Epílogo
(tinha de ser, não é?)
“Então malta, como é isso vai?” – questionou um efusivo Binda, regressado ao mais nobre salão por entre os salões do Além Velocipédico, finalizada a entrega da requisição de uma tormenta junto de São Pedro e sua sala do VAR metereológico.
O nível de (des)concentração e entusiasmo era tal, para além dos muitos litros de cerveja artesanal belga emborcados pelos convivas, que só umas das recém-chegadas lendas de outrora, Mike Hall, desviou por breves instantes o olhar do LCD Nano Plasma 4K com Lédes, respondendo a Binda;
“Chegas em boa hora, a chuva está começar.”
“Pois pá, olha… Vinha mesmo a pensar nisso.”
“No quê?” – indagou Mike Hall.
“Na chuva e no vento. Achas mesmo que é suficiente para ele desistir?”
“Sinceramente não sei. Porque não perguntas a Pai Nosso?”
“Opá, como tu és o mais novo de nós a cá chegar, estás mais confortável com esta malta moderna dos ultracicling… Ultraciclislis…”
“Ultraciclismo.”
“Isso.”
“Pois… Não te sei dizer… Lá teimoso o gajo é.”
“Não serão chuva e vento que larguemos sobre ele e a Estrela Vermelha que o levarão a desistir.” – interrompeu a voz de Deus Pai Nosso Senhor Joaquim Agostinho.
“Non me venite com lérias. Ho puntato moltos eirios que lui ritira!” – ripostou de imediato Pantani, preocupado com os euros já investidos nas casas de apostas.
“Tende calma, meu querido filho piratinha, ninguém ousou dizer que ele não desistiria, simplesmente não o fará devido a uma qualquer tormenta que sobre ele caia.”
“Como assim, ó Mais Grande?” – questionaram todos em uníssono.
“Apenas e só uma maleita física o levará a desistir. A questão é qual?”
“QUEDA! QUEDA! QUEDA!” – berraram uns.
“ATROPELAMENTO! ATROPELAMENTO! ATROPELAMENTO!” -berraram outros.
“Tende lá calma meus filhos, também não é preciso exagerar.” – acalmou Deus Nosso Senhor Joaquim Agostinho.
Fez-se silêncio enquanto a alvoroçada troupe, ávida de sangue velopático, se acalmou e matutou como quem matuta mesmo.
“Já sei!” – Binda interrompia o matutativo silêncio.
“Explica-nos que ideia foi a tua, meu filho do tempo das rodas quadradas.”
“Porque não enviar-lhe uma terceira nalga?”
Capítulo IV
A Tormenta Suína
Deslargado o Velopata seguia pela Estrada Nacional 4, enfrentando o breu nocturno com o importante auxílio na retaguarda da Lata de Apoio Velopático conduzida por O Facho, mente focada em um único novo objectivo, confirmado minutos antes pelas Barely Legal formosas fêmeas de Montemor-o-Novo; chegar ao ponto de rendez vous com o Agente de Autoridade Anónimo em antes das seis da manhã, podendo assim calmamente dar ao serrote enquanto se aquecia o frio corpo de somali com anorexia, ainda por cima nervosa, pois verdade seja escrita, o Velopata nunca havia pedalado com AAA.
E se ele viesse com ideias de ressabio?
Ou pior; se fosse daqueles moços que não respeitam aquele momento zen em que o Velopata usufrui do seu cigarrinho em antes da partida?
Estas e outras questões mantinham a mente velopática ocupada, truque recorrente desta malta ultraciclinguista, quando…
PING!
Uma gota de água de consideráveis proporções atingiu aquela que ele reconhece como a sua mais destacada característica morfológica, fisionómica e coiso e em antes que venham daí fêmeas sedentas de amor velopático arranjar problemas ao casal Velopata, lembrem-se que o Velopata se está a referir à sua saliente aeropenca.
PING!
