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Velopata e a sua Estrela Vermelha já contam as horas, minutos e segundos para se lançarem no alcatrão, calcorreando o total de 508,5 quilómetros e 7062 metros de desnível positivo acumulado, que os aguarda este domingo.
Mas se o querido leitor pensa que a Odisseia Algarvia do presente ano será um festival de sofrimento e tortura a ser experienciado única e exclusivamente pelo Velopata, engana-se. Ao contrária da transacta edição, Falso Lento, Pata Negra e imagine-se; um emigrante portuga a viver na terra do chocolate, canivetes multi-funções e queijo com buracos, o adepto das duas rodas sem motor com provas já mais que dadas na Divisão Velopata, o Calhau Rolante, cedo se apressaram a juntar-se ao Velopata no que promete ser A Mãe de Todos os Empenos.
Após o percurso delineado e a principal logística pensada, o Velopata pensou, voltou a pensar, depois pensou ainda mais, como quem pensa mesmo, chegando a uma conclusão – há por aí muito ressabiado enlicrado cuja goela passa cheques que as pernas não conseguem pagar.
O nível de adesão ao desafio foi pior do que se ficasse abaixo das expectativas, no entanto, tendo em conta o célebre ditado popular “só faz falta quem cá está”, Velopata e restante companhia lançar-se-ão à estrada certos de que farão uma verdadeira Volta ao Algarve e com um único objectivo em mente – terminar todo o percurso em menos de 24 horas.
Postos estes termos, se o querido leitor pensa que não vai ainda ouvir poucas e boas do Velopata nas próximas publicações, então é porque ainda desconhece as capacidades do ressabio velopático.
Para evitar dissabores e alguma supresa desagradável à hora da partida, o Velopata decidiu, apesar da já referida fraquíssima adesão, publicitar neste seu espaço internético, as poucas alterações que a Odisseia sofreu nestes últimos dias.
A primeira alteração prende-se com o local de partida, que passou a ser a loja no Centro do Universo Conhecido Velopático, ou seja, na G-Ride Concept Bike Store em Faro.
A partida para tão maravilhoso empeno será dada entre as 05:30 e as 05:45 da madrugada de Domingo, 08 de Outubro de 2017.
O percurso manter-se-á idêntico ao original com uma pequena ressalva. Já perto do final, o acesso a Silves não será feito a partir de Portimão e da famigerada estrada que segue a partir do Porto de Lagos, mas sim a partir de Lagoa, junto aos semáforos do recinto da FATACIL, onde a sobrevivente horda velopática sairá da N125, embrenhando-se novamente nos caminhos da querida Serra Algarvia.
A quem interessar, o percurso pode ser consultado aqui.
Como notificado, o evento conta com o imprescindível e valioso apoio da G-Ride, na forma de um enlatado que seguirá o grupo com nada mais, nada menos, que o próprio Gil a bordo, para auxiliar no que der e vier. Tal significa que podem sempre levar um conjunto de pernas suplentes.
Um evento desta magnitude não poderá ser realizado sem algumas paragens aqui e ali, sendo que estas se mantêm;
- Vila Real de Santo António; paragem apenas para fotos, selfies e coiso.
- Alcoutim; primeira paragem para chop-chop a sério.
- Germano Biciarte Café, em Alte, novamente para dar aos morfes.
- Monchique; já no regresso da mítica subida à Fóia. Simplesmente para recuperar o fôlego.
- Sagres; novamente para fotos, selfies e coiso na Fortaleza mas também para embutir paparoca nos motores.
Aos interessados em juntar-se à horda velopática, nem que seja por uns míseros quilómetros, a hora de passagem no Barranco do Velho e arredores, prevê-se para pouco depois da hora de almoço, algures entre as 14 e as 14:30.
Quanto à hora de chegada e término da segunda edição da Odisseia Algarvia, resta ao Velopata escrever o que diria um jogador da bola;
“Eles só dependerão deles próprios.”
Desejem boa sorte ao Velopata, Falso Lento, Pata Negra, Calhau Rolante, Gil e quem mais se junte até à hora de partida, não esquecendo que durante o dia de domingo, deverão prestar atenção ao vosso feed facebookiano pois seguramente irão surgir piquenos vídeos e atualizações do estado do quinteto velopático.
Uma nota final prende-se com o que já muitos leitores se terão questionado, o que terá a Srª Velopata a dizer sobre mais uma alucinada aventura do seu respectivo;
“Vê mas é se tens cuidado, não me chegues aqui às tantas e compra pão.”
Abraços velocipédicos,
Velopata