou por permanecer calado, recorrendo a este alucinado espaço velocibernético para dar azo às suas preocupações e aflições e coiso com este tipo de actividades.
Portantos, vamos lá colocar os pontos nos is.
O Velopata não é exactamente o maior fã de e-bikecoisas.
Com toda a honestidade, não lhe parece que faça qualquer tipo de sentido conspurcar a mais bela invenção da humanidade… Com um motor. E o Velopata até aposta que na sua tumba, a última encarnação terrena do corpo de Deus Nosso Senhor Joaquim Agostinho terá dado voltas e mais voltas, quando descobriu que a humanidade inventou semelhante blasfémia.
“Cambada de mariconços…” – terá sido certamente o pensamento que varreu a mente dO Mais Grande.
Até que um belo e solarengo dia, cuja memória e P.D.I. atraiçoam um Velopata, não podendo ele precisar concretamente quando, os seguintes acontecimentos tiveram lugar.
O Velopata seguia na primeira subida mais ou menos séria com que a Mítica Estrada Nacional 2 sempre o presenteia quando deixa Faro para trás, aquele segmento que passa mesmo ao lado das Fontes Férreas, quando um grupo de downhillers salta dos trilhos para a estrada, conseguindo um destes moços que aparentam uma enorme apetência para o suicídio e que certamente fazem muitas amizades com dentistas e outros profissionais de cuidados de saúde, acompanhar o Velopata durante uns breves metros.
Recorrendo ao olhar de falcão velopático, o Velopata conseguiu perceber porque razão aquele era o único moço que o conseguia acompanhar – a sua máquina de descidas, saltos e promotora de novas dentições… Era uma e-bikecoisa.
Uma das características que a Srª Velopata tantas vezes já fez menção ao Velopata que lhe trará sérios problemas, é a sua grande bocarra (para além de muito bonita), e a genial capacidade de não saber ficar calado.
“Bom dia amigo! Isso assim é fácil, não?” – atacou verbalmente o Velopata.
“Bom dia! Como assim, fácil?” – retorquiu o Downhiller Electrificado.
“Uai? Então ele vai aqui com os bofes de fora para manter a Estrela Vermelha a vinte e cinco quilómetros por hora e você, nem a respiração da cadência do lactato do mesociclo das batidas por minuto da aerobiose cardíaca parece subir.”
“Hã?”
“Sim, você vai aí todo supimpa e confortável e ele vai aqui a sofrer. Essa geringonça eléctrica torna tudo mais fácil e tira a piada à coisa, não concorda?”
“Camarada, eu tenho um problema de coração! Se a pulsação sobe acima das cento e oitenta batidas po minuto pode-me dar o badagaio. O médico disse-me que se queria continuar a pedalar, tinha forçosamente de arranjar uma eléctrica para evitar levar a frequência cardíaca aos limites.”
Finalizado o segmento de subida, um novo trilho surgia à direita do alcatrão e trocando despedidas e votos de boas pedaladas, o grupo desapareceu por ente o arvoredo que ainda não ardeu, deixando um Velopata novamente a sós com a sua Estrela Vermelha, matutando como quem matuta mesmo, no que havia ocorrido minutos antes.
Só duas conclusões eram possíveis;
- o Velopata e a sua grande boca (que ele reitera, é bem bonita), tinham voltado a fazer das suas;
- vai na volta e há aqui mais qualquer coisa sobre estas sacristas modernices e-bikecoisas.