Uma segunda húmida e obesa gota atinge a bela aeropenca.
Por instinto, o Velopata relaxou da sua posição full aero chrono carbon, desviando o olhar do nocturno alcatrão para a sua bolsa de selim Blackburn Design onde, no interior, repousava o casaco impermeável para além daqueles peúgos impermeáveis que se utilizam por cima dos sapatos de ciclismo.
“Bem, se os gajos do Técnico chamam o Katrina de uma leve brisa, ele até tem medo de ver o que para eles serão uns leves aguaceiros… O que vale é que ele vem preparado.” – pensou o Velopata para com a sua nobre montada Estrela Vermelha.
O Velopata até podia exagerar. Poderia aqui escrever que os céus se abriram e um dilúvio que faria Noé chorar desabou sobre ele, restando-lhe lutar como um herói, usando e abusando de toda a força de suas pernas contra a intempérie. Mas não. Lembrem-se que este é um veloespaço que se quer isento, coerente, ético e recheado de bons valores, ou acreditavam que um Velopata era algum tipo de Vereador do Bloco?
Os quilómetros seguiram-se e os leves aguaceiros, tornando-se incomodativos q.b., forçaram o Velopata a baixar a pala do seu cycling cap, protegendo os bonitos olhos castanho-esverdeados das obesas gotas que teimavam em infiltrar-se por entre o espaço deixado vazio entre a haste dos óculos de visão nocturna e a pele da testa – talvez seja por esta mesmo notória falta de aero que os óculos da B´Twin da Decathlon apresentam um preço mais competitivo que a concorrência.
Mas não se pode apenas criticar e repreender.
Desde já o Velopata deixa os seus mais sentidos parabéns aos engenheiros aeroespaciais da B´Twin da Decathlon que inventaram o corta-vento Ultralight 500 para ciclistas de estrada, já dotado com as novas tecnologias Wind Carbon Full Force Fabric Tex Gore Stopper, disponível por uma mínima quantia de… Bem, aquilo foi uma pechincha tão grande que o Velopata já nem recorda quanto lhe terá custado. Certo é que rapidamente esta se tornou peça de indumentária obrigatória para pedaladas nocturnas; protegendo não apenas do frio, mas também reforçando a presença velopática perante os enlatados e a protecção de quando chove poucochinho em monte, adjectivação comunemente conhecida nos reinos além-Algarve como chuva molha-parvos, que nunca antes havia feito tanto sentido para o Velopata como o fez naquela noite em que ele pedalava pela Estrada Nacional 4 rondando as cinco horas da madrugada.

A devorar quilómetros pela Estrada Nacional 4, eis que novamente a aeropenca velopática volta a emitir sinais de alerta e confusão, desta vez não sob a forma de pluviosas gotas mas sim de um snif, snif tal que a única comparação que ocorre a um Velopata é que este deve ser o cheiro quando se encontram valas comuns de bichos humanos nas Nicaráguas, Botswanas e coiso.
Aquilo era o Demo feito pestilência.
É que nem a fralda do Velopatazinho, nos idos primeiros tempos de experimentação alimentar, alguma vez se terá conseguido equiparar ao grau fedorento do miasma que pairava na atmosfera.
O Velopata fez sinal à Lata de Apoio Velopático que dada a matinal hora se pode colocar lado-a-lado com o mais ou menos herói da história, sem que nenhum outro enlatado se ofendesse, do interior berrando O Facho;
“Que foi? Estás bem?”
“Não! O Smell!” – retorquiu o Velopata.
“Hã?”
“A Pestilência!”
“O quê?”
“O Fedor!”
“Ah, sim! É dos porcos!”
“Pois não admira! Já viste como está a berma da estrada? Cheia de lixo!”
“Não são desses porcos! São porcos mesmo.”
“Tipo suínos? Tipo daqueles que vocês comem?”
“Sim!”
“Sabes o que lhe faz confusão?”
