Dezembro já se vislumbra no horizonte trazendo consigo o final de mais um ano velocipédico que, para alguns dos atletas de baixa competição seguidores deste espaço velointernético, se traduz no pós-época. Para outros, nomeadamente os mais acérrimos defensores do ressabianço, esse mesmo mês marca o arranque da sua pré-época. Mas outros há ainda, como é o caso do Velopata, onde Dezembro marca o arranque da época de engorda, dado o número de jantaradas, festas e afins que se praticam.
Com certeza será do conhecimento dos milhares de milhões de mais atentos leitores das publicações deste vosso companheiro, palhaço e amigo deste duro circo que é a vida do pedal, o Velopata prepara uma ultra-mega-hiper-giga Gala de Fim de Ano, na qual serão entregues os tão almejados e arduamente batalhados prémios respeitantes ao nosso mui amado clube do Strava, a Divisão Velopata.
Mas em antes que o Velopata explique o motivo pelo qual vem hoje até vós, ele necessita que o mui querido leitor veja, com olhos de ver e a devida atenção, a imagem abaixo;
Infelizmente, a imagem acima é representativa de uma das inevitáveis leis da tradição velocipédica amadora; organiza-se uma volta na qual todos os mafarricos do Universo Conhecido e arredores estão interessados e ávidos de participar para, chegando a hora de dar ao pedal, seja no alcatrão ou nos single traques, não aparece ninguém.
Substituam-se as palavras “volta” por “jantarada” e o leitor fica com uma ideia do que apoquenta o Velopata; medo, cagufa e miáufes.
O Velopata hesita, como quem hesita mesmo, pois o que promete ser uma mega-hiper-giga-ultra jantarada num restaurante todo supimpa pode rapidamente transformar-se numa tragicomédia grega, onde fica o Velopata sozinho e com aquela face de meio urso, meio jerico, olhando para o infinito e questionando-se porque razão ainda se deu ao trabalho. Notem que o Velopata sozinho ou acompanhado de 5 ou 6 mafarricos vai dar no mesmo. É frustante q.b..
E foi então que mais uma daquelas ideias que levam a Srª Velopata a questionar-se porque razão ela o atura já lá vão uns bons 12 anos, acometeu o cérebro velopático; porque não organizar um evento semelhante ao da moda, mas sem a parte fascizóide da exploração de voluntários – um Velopasseiosummitcoiso? Mas sem o Summit claro, caso contrário a malta vem mandar vir com o Velopata e a sua obsessão por montanhas.
Pois é caros compinchas do pedal, o Velopata está a convidar toda a maralha do seu Universo Velocipédico Conhecido a juntar-se a ele para uma volta da socialite, onde o objectivo é única e simplesmente a confraternização, amena cavaqueira e galhofa, no entanto, conhecendo os desvarios de toda esta troupe, podem e serão admitidas algumas doses de ressabio.
Este será um ajuntamento de licra e carbono aberto a todos os que queiram participar, podendo trazer seja que tipo de bicicletas vos aprouver com apenas uma ressalva; quem não se faça munir de uma bicicleta de estrada, terá certamente o dobro da diversão.
Mas vamos então ao que interessa. Em que consiste este Velopasseiosummitcoiso?
O percurso, espectacularmente pensado e desenhado pelo Velopata, pode ser consultado e descarregado em GPX, TCX ou coiso, aqui.
Pontos de interesse/Locais de passagem:
– Partida dessa espectacular obra de dinheiros públicos e utilidade que é o Estádio do Algarve.
– Santa Bárbara de Nexe.
– MARF (Passagem em frente ao Mercado Abastecedor da Região de Faro onde poderão aproveitar para comprar legumes fresquinhos e saudáveis desde que não se demorem).
– São Brás de Alportel
– N2 (a troupe percorrerá uma parte da mítica estrada nacional).
– Barranco do Velho (esse local que à semelhança de Roma, todos os alcatrões parecem ir lá ter).
– N124 (mais bonita que a conterrânea N125 e com menor número de enlatados selvagens).
– Alte (com paragem mais que obrigatória no Germano Biciarte Café).
– São Bartolomeu de Messines (só passamos na rotunda mesmo, nem chegamos a ir lá).
– Purgatório (aqui já o deverá ser para alguns).
– Paderne (vila que foi candidata a mais coiso de Portugal no pugrama da RTP).
– Boliqueime (terra do nosso querido ex-líder Múmia Fascizóide).
– Loulé (é obrigatória a passagem por esta cidade que respira ciclismo).
– Santa Bárbara de Nexe (realmente também não passamos lá, é só mesmo na periferia).
– Regresso ao Estádio do Algarve porque já tínhamos saudades de ver o quão bem aplicado é o dinheiro dos contribuintes.

Distância: 105 km
Acumulado: 1600 m

Ponto de Encontro da Horda Velopática: Estádio do Algarve.
Horários: 08:30 será a partida do Estádio, estando o regresso previsto que ocorra por volta das 13 horas.
Notas:
– Esta não é uma volta de teor ressabiante/competição. Cada atleta de baixa competição deverá ser responsável pela saúde do mesmo e da sua bicicleta, não existindo portantos nenhum seguro associado.
– Respeitar o Código da Estrada.
– Trazer câmeras Go Pro e outras chinesices semelhantes pois como sabem o Velopata faz sempre questão de registar estes momentos para a posteridade (admitam lá que estão desejosos de ser as estrelas velocipédicas de um dos espectaculares vídeos velopáticos!).
– Não será necessário trazer as melhores pernas, importante é mesmo trazer boa disposição.
“Ó Velopata, isso é tudo muito bonito, o passeio promete ser muito giro mas ainda não disseste o mais importante, quando é isso?” – questionará o sempre querido e atento leitor.
E é aqui que a corrente salta do prato.
De modo a garantir o máximo de presenças, o Velopata lança no seu Facebook (se ainda não foram lá e fizeram Like, deviam praticar uma auto-punição com recurso a um espigão de carbono de alto módulo no lombo), uma votação para auxiliar todos a escolher a data mais jeitosa, mas desde já o Velopata adianta que estão a votação as duas seguintes datas; os dias 02 e 03 de Dezembro (Sábado e Domingo), de 2017.
Resta ao Velopata aguardar a vossa decisão que, espera ele, não se faça tardar.
As votações encontrar-se-ão abertas até ao final da próxima semana, dia 17 de Novembro, no qual o Velopata encerrará a urna cibernáutica e criará o evento com a data mais votada.
E de uma coisa podem ter a certeza, a vossa participação neste passeio será um reflexo que ditará se o Velopata deverá organizar (ou não), a tal mega-ultra-hiper-giga jantarada em Janeiro de 2018.
Alguma dúvida que tenham podem sempre contactar o Velopata pelos canais habituais.
O pedal está do vosso lado.
PS velopático: Como será óbvio, todas estas maquinações, planos e coiso estão sujeitos a aprovação do nosso mui querido amigo e padroeiro metereológico São Pedro. Toca a acender esses incensos e velinhas de soja, seitan e tofu!
Abraços velocipédicos,
Velopata
brilhante ideia. participarei com todo o gosto.
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Assim é que é!
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