Façamos então um daqueles já vossos conhecidos e habituais exercícios mentais com que o Velopata tanto gosta de vos desafiar.
Imaginemos um daqueles indivíduos gordos mas mesmo gordos, aí na categoria dos quase 200 Kg de peso e em antes que venham daí mandar vir com o Velopata por estar a ser politicamente incorrecto, lembrem-se que só é gordo quem sofre de alguma maleita tiróidic… Tiróidófílica… Problemas ao nível da tiróide ou então apenas porque não conseguem manter a matraca fechada e a cada refeição comem o equivalente ao que uma numerosa família de um qualquer país do terceiro mundo come no ano inteiro.
Imaginemos que, acometido de uma qualquer ideia de opções de vida saudável, que é como quem escreve, notificado pelo médico de família que continuando a alimentar-se desse modo, a falência cardiovascular e o fanico serão inevitáveis, o gordo em questão opta pelo melhor e mais salutar método de emagrecimento conhecido pela humanidade – pedalar.
Verdade seja escrita, por muito que sejam suas boas intenções e vontade, lançar-se ao alcatrão mesmo que munido de uma daquelas fininhas levezinhas de carbono, daquele que é mesmo só carbono, totalmente em carbono, 100% carbono, full aero carbono, e é garantido que mesmo durante uma simples inclinação positiva de 0,0000001%, o gordo vai sentir que está a subir o Alto do Malhão. No prato grande. E se isto é coisa que até o mais ferrenho dos velocipedistas é capaz de desmotivar, imaginem lá qual o estado de espírito do gordo – vai na volta e provavelmente a flatulência final se calhar até nem é assim tão má quando comparada com o que acabou de experienciar.
Uma outra situação que o mui querido leitor pode imaginar é a da ala geriátrica.
O Velopata não duvida que, se conseguir chegar à bonita terceira idade sem que um qualquer selvagem enlatado o homicide, ele irá certamente passar esses últimos anos de sua vida a tentar escapulir-se do lar onde o Velopatazinho o terá colocado para sentir aquele sabor a liberdade que só uma pedalada serrana consegue proporcionar.
O problema nessa idade, claro está, será chegar a essas longínquas estradas serranas.
É que com oitenta ou mais anos, já será uma vitória per se se ele conseguir aguentar-se de pé sem muletas ou bengalas e principalmente sem fraldas (muitos anos no selim já terão arruinado a próstata), quanto mais uma pedalada por estradas com inclinações bem tramadas e sofríveis.
Portantos, o Velopata admite que em determinadas situações podem existir argumentos válidos e favoráveis à utilização de uma e-bikecoisa;
a) se és fraco;
b) se és uma miséria de fraco;
c) sé és mesmo muito fraco e não tens vergonha na cara;
d) se és portador de alguma maleita física que te impeça de esforços físicos intensos;
e) se és velho.
O problema, se dúvidas existem sobre qual será no caso de alguém que se auto-intitula Barracosa O Maior, é que não estamos na presença de alguém com impeditivas maleitas físicas (lembrem-se que o Velopata já por inúmeras vezes aqui pediu a Barracosa o envio do atestado médico que comprove a sua necessidade de uma e-bikecoisa, não tendo obtido nenhuma resposta até à data de publicação deste texto), nem é assim tão velho quanto isso.