“O quê?”
“Como é que vocês conseguem comer algo que cheira assim enquanto vivo!”
“Parvo!”
A discussão sobre qual das duas espécies é a mais porca poderia muito bem continuar, salvo a placa que aparecia na berma, indicando que se chegava a Vendas Novas.
Memória de já ter passado por Vendas Novas, o Velopata não tem.
E por uma boa razão.
É que Vendas Novas parece Las Vegas só que em versão fétiche suíno.
Ele é o Rei das Bifanas, a Rainha das Bifanas, o Príncipe das Bifanas, a Princesa das Bifanas, as Bifanas do Tio Chico, as Bifanas do Tio Manuel, as Bifanas da Tia Almerinda, as Bifanas da Tia Luísa…
A única explicação óbvia é que algo se passa no que a matérias de copyright e patentes respeita – todos os restaurantes dizem apresentar a verdadeira receita original; portantos deverão existir um infinito número de receitas originais, o que leva a que a palavra original perca todo o seu sentido na epistemologia e coiso da receita. Que o Velopata desconfia ser extremamente simples; assassina-se um suíno, já cadáver, cortam-se-lhe partes do corpo comunemente designadas por febras, de seguida fritam-se estas na própria banha préviamente recolhida do cadáver e por fim enfiam-se estes gordurentos nacos de carne entre duas fatias de pão e voilá, a magia do prazer bárbaro acontece.
Custa a crer é como neste país de empreendedores ainda ninguém se lembrou de comprar um dos poucos prédios que o Velopata vislumbrou por entre os restaurantes e tascos, para construír lá um hotel de seis estrelas, onde o tema dominante seja o suíno.
Algo no estilo Boutique Hotel Guesthouse Rooftop Lounge Residencial Paixão Suína.
Com quartos temáticos e tudo.
Um quarto decorado que nem um chiqueiro (os Tios e as Tias da terra natal do Velopata pagam fortunas para nadar em lamas enquanto bebem chás feitos com o que parece ser alpista), um outro quarto decorado a sala de matança industrial (claramente o hotel piscaria o olho a todos os fãs de bondage, ou seja, casais que tiram prazer em andar à bordoada porque diz que é com consentimento de ambos os dois).
Quanto à brigada geriátrica que anteriormente vivia no prédio, há que ter alguma dignidade e ao invés de correr com eles poder-se-ia contratá-los para trabalhar na Recepção do referido hotel, providenciando-lhes um qualquer quarto de arrumos para pernoitar nas folgas e um ordenado miserável. Com sorte ainda se sacavam uns subsídios ao Estado por empregar malta na Terceira Idade, e mais uma vez vem o Velopata partilhar aqui brilhantes ideias de negócio a troco de likes e follows e coiso.
Outra brilhante ideia de negócio proposta pelo Velopata, prende-se com o facto de Vendas Novas ser, segundo consta, ponto de passagem obrigatório para grande parte da frota nacional de enlatados transportadores de mercadorias.
Como é então possível que pelas cinco horas da manhã de domingo, não existisse um único tasco aberto em Vendas Novas?
Depois queixem-se e bradem aos céus que a culpa é da crise…
Com algumas inversões de marcha em zonas legalmente duvidosas, o dueto Velopata e O Facho lá conseguiram encontrar o aclamado tasco proposto por AAA para o rendez vous, o problema é que este, claro está, encontrava-se fechado.

“Isto até parece uma piada cheia de malícia!” – exclamou o Velopata enquanto se sentava na Lata de Apoio Velopático, tendo estancionado a Estrela Vermelha na traseira da mesma, naquele que era o único espaço abrigado da insistente chuva graças à protecção de um pinheiro (nos entretantos já deve ter ardido), bem em frente do tasco.
“O que é que foi agora?” – resmungou um sonolento O Facho.
“Fazer o encontro aqui no The Lord of the Bifanas ou lá o que é isto.”
