Aquele Embrulho Azul

O Velopata súava as estopinhas em mais uma sessão de auto-flagelação sob forma de um duro treino de intervalos no rolo, quando o toque do smartphone o fez desviar a atenção do ardor nas pernas, vista nublada e sistema cardiovascular à beira de um fanico.

O Velopata até nem é de interromper os seus momentos zen, mas talvez por influência divina, neste dia ele parou tudo para atender o smartphone. Até porque podia muito bem ser a Srª Velopata com uma chamada de cariz urgente e caso o auxílio velopático falhasse, depois sobraria para o Velopata e as porcarias das coisas das bicicletas sempre em antes de tudo, nas palavras da própria.

Era a Playmobil.

Lembram-se dos bonecos da vossa infância; polícias, índios e cáubóis que apenas moviam a cabeça para os lados, braços para cima e para baixo, uma única posição corporal (sentados ou de pé), cavalos que só moviam a cabeça, fantasmas que brilhavam no escuro, astronautas, aquelas pequenas figuras plásticas humanóides que apenas pelo mudar de um chapéu, alteravam toda a sua identidade? Não tinha o leitor um boneco índio com um daqueles chapéus de penas que se trocado para uma cartola, passava a ser um cangalheiro, banqueiro ou mágico? Uma espécie de Zeinal Bava dos mundo dos bonecos, sendo possível passar de Melhor CEO de Portugal e arredores a gajo que não se lembra de nenhum negócio ruinoso assinado, apenas com a fulcral diferença que a esse nem o chapéu é necessário mudar.

Pois foi essa Playmobil que ligou ao Velopata.

Ó Velopata, este blog está cada vez mais esquisito… Deixa lá ver o que tem a Playmobil a ver com bicicletas…” – pensará, em todo o seu direito, o mui estimado leitor.

 

Velopata: Está sim?

Playmobil: Está sim? Boa noite!

VP: Boa noite.

PM: Estou a falar com o Senhor Rodrigo Machado?

VP: Mais ou menos.

PM: Desculpe?

VP: Está desculpado. É ele, sim.

PM: Ele quem?

VP: O Velopata.

PM: Ah, ainda bem, olhe que era mesmo com ele que queria falar!

VP: Pois… Mas sabe… Ele estava aqui a meio de um rolo…

PM: Peço muita desculpa mas tenho algo para lhe dizer que certamente o interessa. A Playmobil tem de lhe pedir um favor.

VP: Quem é que tem de lhe pedir um favor?

PM: A Playmobil.

VP: Olhe lá, mas isto é alguma piada de mau gosto desses negociantes de hidrocarbonetos e poluição atmosférica, esses defensores do lobby enlatado que é a Mobil?

PM: Não! É Playmobil, mesmo!

VP: A dos bonecos?

PM: Sim.

VP: Então diga lá o que quer do Velopata a Playmobil dos bonecos? É que ele estava a meio de um rolo…

PM: Sabe Senhor Velopata… Posso tratá-lo por Senhor Velopata?

VP: Mais ou menos.

PM: Como?

VP: Senhor só há um. Está no céu e chama-se Joaquim Agostinho.

PM: Ah, sim. Já me tinham dado a referência que você faz muitas piadas velocipédicas.

VP: Qual piada? O Velopata não brinca com coisas sérias.

PM: Bem, trato-o apenas por Velopata. Olhe, sabe que nestes grandes conglomerados internacionais de fabrico de brinquedos estamos sempre atentos às novidades e oportunidades que o mercado possa trazer. Está-me a acompanhar?

VP: Mais ou menos, sim.

PM: Mais ou menos?

VP: É que ele estava a meio de um rolo de intervalos… Dê-lhe tempo para o cérebro começar a ser oxigenado corretamente.

PM: Ah, pois claro, eu é que peço desculpa. Com certeza também sabe que a internet tem sido uma preciosa ferramenta na procura desses mesmos novos mercados, particularmente quando atentamos a esta era das redes sociais. E um tema que sensibilizou bastante toda a comunidade Playmobil, foram as indignações.

VP: Sério?