Mas se o mui assertivo leitor acredita que os sacrilégios dos quais Barracosa O Maior é capaz se ficam por aqui… Nos entretantos, o Velopata descobriu que este moço foi ainda capaz de cometer o mais blasfemo dos actos, registando no Strava… Uma viagem enlatada.
Sim, mui querido leitor, leu bem.
Barracosa O Maior registou uma volta enlatada com o Strava.
E isto é inadmissível, mostrando um total desrespeito pelos valores fundamentais teológicos que regem a mais grande de todas as redes sociais. A boa notícia é que muitos dos que por lá habitam, rapidamente flagaram essa volta, condenando-a ao esquecimento para todo o sempre.
Aqui e ali, vários atletas da elite strávica têm chamado a atenção deste herói da bicicleta eléctrica, como Placas o fez;
O que dizer da resposta com que Barracosa O Maior brindou Placas?
“Bike com bataria é para fazer ver os novos.”
Se o querido leitor não entende este dialecto São Brás Alportelense, o Velopata faz aqui serviço público e traduz;
“Bicicleta com bateria é para fazer ver os novos.”
Mas fazer ver o quê?
Que a velhice toca a todos?
Que mais cedo ou mais tarde, a senilidade bate à porta?
Colocados todos os factos sobre a mesa, uma última questão alevanta-se; deve ou não o Velopata expulsar Barracosa o Maior da Divisão Velopata?
Desde a sua incepção que este grandioso clube strávico quer-se inclusivo; não importando se os seus membros são apenas moços e moças que recorrem à Bicicleta para as suas deslocações diárias ou para o mais puro dos ressabiados enlicrados em competição pelo alcatrão e trilhos, mas mesmo não sendo regido como uma comuna anarco-sindicalista, não é desejo velopático que ele seja acusado de fascismo e totalitarismo, portantos, ele deixa a decisão nas mãos dos mui ilustres membros – se acreditem que Barracosa O Maior deve ser expulso do nosso mui querido clube, é favor deixar a vossa importante opinião nas variadas caixas de comentários disponíveis nos meios através dos quais esta publicação vos chega aos tábletes, telefones espertos e computadores.
Uma última ressalva; podeis ficar descansados que para todos os efeitos, as estatísticas de Barracosa O Maior, apesar de já se encontrarem a ser contabilizadas pelo Velopata, não terão direito a pódio nenhum.
Era só o que faltava, um mafarrico armado de uma e-bikecoisa vencer fosse lá o que fosse.
Portantos, dizei de vossa justiça.
E sem mais demoras, sigamos para as prestações do mês de Julho deste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2018.
Jersey Papa-Quilómetros
1º Professor Carochas – 2269,3 Km
2º Nuno Rosado – 1792,2 Km
3º Placas – 1539,7 Km
Este foi o mês em que o Real Distribuidor de Carochas de Biseu, comunemente conhecido como Professor Carochas, completou a bonita idade de meio século e um ano.
E que melhor maneira de agradecer a sobrevivência ao tirânico jugo opressor do enlatado que participar no frenesim carocheiro da edição deste ano do Granfondue Serra da Estrela?
Pois foi precisamente isso que Professor Carochas fez, lançando-se numa distribuição de degustação carocheira, obtendo um brilhante terceiro lugar no pódio da categoria Master C (para o mui querido leitor menos versado nas artes velocipédicas, o Velopata explica; esta é a categoria correspondente aos Masters Cotas).
Mas o que realmente aflije e deixa um Velopata de olhos bem abertos à noite, privando-o do bom soninho recuperador, é a existencial questão; quem serão os outros dois Masters Cotas, capazes de encarochar o próprio Professor Carochas?