“Deixa de ser cromo e vê mas é se aproveitas para ferrar o olho.”
“Achas mesmo que ele consegue dormir assim?”
“Como não consegues dormir!?!? É da adrenalina? Ainda tens o corpo no ritmo da pedalada?” – questionou O Facho.
“Não, é mesmo porque a Estrela Vermelha está lá fora sozinha.”
Se O Facho ouviu esta última ladainha velopática, ele não sabe – O Facho já roncava.
E ainda faltava uma hora para a chegada e rendez vous com AAA.
Capítulo V
Memórias

O que pode um ultraciclista fazer durante uma hora em que se vê enclausurado no interior de uma lata com metereologia adversa no exterior, acompanhado de um gajo a roncar à grande e à avec a seu lado, sabendo que a sua pobre montada está lá fora, sozinha perante a força dos elementos?
Entreter-se a ver o pôrno no seu smartphone era um mau plano; o Velopata não é homosexualofílíaco mas com O Facho ali ao lado seria bastante desconfortável, além de que os gemidos (dos vídeos), o poderiam acordar. Também não ajudava o facto dos toalhetes húmidos de higiene pessoal (roubados à sacola do Velopatazinho), se encontrarem no exterior, no saco de selim da Blackburn Design. A juntar a tudo isto, a bateria do smartphone poder-se-ia revelar importante no evoluir da Cicloperegrinação.
Aqui e ali apareciam transeuntes; a maioria de aspecto duvidoso, alguns movendo-se de modos ainda mais duvidosos (seriam estupefacientes ou álcool?; era a dúvida), e todos miravam a Estrela Vermelha encostada na traseira da Lata de Apoio Velopático – um Velopata fechar os olhos e dormir estava fora de questão pois o que não pareciam faltar por ali, à semelhança do nosso Parlamento, eram amigos do alheio.
Meramente porque dá jeito ao texto e porque efetivamente nada se passou naquela hora, salvo o ocasional retesar esfíncteriano quando algum transeunte aproximava demais da Estrela Vermelha, o Velopata deu por si a lembrar o dia em que pela primeira vez trocou impressões pessoais com o Agente da Autoridade Anónimo.
Tudo começou com uma mensagem de remetente desconhecido a chegar ao messenger velopático;
Agente da Autoridade Anónimo: Boa tarde, Ó grande autoridade velocipédica, Senhor Velopata!
Velopata: Boa tarde e Senhor só há um, chama-se Joaquim Agostinho e está no céu!
AAA: Nem mais. Olhe, vou estar em trabalho na sua cidade de Faro nos próximos dias mas terei tempo para uma cerveja e uns dedos de conversa.
VP: O Velopata fica muito feliz por si, Faro é uma cidade muito gira para vir beber umas cervejas mas não precisa de o tratar por você.
AAA: Então mas o Velopata não me dá o prazer de beber uma cerveja com ele? É que ir a Faro e não beber uma com o Velopata é como ir a Roma e não ver o Papa.
Com argumentos desta categoria metafísica, como poderia um Velopata que se preze, recusar?
Claro que o Velopata tratou de conferenciar com a Srª Velopata, até porque ele já leu na internet que quando se vai para estes encontros às cegas, mesmo não sendo homosexofílico, é melhor avisar familiares e amigos, não vá ser necessário estes darem indicações à Polícia quando tiverem de fazer buscas pelo nosso cadáver.
“Ele tem de ir, não é?”
“Ele quem?” – questionou a Srª Velopata, sem nunca tirar os olhos da televisão que ainda não é smart e onde aquela menina gira de estilo pin-up cozinhava após o genérico onde pedalou numa pasteleira ainda mais gira. Bons programas de culinária, portantos.
“O Velopata. E se este Amílcar Santos não é quem diz ser?”
“Hã?”
“Pois… E se este moço for um cereal killer ao serviço do tirânico jugo opressor enlatado?”