PM: Sim, as indignações são um óptimo ponto de partida para o desenho de novos brinquedos, capazes de promover ainda mais as faculdades cognitivas e motoras das nossas crianças, aliando a estas um carácter educativo, sem não esqueçer o humor que um adulto pode retirar dos nossos itens.

VP: Isso é realmente tudo muito bonito mas ele estava mesmo aqui a fazer um rolo e… Ele pode perguntar uma coisa?

PM: Diga Senhor Velopata.

VP: Senhor só há um. Está no céu e chama-se Joaquim Agostinho.

PM: Pois claro, peço desculpa. Qual era a sua questão?

VP: Você quer vender bonécada?

PM: Não, caro Velopata, não lhe queremos vender nada, muito pelo contrário.

VP: Como assim?

PM: Sabia que por entre os colaboradores da Playmobil, muitos há que acreditam ser a bicicleta o melhor meio de transporte jamais inventado para as suas deslocações diárias?

VP: Mas há outro modo?

PM: Claro que não, nem esperava outra resposta da sua parte. Acontece que aqui há umas semanas atrás, alguns dos nossos colaboradores holandeses e dinamarqueses descobriram uma pérola da literatura portuguesa.

VP: Que pérola? Que literatura? Tipo Gustavo Santos?

PM: Um excelente texto dedicado à pobreza infantil e a uma pobre mãe cuja única opção para manter o seu filho na escola é levá-lo lá na sua bicicleta de supermercado, atravessando a cidade sobre um intenso temporal.

VP: Epá… O Velopata conhece esse texto… Mas aquilo não é bem literatura. É mais o que acontece quando se tem muito tempo livre ao PC e se é um jerico preconceituoso e talvez até Editor de um tal jornal, que por óbvias possíveis futuras represálias o Velopata não vai aqui divulgar o nome mas, deixa-lhe a dica… As iniciais desse jornal são J e N. Foi a conjugação de factores óptima para a tempestade perfeita… Só podia dar merda.

PM: Er…Eh… Pois então decerto concordará com os marketing experts dos brinquedos da Playmobil quando viram ali uma óptima oportunidade de criar um novo item?

VP: Mas… Olhe lá… Você quer vender bonécada ou não? É que ele estava a meio de um rolo…

PM: Não Senhor Velopata, o que a Playmobil deseja é que aceite uma prenda em nome de todos os que diariamente combatem o jugo opressor do tirano enlatado.

VP: Eh lá, você estudou bem a lição. Isso até parece que foi escrito pelo Velopata!

PM: Queremos que seja o primeiro a receber o nosso novo brinquedo, o conjunto da mãe pobre e o petiz sub-nutrido, ao qual orgulhosamente decidimos chamar de Aquele Embrulho Azul.

VP: Sério?

PM: Queremos também que dê a conhecer ao mundo que não mais os brinquedos educativos e promotores das capacidades cognitivas e físicas dos petizes que são a Playmobil, serão fabricados em plástico poluidor porque parece que faz mal à bicharada do mar. Sabia que também as tartaruguinhas fofinhas parece que andam para lá a aparecer mortas, cheias de plástico a ofuscar os estômagos? A Playmobil quer contribuír, como quem contribui mesmo.

VP: Não me diga que as vão fabricar em…

PM: Isso mesmo Velopata!

VP: Carbono?!?!

PM: De alto módulo.

VP: Brutal! Desta nem o Velopata se lembrava.

PM: Nem mais, Velopata. De hoje em diante, conscientes do importante papel que tem para com o futuro das vindouras gerações, não mais a Playmobil fabricará uma peça que seja em vil plástico. De hoje em diante trabalharemos única e exclusivamente a fibra de carbono de alto módulo.

VP: Isso são realmente óptimas notícias. O mundo é agora um lugar melhor!

PM: E só melhorará quando o Velopata escrever uma das suas notórias crónicas, espalhando pelo mundo a boa nova.

VP: Mas que honra lhe haveis dado. Porque escolheram o Velopata entre tantos outros bloggers na atmosfera internética?