Os restantes lugares do pódio dos que mais quilometragem embutem nos seus pistons velocipédicos completa-se com os suspeitos do costume; Nuno Rosado e Placas prometem continuar a dar luta, mas cada vez mais o Velopata tem a certeza que será difícil destronar Professor Carochas do pódio ao qual parece agarrado como uma lapa.


O mais importante factor a reter aqui é… O número de primaveras que estes três moços carregam nos ombros.
E porque razão isto conta para algo?
Porque parecem estar na mesma categoria de Master Cota que Barracosa O Maior e nenhum deles recorre a e-bikecoisas para descarregar o mais incauto dos velocipedistas que lhes apareça pela frente.
E isto sim é fazer ver os novos!
Jersey Carapau de Corrida
1º Comandante Batráquio – 32,8 Km/h
2º António Henriques – 31,4 Km/h
3º Mini Pro Ressabiado – 30,7 Km/h
Mais uma vez Comandante Batráquio não deixa a carocha por barbatana alheia e regista a melhor média ressabiada do mês.

Observando a foto acima, claramente se entende que Comandante Batráquio não é própriamente um moço novo, carregando aos ombros uma apreciável quantidade de primaveras, o que vai claramente contra o que acima foi referido pelo Velopata quanto à necessidade da ala geriátrica de uma e-bikecoisa (terá também o batraquiame uma categoria de Masters Cotas?).
Outra característica de Comandante Batráquio que também salta à vista do Velopata é aquela envergadura de ombros e tamanho de bíceps, como tal, ele não se vai aqui alongar sobre este tema pois há que lembrar a compleição física do Velopata; assemelha-se a um somali com anorexia nervosa e vir para o mundo velocibernético achincalhar gratuitamente quem claramente aparenta maior capacidade para andar à porrada não é exactamente a melhor das ideias.
Já não basta ter o nosso querido Pro Ressabiado e companhia mitra habitante na Quarteira à perna, juntando-lhes os respectivos das várias atletas do clube por quem o Velopata já tanta rebarba fez correr, agora também Barracosa O Maior deve estar a equacionar a largura e composição do espigão de selim a afiambrar no lombo do Velopata… Enfim, a lista da troupe que deseja encher um Velopata de bordoada não pára de aumentar a cada publicação mensal.
No segundo lugar do mais ressabiado pódio do nosso mui estimado clube surge uma novidade pela rija perna de António Henriques, membro da elite velocipédica dos Duros do Pedal, com quem o Velopata, mesmo desconhecendo pessoalmente, sente imediatamente uma certa afinidade ao ver a foto partilhada pelo próprio;

À semelhança do mês de Junho, Mini Pro Ressabiado ocupa o terceiro lugar do pódio, o que pode ser explicado pela ausência das destruidoras-de-pernas pedaladas com a sua ressabiada troupe do Clube Desportivo Areias de São João (CDASJ), onde muitos moços se encontram no estaleiro; ainda em recuperaração de quedas (Chora-Meninas e Pro Ressabiado), ou férias (Moço do Treco). Resta saber se com as novidades no calendário velocipédico amador que são o Granfondue de Tavira e o Granfondue de Silves, esta elite ressabiada regressará aos treinos com vontade de instigar terror tibial e distribuir sérias carochas pelo alcatrão algarvio.

Jersey Cabra da Montanha
1º Professor Carochas – 33724 m
2º Luís Abrantes – 17881 m
3º Nuno Fernandes – 17247 m
Com a sua participação no mais doloroso granfondue português, não será surpresa para ninguém que Professor Carochas leve para Biseu o caneco do moço que mais metros de tortura auto-infligida e deliberadamente procurada induz nas próprias pernas.

Luís Abrantes, o outro rijo representante das terras de Viriato regressa aos cimeiros lugares deste pódio, não obstante a abissal diferença de metros de subida para Professor Carochas, devendo-se esta ao facto de Luís Abrantes estar de visita ao reino dos algarves onde, como Professor Carochas disse, existem muitas rampas mas poucas subidas dignas desse nome.

No terceiro lugar do pódio regista-se o regresso de Nuno Fernandes, ouvisto pela última vez nestes cimeiros lugares em Abril, que mesmo tendo seguido para terras avecs onde se dedicou a longas sessões de sofrimento em muitas das míticas subidas onde a distribuição carocheira do Tour ocorre, ficou aquém de destronar a troupe biseuense.

Nuno Fernandes, que à semelhança de Nuno Rosado, é moço capaz de levar a própria família a engolir grandes e gordas carochas, nesta aventura não se fez acompanhar da sua respectiva fêmea e sim por um outro comparsa de pedalada (que por não pertencer ao nosso mui adorado clube torna o seu nome irrelevante), podendo este facto ser explicado de dois modos;
- ou ela não é parva ao ponto de se meter a sofrer por algumas das mais duras subidas conhecidas pelo homem (é provável, existe uma boa razão pela qual as fêmeas de bicho humano vivem mais tempo que os machos);
- o Velopata meteu o pedal na poça em Abril e a partilha daquela foto onde Nuno Fernandes pedalava acompanhado de uma formosa fêmea… Bem, já cantava a Ágata que afinal havia outra… (hipótese mesmo, mas mesmo muito provável, uma vez que as fêmeas de bicho humano dificilmente apreciam concorrência).
Jersey Alucinado Diário
1º David Matos – 64 voltas
2º Paulo Almeida – 35 voltas
3º O Gajo Que Já Foi Prof – 34 voltas
A miséria das férias velopáticas atinge todo o seu esplendor e rubro e coiso quando nem no mais importante pódio do nosso mui amado clube, o Velopata consegue colocar o pedal de encaixe como nos últimos meses.
Novamente é David Matos e Paulo Almeida que lideram a classificação dos que realmente sabem qual a função do mais bonito meio de transporte alguma vez inventado pela humanidade, não deixando de ser curioso que muitos dos que pululam pelo nosso mui estimado clube são capazes de percorrer cento-e-tal quilómetros pelas estradas serranas do nosso pequeno país à beira mar mal plantado com eucaliptos em monte, mas depois perfazer uns escassos dez a quinze quilómetros diários nos percursos entre o lar e o local de labuta… “Ai que isso é muito e depois chego todo suado…”.
Tende vergonha.