“Hã?”
“Olha que eles andam sempre em cima destas coisas, já lhes deve ter chegado às manápulas um relatório qualquer onde o nome dele aparece como alvo a abater. E sabes porquê? Por causa que ele escreve as verdades no blog.”
“Mas estás a falar do quê?”
“Do encontro!”
“Qual encontro?”
“Vês? Vês? Agora ele vai mesmo! E se depois ele desaparecer e morrer… Ele tem aqui a prova!”
“Qual prova? Hã?”
“A prova em como tu nunca o ouves!”
As lamúrias velopáticas continuaram ante o que parece ser o filtro auditivo que a Srª Velopata liga, assim que o teor da conversa roçe o velocípede.
E o Velopata lá foi beber umas bujecas com AAA, descobrindo que afinal, por entre os quatro cantos do planeta redondo muitos outros existem que partilham esta condição e maleita boa que é a velopatia, adorando uma boa pedalada pelo simples prazer que só esta consegue proporcionar.
Resumindo, AAA era um fixe e aquelas primeiras doses de cevada fermentada partilhadas poderiam muito bem ser o início de algo muito bonito e… Pela periférica visão semi-nublada, o Velopata percebeu existirem movimentações no exterior do local onde serviam a One Bifana to rule them all.
Com o relógio digital do smartphone a indicar cinco e quarenta e cinco da manhã de domingo, as portas do tasco pareciam prontas a abrir, o que aumentou consideravelmente a quantidade de transeuntes que por ali começaram a circundar.
E a Estrela Vermelha sozinha lá fora.
E aquela latência começava a afectar sériamente o Velopata.
E os transeuntes, cada vez em maior número, a mirarem a Estrela Vermelha.
E o Velopata a sentir-se escorregar lentamente para terras do soninho bom.
E…
Ele não sabe quanto tempo terá passado mas certo é que o Velopata vacilou, depois vacilou novamente e depois vacilou ainda mais e… Adormeceu.
Epílogo
(o Velopata jura pela saúde carbónica da Estrela Vermelha que este é o último)
Parece-vos que o Velopata está a engonhar e muito, o seu relato da Cicloperegrinação?
Sim.
“Ó Velopata, explica lá porque é que andais engonhando como quem engonha mesmo?” – será certamente a questão que apoquenta os mui assertivos leitores.
Porque a vida velocipédica do habitante algarvio, mais ou menos em união de facto e com um Velopatazinho a educar, tem tudo menos tempo livre quando chegam os veraneantes meses. Se por um lado há a pressão da Srª Velopata e Velopatazinho em dedicar-se ao ócio da praia, por outro lado existem ainda as visitas familiares do estrangeiro do norte do país, como foi o caso do último escaldante fim de semana.
E com visitas familiares, um Velopata tentar sequer ousar mencionar uma bela escapulidela para pedalar e a reacção da Srª Velopata é tal que dir-se-ia o Velopata ter cometido um qualquer grave crime contra a humanidade.
O mui querido leitor deve ainda notar que o Velopata é conhecido apreciador da prática de ir à praia, até porque não lhe ocorre nenhum outro salutar modo de apreciar fêmeas em cuecas e soutien besuntando seus corpos com creme, passeando-se e banhando-se na sua frente.
Com tudo isto fica muito menos tempo livre para o Velopata pedalar, se ele tem menos tempo livre para pedalar, aquilo começa a ressabiar na alma, o ressabio transforma-se em desalento, o desalento em desaustino e páginas tantas um Velopata dá por si numa espiral depressiva em que escrever é um fardo a carregar.
E em antes que venham já daí deslargar piadas na atmosfera cibernética sobre as classificações do mais grandioso clube strávico que é a Divisão Velopata, na próxima semana teremos a publicação e sempre importante análise das classificações de Julho logo, tende calma e aguentai vossos corcéis de carbono!
Abraços velocipédicos,
Velopata
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