PM: Ora essa, nós aqui na Playmobil somos todos grandes fãs do Velopata. Não perdemos uma publicação.

VP: Sério?

PM: Sim. Quer dizer, mais ou menos. Na nossa principal fábrica do Bangladesh é que tem muitos fãs. Os nossos escr… Colaboradores recorrem muito à bicicleta nas 8 horas semanais em que têm o direito de saír da linha de produção e visitar as mulheres, filhos e famílias.

VP: É o que se quer de cidadãos conscientes.

PM: Claro, e nós na Playmobil queremos adoptar essa estratégia sustentável e amiga do ambiente.

VP: Olhe, se ele não tem de pagar nada, mande lá a bonécada que o Velopata vê o que pode escrever… É que ele estava aqui mesmo a meio de um rolo…

PM: Com todo o prazer Senhor Velopata. Indique-me só a sua morada então.

VP: Ele pode só fazer uma pergunta? Esta é daquelas metafísicas que apoquentam a alma velopática há décadas.

PM: Diga.

VP: No plural é playmobils ou playmobis ou playmobiles? Como é que se diz?

 

No dia seguinte, o Velopata recebeu a encomenda.

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A Playmobil ganhou.

No momento em que pegamos na caixa, imediatamente nos apercebemos que estamos na presença de um conjunto de bonecos que rapidamente se tornará icónico e intemporal, marcando toda uma geração de miudagem nos quatro cantos que o planeta não tem porque é assim, meio oval.

A caixa parece produzida com uma péssima qualidade de cartão, quase podendo-se escrever que o toque lembra o mesmo tipo de cartão mal reciclado com que um sem-abrigo se cobre nas noites frias. Tem até um je ne sais quois olfactivo a bedúm de muitas vidas sem um único banho.

E o que escrever sobre os bonecos?

A Playmobil esmerou-se.

As bicicletas.

A Playmobil sabe; o modelo de velocípede representado remete-nos logo para um hipermercado qualquer com bicicletas perdidas entre vinhos empacotados e a secção dos tamparoéres. Até pequenos pedaços de ferrugem foram adiccionados à cassete, desviadores e corrente da bicicletinha, transmitindo aquele visual mesmo à pobre.

E o que dizer do atrelado onde a criança se faz transportar?

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O próprio equilíbrio do reboque é difícil, sentimos que a ser real, era algo que até Lorde Peter Sagan hesitaria montar. Tem um aspecto tão pobre, que dir-se-ia ter sido encontrado na praia, arrastado pelas correntes oceânicas durante milhares de quilómetros, proveniente do terramoto, tsunami e consequente holocausto nuclear em Fukushima. Pode também ter sido comprado em quinquagésima sétima oitava mão, encontrado junto de um contentor do lixo de um bairro rico, ou pior… Roubado. Aqui as possibilidades são infinitas e dependerá apenas da magia que o progenitor adulto queira partilhar nas brincadeiras com a sua cria.

Porque pobre lá tem dinheiro para comprar reboques.

Garantindo o realismo, este é bem patente quando olhamos à lupa os bonecos mãe e filho.

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O primeiro destaque é a ausência de capacete.

Pobre lá tem dinheiro para comprar capacetes.

em antes que venham já daí os Ofendidos do Capacete indignados em monte, lembrem-se que o Velopata é um acérrimo defensor de equipamentos e utensílios não trazerem consigo etiquetas com regras básicas como esta cápsula de Tide não é para comer. Deixem as etiquetas e rótulos em paz, a seleção natural seguirá o seu curso.

Os cabelos desgrenhados, aquele aspecto lambido e escorregadio de tanto sebo, sorriso castanho e amarelado de dentes que já não sabem o que é uma escovadela há meses, roupas amarrotadas, demodé, velhas (não é vintage, são velhas mesmo!), e com aspecto de já terem proporcionado barrigadas às traças do armário que nem deve ser do IKEA, a cereja no topo do bolo são mesmo as marcas nos pulsos do pobre petiz e desgraçada mãe.