De terras além-mar no estrangeiro lá de fora, pela primeira vez neste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2018 assistimos ao regresso de O Gajo Que Já Foi Prof a este importante pódio.
Mesmo parabenizando O Gajo Que Já Foi Prof por dar o portuga exemplo por terras canadianas, o Velopata não pode deixar passar impune a partilha da fotografia abaixo;
Mas sois alguns dromedários ou quê?
Bolsas de hidratação e Bicicletas de estrada são incompatíveis.
Ponto final parágrafo.
Em antes que venham daí os leitores mais sensíveis criticar o Velopata, afirmando que ele às vezes se parece mais com uma Paula Bobone da velocipedia, lembrem-se… Ele não tem nada contra bolsas ou mochilas ou sacolas de hidratação ou lá como se chamam, até porque esses adereços têm o seu lugar sim… Nas bicicletas de bêtêtê.
E somente quando se praticam pedaladas superiores a cinquenta ou mais quilómetros em regiões remotas onde os recursos hídricos escasseiam e não existem tascos com arcas frigoríficas apinhados de bujecas.
Haja respeito pelo mais nobre dos desportos se faz favor, somos Ciclistas e não meros mafarricos que andem de Bicicleta.
Jersey Melhor Batráquio
1º O Grande Batráquio – 899,7 km
2º Luís Carvalhinho – 754,3 km
3º Madalena Fontinhas – 686,7 Km
Após um mês de interregno eis o regresso de O Grande Batráquio ao comando do nenúfar, algo a que nos habituou no transacto ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2017 e na primeira metade de 2018, salvo aquele fatídico dia em que levou velocidade a mais para uma curva a menos.
De barbatanas plenamente recuperadas veremos como evolui esta anfíbia contenda entre O Grande Batráquio e um dos principais destaques deste mês da chapinhante classificação do nosso mui estimado clube; a ausência de Comandante Batráquio.
Estará este desaparecimento relacionado com pesadelos com uma Monica Bellucci não depilada? Terá aquele bonito avião da Colnago finalmente cedido à pressão dos maus tratos e abusos psicológicos que Comandante Batráquio a faz sofrer? Estas e outras questões continuam por responder, no entanto, há sempre aquela remota hipótese de Comandante Batráquio simplesmente se encontrar de vacances e, à semelhança do Velopata, não poder passar mais tempo na companhia da sua amante carbonatada italiana e sim forçado a dedicar tempo ao ócio com Comandante Batráquia e os Comandantezinhos Batraquinhos.

