O Velopata está tão contente que nem sentar-se sobre um acolchoado selim Brooks, montado no topo de um confortável espigão de selim mais próprio para pasteleiras do que máquinas de corrida aero, é capaz.
Não porque tenha treinado com tanto afinco que adquiriu um terceiro testículo, mas sim porque as novidades em relação à MTE, ou seja, a Mãe de Todos os Empenos, que o aguarda dia 8 de Outubro de 2017 sob a forma da Odisseia Algarvia, são boas e fresquinhas.
Este ano, ao contrário do transacto, o Velopata tem o orgulho de poder contar com Pata Negra e Falso Lento que, minutos após a publicação da data definitiva de tamanha epopeia, de imediato contactaram o Velopata mostrando o seu total interesse em juntar-se à horda velopática.
Mas a notícia de arromba, a razão pelo qual o Velopata mal praticou o seu sono reparador de musculatura velocipédica e beleza geral, prende-se com um ditado que todo o adepto das duas rodas sem motor do pelotão amador algarvio conhece;
“Quando tudo falha, há sempre o Gil.”
São muitas as histórias e lendas de ciclistas e bêtêtistas que durante uma prova viram a sua montada falhar tacitamente; fosse um raio partido, um quadro escaqueirado, marafadas mudanças que deixavam de funcionar ou até um simples furo, contam-se inúmeras maleitas que se transmorfaram em um verdadeiro flagelo velocipédico para os intervenientes, levando-os ao desespero e lágrimas no meio de nenhures.
Mas, verdade seja escrita, todos eles referem a presença de alguém que, a quilómetros da civilização, sempre aparece com a milagrosa solução.
O Gil.
Não, o Velopata não se refere à mascote da Expo 98.
Seja atrás de uma moita, escondido por entre umas pedras, ou a bordo da sua lata G-Ridiana, o Gil, proprietário da G-Ride Concept Bike Store nunca falha e está sempre lá para o que der e vier.
O Velopata até ouviu testemunhos de batráquios que juram a barbatanas juntas; reza a lenda que certa vez um deles viu os seus óculos de natação destruírem-se, pontapeados pela barbatana de um outro batráquio aquando do lançamento à água e eis que, no fundo do oceano, lá estava o Gil, munido de um escafandro autónomo e uns óculos de natação novos para que o mafarrico pudesse terminar o seu triatlo.
Obviamente que uma dedicação destas não poderia deixar o Velopata indiferente e foi assim que ele deu por si a caminho da G-Ride na tentativa de convencer o Gil e o seu humilde estabelecimento a participar neste fabuloso evento destruidor de pernas e egos.
E não é que o Gil aceitou?
Assim, à papo-seco, com um rasgado sorriso de orelha a orelha e sem difíceis requisitos ou imposições.
Cara nação velopática, é com toda a pompa e circunstância que o Velopata pode desde já confirmar em primeira manápula, que a G-Ride Concept Bike Store se associou ao Velopata para a Odisseia Algarvia de 2017, fornecendo a lata de apoio e nada mais, nada menos, que o próprio Gil como dedicado soigneur de todos os que se juntem a esta aventura.
Seja com uma águinha fresquinha, um rápido trocar de câmaras de ar ou até mesmo aquela afinação de última hora, a troupe velopática terá um apoio de peso.
E fiquem ainda com a confirmação que o Gil também se fará munir de uma Go Pro, ou chinesice similar, para um diferente ponto de vista cinematográfico sobre esta aventura.


Postos estes termos, que mais pode o ciclista que lê estas linhas e pondera a sua participação, almejar? De que está à espera para contactar o Velopata e confirmar a sua participação?
Dia 08 de Outubro de 2017, pelas 05 horas da manhã, o Velopata ansiosamente aguarda-o na Ilha de Faro.
Até lá bem pode continuar os treinos.
Não que lhe sirva de muito. Garantido está o ultra-mega-giga-hiper e maravilhoso… Empeno.
Abraços velocipédicos,
Velopata