Nos pulsos do petiz encontramos o que só podem ser pequenas marcas de cortes e arranhões que a nutricionalmente deficitária criança produz sobre ela própria, numa tentativa de eliminar a dor psicológica ao somatizar as constantes experiências de bullying e coiso, lá na escola.

A mãe também apresenta as mesmas marcas nos pulsos, com a diferença que traz duas variedades; à semelhança do infeliz filho, a caída em desgraça mãe também já tentou o suicídio mas traz adiccionalmente pequenas marcas de seringas e veias desgastadas – é claro que a mãe é tóxcóindependente. O ligeiro tom amarelado que a pele da mãe boneca denota, juntamente com as bochechas naquele tom mais rosado, são claramente sintomas de problemas ao nível do fígado, talvez uma ou duas cirroses, fruto dos muitos anos de alcoolémia.

Para completar a miséria, a Playmobil teve o brilhante cuidado de não incluír o pai nesta caixa.

Até porque o paradeiro do presumível pai é desconhecido, também ele alcoólatra e tóxcóindependente, abandonou à sua sorte a mãe e o pequeno petiz ao fugir com uma meretriz brasileira, descobrindo, meses depois, que a referida meretriz afinal tinha sido um moço há algumas vidas atrás, tendo descoberto tal através de um antigo cartão de cidadão onde aparecia o nome da meretriz – chamava-se Vanderlei. Porque para pobre, uma desgraça nunca vem só. E lá está, tudo depende da magia que o progenitor queira partilhar nas brincadeiras com a sua cria.

Com as peças todas montadas, o Velopata remexeu o conteúdo da embalagem enquanto o Velopatazinho já se deliciava com esta, fazendo aquilo que mais gosta de fazer… Enfiar-lhe os dentes.

Eis que o Velopata descobre o que só pode ser o ex-libris desta nova criação da Playmobil.

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O livro de cheques da Segurança Social.

Ou o aviso de despejo.

Ou as últimas análises ao estado da doença sexualmente transmissível da qual a mãe padece.

Mais uma vez as possibilidades de brincadeira entre progenitor e cria são infinitas. O limite é o céu.

Com tudo isto em mente, uma questão ocorreu ao Velopata.

Quanto custava, em eirios, um Playmobil?

Salvando a caixa dos poderosos dois dentes do Velopatazinho, o Velopata procurou o preço.

419,99 eirios.

Aquilo estaria correto? Teria a felicidade ante tantas honras e tão ilustre boneco, toldado a visão velopática?

Quatrocentos e dezanove vírgula noventa e nove euros por dois bonecos, uma bicicleta e um reboque pareceu muita fruta ao Velopata.

As dúvidas foram desfeitas mediante o principal teste que aguardava os bonecos – o manuseamento pelo Velopatazinho.

Não há duvida que os engenheiros aeroespaciais de Playmobil conseguiram desenvolver uma nova fibra de carbono HMF Factcoiso Smartweld Nano Ballistek capaz de suportar tudo, inclusivé a poderosa força bi-mandibular do Velopatazinho que fez o que ele melhor faz… Enfiou-lhe os dentes.

Muitos amigos velopáticos já fizeram a clássica piada do facto do Velopata passar efetivamente muitas horas no alcatrão, longe de casa, deixando a Srª Velopata sozinha – claro está que a piada é se o Velopata tem a certeza que o Velopatazinho é seu.

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Imagem captada colocando em risco a integridade física da câmera bem como do próprio Velopata, arriscando ambos os dois um ferrar daquela poderosa bi-mandíbula.

Verdade seja escrita, como o Velopata também já duvidou…

Zombie.

A não ser seu, o que o Velopatazinho parece é ser filho de um zombie.

Se existe, então é para morder, parece ser o seu mote de vida.

Se o carbono de alto módulo suportou com distinção o teste da rigidez, não aparentando nenhuma marca depois da poderosa dentada bicúspida velopatazínhica, o que dizer da aerodinâmica de todo o conjunto?

Com base em avançados estudos no túnel de vento, a Playmobil diz ter conseguido reduzir o arrasto termodinâmico pneumático e coiso dos bonecos, conseguindo agora projectarem-se estes a distâncias maiores.