Como sempre Madalena Fontinhas pica o ponto na pantanosa classificação, mas o grande destaque do mês é a chegada de um novo batráquio que conseguiu deixar um Velopata completamente estarrecido e estupefacto e coiso – Luís Carvalhinho.
E porquê?
Continuai a ler.
Jersey Lanterna Vermelha
Malévola Máquina Anfíbia
Um acto de pura malícia e maldade, vil e coiso.
Ao longo dos quase dois anos de existência deste alucinado espaço velointernético, dos muitos vídeos velocipédicos produzidos, realizados e editados pelo Velopata, aqueles que mais baba fizeram escorrer (vamos chamar-lhe baba para evitar ordinarices), foram sem sombra de dúvidas, os vídeos das voltas das Cíclicas, essa feminina elite ressabiada que faz as delícias dos machos enlicrados e não só (até os enlatados devem gostar disto, exceptuando-se aqueles mesmo, mas mesmo obtusos).
Acontece que, após alguns meses de ausência devido a compromissos familiares, afinal não devemos esquecer que se escreve sobre um grupo de fêmeas e elas certamente terão muita louça para lavar, roupa para estender e engomar, refeições a preparar, enfim tarefas de fêmeas às quais se devem dedicar enquanto boas esposas (olhem o Velopata a tentar conseguir likes do mundo árabe), finalmente elas decidiram regressar ao reino alcatroado, presenteando Loulé e arredores com uma formosa volta nas suas fininhas.
O problema é que não chamaram o Velopata.
Nem uma mensagenzinha.
Nada. Zero. Nicles.
Desta vez, ele não foi o repórter de serviço, o que só terá uma explicação; os respectivos das moças devem ter notificado as mesmas que não queriam lá a rebarbada presença velopatóide.
Cambada de egoístas.

Porque razão então atribuír a jersey Lanterna Vermelha a Malévola Máquina Anfíbia?
Porque ela é uma das forças organizacionais e motivacionais desta airosa troupe logo, não ter convidado o Velopata para se deleitar visualmente só prova o seu nível de malevolência e perfídia e coiso.
Portantos, é castigo velopático.
Jersey Melhor Macho Ressabiado
1º Professor Carochas
2º Luís Carvalhinho
3º David Matos
Primeiro e terceiro lugares do pódio dos mais fortes machos ressabiados do mês não deverão alevantar dúvidas, restando ao Velopata explicar porque razão Luís Carvalhinho, um batráquio de excelência, merece um notável destaque neste mês de Julho do ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2018.
É que mesmo correndo sério risco de desidratação, secura das brânquias e mucosas da pele, Luís Carvalhinho lançou-se numa jornada de 330,47 Km, calcorreando o alcatrão entre Portalegre e o mais sofrível ponto de Portugal Continental, a Torre na Serra da Estrela.


Ver um batráquio praticar uma volta deste calibre é algo que deixa um Velopata esperançoso que talvez ainda habite por aí batraquiame cheio de coragem, no entanto, desde já o Velopata deixa um aviso a Luís Carvalhinho.
Cuidado. Tende muito cuidado.
Esta história das longas distâncias pode tornar-se um vício do qual é difícil saír.
A menos que exista uma Srª Carvalhinha e um Carvalhinhozinho capazes de incutir bom senso e castrando todas as tentativas de nirvana velocipédico que possais ter. E se em dúvida, olhai para o Velopata, cuja simples menção das palavras longa distância à Srª Velopata, alevantam um tal coro de protestos que todas as intenções de glória velocipédica são imediatamente lançadas ralo abaixo.
Ainda assim parabéns pelo nobre feito, infelizmente não candidato a Crazy Ride por motivos que só continuando a ler o mui querido leitor entenderá.
Jersey Melhor Fêmea Ressabiada
1ª Madalena Fontinhas
2ª A Aprendiz de Ressabiada
3ª Lioness of Porches
Em antes de iniciar a análise ao pódio das boas do nosso mui estimado clube, o Velopata vai abrir um parêntesis, notando que não mais fará correr a deslargada rebarba e tendo o cuidado de não faltar ao respeito a nenhum dos respectivos das mesmas, quiçá conseguindo assim caír novamente nas boas graças de Malévola Máquina Anfíbia e marcar presença nas próximas voltas das Cíclicas.

