Se há por aí quem se queixe das alterações climáticas, um grupo há de semi-humanos, quais encarnações de deuses somalis, etíopes e de outros países africanos onde se passa muita larica, que só têm a agradecer a Trumps e Companhias Lda., por esta dádiva da humanidade que é o excesso de CO2 e demais poluentes na atmosfera.
É que até dá vontade de ir a correr (algo que o Velopata não pode fazer, caso contrário vêm logo as Testemunhas de Batráquio questionar se o Velopata também está a coaxar e tal e coiso e que Batraquiar, ou mesmo Triatletar, é muito mais que…), comprar um enlatado e ligá-lo no parque de estancionamento só para saber que estamos a cumprir com a nossa parte e a tornar os meses de Inverno um mimo para o amador pelotão velocipédico.
É que este calorzinho outonal soube mesmo bem.
OK, a parte dos incêndios é um bocado chata mas que pode um país fazer ante devastadores incêndios no Verão e enchentes pluviais no Inverno? Como pode alguém preparar-se para acontecimentos tão inesperados como estes? Ainda se fosse ao contrário, inundações de Verão e incêndios no Inverno, isso sim faria sentido e qualquer sociedade civilizada encontra-se actualmente precavida para a ocorrência de tais intempéries. Mas que poderá um Comandante Supremo Tenente-General Maior e coiso da Proteção Civil, licenciado em Engenharia da Linguagem e do Conhecimento (este curso existe mesmo!), mestrado em Jobs for the Bois e com um doutoramento Honoris Cunha, fazer?
Infelizmente a parte realmente muito chata no meio disto tudo é mesmo a escassez de água, algo que também deixa um Velopata estupefacto pois em todos os finais de inverno/inícios de primavera, ouvimos os responsáveis da coisa afirmar que todas as barragens, rios, açudes e por aí fora se encontram cheios à capacidade máxima.
4 meses depois e está tudo de língua de fora, implorando por uma chuvinha, nem que seja só daquela que molha ciclistas que não sejam belgas.
Verdade é que sem água torna-se complicado pedalar, primeiro porque a bela da H2O é um ingrediente mais que necessário às complicadas reacções musculares que permitem às pernas trabalhar que nem pistons, depois porque na escassez de água, que raio podemos levar nos bidons?
Vinho?
Tinto, verde, branco ou rosé?
Lambrusco?
Qual a casta que terá melhor relação FTPmáxima – Anaerobiose do Lactato?
E é com estes e outros assuntos que o Velopata fica sem pregar olho à noite.
JERSEY PAPA-QUILÓMETROS
1º José Pais – 1812,2 km
2º Pata Negra – 1743,4 km
3º Luís Abrantes – 1602,3 km
“Indo eu, indo eu,
A caminho de Biseu,
Encontrei os Reais Distribuidores de Carochas,
Ai Agostinho que lá vou eu!”
Se a letra da célebre popular música infantil não é assim, é porque o seu desconhecido autor nunca foi curador de um clube do Strava onde por lá habitem estes destruidores de pernas biseuenses.
No mês que à partida se revelava complicado para esta troupe, dada a realização da Odisseia Algarvia e a quilometragem que Velopata & Cia. iriam embutir nas pernas, os moços não se fizeram de rogados e toca de lançar carochas atrás de carochas sobre os restantes membros da nossa mui amada Divisão Velopata.
Ou seja, mais do mesmo que o Velopata tem ouvisto nos meses anteriores.
Este é, de acordo com depoimentos recolhidos pelo Velopata junto dos próprios, outro dos problemas da actual crise das alterações climáticas a fazer surtir o seu efeito sobre o nosso clube; uma vez que o Inverno parece não chegar a este cantinho europeu à beira-mar plantado e não ocorrem borrascas lá no estrangeiro do norte do país que mantenham estes carocheiros fechados em casa. Resta pois saber se Novembro e Dezembro trarão consigo uma fresquinha chuvinha que permita que outros membros do velopático clube se lançem ao ataque, mostrando aos biseuenses o quão difícil é engolir carochas. Daquelas bem grandes e gordas.