Que é outra das capacidades na qual o Velopatazinho se excede.

O lançamento de bonecos por parte das crias com distâncias cada vez maiores percorridas pelos progenitores para apanhar e devolver os bonecos às crias, que todas felizes o arremessam novamente para longe, parece ter sido o lema da Playmobil, satisfazendo as necessidades cada vez mais importantes, de ginástica e exercício por parte dos progenitores.

Nesse campo, o carbono de alto módulo HMF Factcoiso Smartweld Nano Ballistek, voltou a exceder as expectativas, não se escavacando nenhum boneco no decurso das suas muitas viagens aéreas proporcionadas pelo Velopatazinho.

Sumarizando, o Velopata dá os mais sentidos parabéns à Playmobil.

Conseguiram uma peça que capta toda a essência do que é um ciclista na cidade, passível de transmissão de geração em geração ao satisfazer as delícias dos miúdos ricos (o Velopata não está a ver como vai um pobre comprar bonecos a quatrocentos e dezanove vírgula noventa e nove euros), podendo também satisfazer os caprichos de colecionadores adultos, particularmente se forem asnos preconceituosos directores e editores e coisos de jornais cujas iniciais são J e N.

Para as crianças e petizes ainda dá tempo. Tentar mudar mentalidades e conceitos sociais deve começar pelas crianças. Os McDonald´s & Cia. já perceberam isso há muito tempo atrás, só faz sentido, se queremos cidadãos ambientalmente conscientes, que façamos o mesmo em relação à bicicleta (aproveitando claro para enviar os McDonald´s & Cia. para onde o Sol não brilha).

E como o Velopata tem sofrido na incansável demanda por brinquedos e bonecos e coiso para o Velopatazinho, que não assentem nesta premissa de adoração blasfémica pelo autom… Ca… Car… Enlatado.

Para jericos preconceituosos editores e directores de jornais que descarregam qualquer diarreia mental que lhes acometa na atmosfera jornalóinternética, o Velopata recomenda a participação num vídeo filmado com smartphone, onde meia dúzia de ciclistas urbanos lhe afiambram umas bordoadas lombares com espigões de selim de carbono de alto módulo. Nada que magoasse muito, só mesmo a cena da humilhação pública e algo que lhe ficasse na mente (e corpo), numa espécie de Inception velocipédico, onde a ideia a transmitir seria HÁ POR AÍ PESSOAS AMBIENTALMENTE CONSCIENTES QUE OPTAM PELA BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE, Ó PALHAÇO! POBRE ÉS TU… E É DE ESPÍRITO!

E tudo isto com um simples vislumbre de uma mãe a levar o seu filho à escola de bicicleta.

O pior é que… Infelizmente… É verdade.

O Velopata sente isso no carbono, alumínio, aço e pele, diariamente.

A grande maioria das interacções com enlatados começam sempre com aquele tratamento ao Velopata como se ele fosse pobre, bêbado ou tóxcóindependente. E se dúvidas existem na mente do mui estimado leitor quanto a este facto, lembre-se que já por muitas vezes o Velopata, vestido à civil e fazendo o seu commutecoiso, sobreviveu a tentativas de atropelo por parte de enlatados… Com bicicletas no tejadilho.

OK, ele sabe que piercings e tatuagens não são efetivamente abonatórios, mas vai na volta e mesmo por isso, isto tudo se resume ao mesmo – parece que já todos nos esquecemos do antigo dizer as aparências iludem.

De uma coisa o Velopata tem a certeza. Aquela mãe o seu pequeno petiz embrulho azul, são mais homens e mais rijos que aquele jerico editor.

E pode ser que com esta nova invenção playmobilesca, se comecem as mudar mentalidades e conceitos nos nossos pequenos rebentos.

Se este humilde texto velopático chegar aos olhos desse famigerado jerico preconceituoso editor do tal jornal cujas iniciais são J e N, uma só coisa resta ao Velopata dizer… Nunca a expressão embrulha e vai buscar fez tanto sentido.

 

Abraços velocipédicos,

Velopata

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