Que o mais grandioso clube strávico se encontra pejado de campeões e campenoas, não será novidade nenhuma para os mui atentos seguidores.
Prova de tais factos é a presença de Madalena Fontinhas; não só obtém o mais alto lugar do pódio feminino, como também se sagra Campeã Nacional de Batraquismo na categoria Sénior (isto é a sério? Sénior? É que a moça não parece assim tão velha quanto isso…), conseguindo apurar-se para representar a Selecção Nacional Anfíbia no Campeonato Europeu de Batraquismo.
Partilhado pela própria, parece que os apoios para representar o nosso país numa prestigiante prova como esta será, são;
- 50% de ajuda nas despesas para o primeiro classificado na competição nacional;
- 25% de ajuda nas despesas para os segundo e terceiro classificados na competição nacional.
É então forçoso alevantar esta questão junto dos nossos dirigentes; AQUELES MAFARRICOS ARMADOS EM MENINAS QUE PASSAM MAIS TEMPO DEITADOS NA RELVA A FINGIREM-SE ALEIJADINHAS DO QUE PRÓPRIAMENTE A JOGAR A ESSE DESPORTO MENOR DA BOLA, TAMBÉM PAGARAM ESTADIAS E VIAGENS DO PRÓPRIO BOLSO QUANDO FORAM LÁ À RÚSSIA?
Santa paciência…
Se servir de algum consolo, o Velopata expressa desde já a sua consternação por Madalena Fontinhas não poder ir mostrar todo o poderio do coaxar português e ressabiar anfíbiamente no estrangeiro lá de fora.
Quem não deve estar nada satisfeita com o estado desta classificação pois, lá está, a moça é novinha e os substantivos Competição e Ressabio certamente fazem parte do seu nome no Cartão de Cidadão, é A Aprendiz de Ressabiada que, pela primeira vez neste ano de Nosso Senhor Joaquim Agostinho de 2018 se vê afastada do cimeiro lugar do nosso mui formoso pódio.
Numa vã tentativa de acalmar a ressabiada alma, A Aprendiz de Ressabiada virou Yogi (não confundir com virar iogurtes como quem vira canecos de cerveja), mas com o Granfondue de Tavira e o de Silves aí a um simples virar do pedal, não parece ao Velopata que esta calmia se vá manter.

No terceiro lugar do pódio feminino, verifica-se o regresso de Lioness of Porches. Ainda pedalando por terras siãoenses, Lioness of Porches parece ter descoberto um novo amor, talvez inspirada por viver perto de Bangkok, nome de cidade que o Velopata sempre achou um piadão por lhe lembrar… Enfim, o pôrno.
Certo é que quando a fotografia abaixo partilhada pela própria chegar aos já tristes e abandonados e desconsolados olhos e coração de um burrico nativo da Fóia, preparem-se para o pior.
É que ainda por cima, os burricos estão ameaçados de extinção.
(Nota velopática: isto parece uma afirmação estranha quando se observa o nível dos enlatados condutores portugueses, mas é verdade.)

Jersey Crazy Ride
Zés das Bikes
Este é um mês histórico no seio do nosso mui estimado clube, na medida em que pela primeira vez, não temos 1 mafarrico a realizar uma alucinada volta.
Temos 5.
Cinco mafarricos, conhecidos no meio velocipédico como Zés das Bikes, partiram à conquista dos Picos da Europa, lançando-se em empeno atrás de empeno ao longo de cinco gloriosos dias, passando por míticos locais da santa religião velocipédica, como o Angliru ou os Lagos de Covalon… Cavolan… Lagos de Cowabunga.

Tendo por lá um moço cuja apetência para partilha de histórias na língua de Camões em tudo suplanta a deste vosso companheiro, palhaço e amigo do duro circo que é a vida do pedal, podem passar os vossos lindos olhos pelo seu blog (está aqui), e ficar a saber mais sobre a aventura deste quinteto que muita inveja velopática e baba fez correr.
E prontos, chegamos ao fim de mais uma sessão de encarochamento mensal para muitos e é um secreto desejo velopático que não tenham reparado que os complicados cálculos físico-químico-quânticos nos quais ele devota horas, não batem certo.
É que toda a miséria velopática das vacances trouxe problemas não só ao nível da pedalada mas também ao nível do grandioso clube strávico – é que na primeira semana de Julho, o Velopata deixou escapar as vossas prestações, esquecendo-se de as registar.
Mas já dizem os cámones, keep calm and go cyclate.
Como habitual, sugestões ou reclamações podem enviar para;
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Abraços velocipédicos,
Velopata
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