Existe ainda uma correlação entre a escassez de água que ocorre sobre Biseu e concelhos envolventes, bem como a quantidade de quilómetros que esta marafada troupe pratica. A bom ver velopático, a quantidade de água que esta malta adjudica aos seus bidons durante a prática dos seus excessos velocipédicos, está claramente a prejudicar agricultura e escravização animal (também conhecida como pecuária), logo, as notícias que correm pelos telejornais deste país sobre a escassez hídrica em Biseu pode muito bem tornar-se uma aliada da restante maralha da Divisão Velopata, mas para tal teremos de aguardar e assistir à reacção dos campeões biseuenses a estas hídricas questões e que castas irão escolher para levar nos seus bidons. Quiça, se não poderão ainda recorrer a cevada fermentada? Quanto a esta última opção hídrica, podem sempre questionar Rui Miguel Rosa, um dos mafarricos olhanenses da Divisão Velopata que, segundo rezam as lendas, carrega cerveja nos seus bidons.
Apesar de não marcarem presença no pódio velopático, o destaque do mês vai para os membros Falso Lento e Calhau Rolante, por terem atingido a glória e o nirvana velocipédico ao completar a Odisseia Algarvia de 2017. Com certeza o Velopata escreve em nome de todos os membros do clube quando congratula ambos os dois companheiros do pedal por tamanho feito.

JERSEY CARAPAU DE CORRIDA
1º Pro Ressabiado – 31,8 km/h
2º Mini Pro Ressabiado – 31,7 km/h
3º Moço do Treco – 31,5 km/h
Só uma questão percorre a mente velopática no que a esta classificação diz respeito…
Esta malta tem pré-época?
Pós-época?
Nem que seja por uma única voltinha, estes moços não serão capazes de dar um descanso às suas pobres montadas, disfrutando de uma volta de bicicleta apenas pelo simples prazer de rodar pernas, carbono e pedais, apreciando a bela paisagem serrana algarvia e aquele fofinho som do pineu a deslizar sobre o alcatrão?
Sempre preocupado com o bem-estar e nível de ressabianço dos seus camaradas do pedal, o Velopata tem até preparada uma piquena surpresa para os mafarricos ressabiantes que marquem presença nas fileiras velopáticas durante o Velopasseiosummitcoiso mas, terão de aguardar desenvolvimentos e refrear o suspense.
Aliás, essa e outras surpresas aguardam quem se junte ao Velopata para esse passeio, sendo uma delas; e é uma parceria que o Velopata anuncia aqui em primeira manápula, a presença de um enlatado com os logotipos da empresa de segurança do espectacular estabelecimento de diversão noturna que é o Urban Beach, para protecção dos ciclistas presentes. O Velopata tem assim a absoluta certeza que não haverá enlatado opressor que não respeite a horda velopática nesse mui aguardado dia.
JERSEY CABRA DA MONTANHA
1º José Pais – 27278 m
2º Luís Abrantes – 20752 m
3º Marc Gomes – 18859 m
Mesmo com a mítica Torre no alto da nossa destruidora-de-egos-e-pernas querida Serra da Estrela fora da equação velocipédica, dada a variabilidade climatérica que por lá pode ocorrer durante estes meses, mais uma vez temos como líderes montanheiros os Reais Distribuidores de Carochas Biseuenses, José Pais e Luís Abrantes (alguém pode ter o obséquio de enviar ao Velopata o cognome velocipédico destas duas máquinas?).
Muito sangue, súor, lágrimas, baba e ranho deve ter expelido Marc Gomes para se poder posicionar no terceiro lugar do pódio este mês… Com tanto CO2 expelido na tentativa de chegar a este honroso terceiro lugar, o Velopata deixa aqui um aviso ao moço para que tome cautelas quantos às suas emissões de gases com efeito de estufa, não vá o Governo decidir começar a taxá-lo com um imposto qualquer.
JERSEY ALUCINADO DIÁRIO
1º Carlos Aboim – 46 voltas
2º Placas – 40 voltas
3º Virgem do Malhão – 37 voltas
Após 3 meses a cumprir um interregno brexitiano eis que Carlos Aboim regressa à liderança dos membros do clube que até têm alguma preocupação com as alterações climáticas e não usam a bicicleta apenas como ferramenta para a prática desportiva de baixa competição mas também para a principal razão com a qual os deuses nos presentearam esta maravilhosa peça de engenharia; o meio de transporte mais eficaz que a humanidade já viu.
Destaque ainda para o terceiro lugar conseguido pelo Virgem do Malhão que, espera o Velopata, possa brevemente combinar uma sofredora visita a esse mítico local da Volta ao Algarve, perdendo assim os três.
Não sejam ordinários.
Quando o Velopata escreve que o moço vai perder os 3, ele óbviamente refere-se aos 3 itens-chave velocipédicos; ego, pernas e amor-próprio (ou a falta de).
JERSEY MELHOR BATRÁQUIO
1º O Grande Batráquio – 1248,3 km
2º João Pedro Oliveira – 896,8 km
3º Jorge Gaspar – 878,8 km
Após um mês de hibernação, como tantas outras espécies anfíbias o fazem, o nenúfar foi atacado forte e feio por O Grande Batráquio que voltou a mostrar todo o verdadeiro poder do seu coaxar.
Mas neste pantanoso meandro que é a jersey Batráquia, o Velopata sabe que uma sombra anfíbia paira sobre o charco, sombra essa que responde sob o nome de Madalena Fontinhas, uma máquina batráquia oriunda da capital lisboeta que promete trazer o ressabio e o capacete fullaerocoiso não só até ao nenúfar mas, como o querido leitor verá, junto da salutar competição entre as fêmeas do grupo.
Competição feminina que poderia ser muito mais que… Se envolvesse lama e biquinis envolvidos… Lá está, não se pode ter tudo.

JERSEY LANTERNA VERMELHA
LTD Correia – 13,2 km
Alguém pode avisar este moço que deve aceitar o pedido de follow que o heteromónimocoiso do Velopata lhe fez no Strava?
É que a todo o custo o Velopata tenta perceber como é possível alguém pedalar apenas uns míseros 13,2 quilómetros durante um inteiro mês de 31 dias, feriados incluídos e tudo.
Será o moço dono de uma Specialicoiso? Uma Canyoncoiso? Outras explicações não ocorrem ao Velopata mas, sendo esse o caso, até é compreensível; se também o Velopata se visse detentor de uma bicheza destas, não teria lá muita vontade de ser visto a pedalar públicamente em tão ignóbil montada.
JERSEY MELHOR MACHO RESSABIADO
1º José Pais
2º Luís Abrantes
3º Marc Gomes
Mais do mesmo.
É justo e pouco mais há a escrever sobre estes três campeões.
JERSEY MELHOR FÊMEA RESSABIADA
1ª Lioness of Porches
2ª Madalena Fontinhas
3ª Verónica Fernandes
Eis que chegamos à categoria mais apreciada, quer pelo Velopata, quer pelos restantes membros ressabiado-badalhoco-depravados da Divisão Velopata.
A categoria das babes.
Este foi um mês cheio de actividade no que às fêmeas diz respeito, fruto das novas aquisições para o clube; como foi o caso de Ana Rock (uma autêntica rock a subir), a Aprendiz de Ressabiada (Cátia Neto, ainda maçarica nestas andanças e cheia de vontade de querer ressabiar), Pantanivodka Girl (presença habitual nas voltas das Cíclicas, uma ucraniana de rija cepa que faz subidas como mais nenhum marafado faz – a segurar nos drops!), e a já referida Madalena Fontinhas que promete trazer um valor acrescentado de ressabio.
O Velopata aproveita ainda para partilhar aqui a notícia da sua intenção de engrossar as fileiras femininas do clube com nada mais, nada menos, que a Boss Lady (Marlene Costa), e a que seria sem dúvida uma aquisição fenomenal, a Big Boss Lady (Celina Carpinteiro). Certeza tem o Velopata que com estas duas aquisições de peso, muitas mais fêmeas se juntarão à nobre causa velopática.
Do ponto de vista da pedalada, este foi um mês onde a sempre mui afável Lioness of Porches pode ainda gozar de alguma liberdade velocipédica pois os calcanhares dos seus sapatos de encaixe parecem estar a ser seguidos bem de perto pela roda da já referida Madalena Fontinhas (lama, biquinis e uma câmera de vídeo, por favor!).
Destaque para as campeãs Verónica Fernandes e a não presente no pódio Vanessa Sofia (alcunhas ainda não disponíveis), por mais uma vez encherem a casa de canecos das competições de Bêtêtê onde participam.

Assim terminamos mais um mês de desvario velocipédico por esse mundo que é o Strava e o nosso querido clube Divisão Velopata.
Não esquecer que se encontra a votação a data ideal para a realização do Velopasseiosummitcoiso 2017, devendo cumprir o vosso dever cívicovelocipédico aqui.
Como sempre, poderão enviar sugestões, reclamações e rasgados elogios ao Velopata através do mail:
elenãovenceunadaestemêsporqueseesbardalhoutodo@velopata4presidentmail.com
Abraços velocipédicos,
Velopata
Complicado e seguir o encadeamento do raciocinio!!!! E que ja nao e so o post em si que tem quilometros. As referencias a gente desconhecida e alcunhada torna tudo ainda mais abstracto. Mas pronto, coiso e tal (como tu dizes)… Cumprimentos a familia. Espero que o puto esteja bem, um abraco!
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